Avaliação da interação entre linhagens derivadas de switching fenotípico de Candida tropicalis e larvas de Galleria mellonella
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UEL |
Texto Completo: | https://repositorio.uel.br/handle/123456789/9436 |
Resumo: | Resumo: Dentre os fatores de virulência descritos para Candida tropicalis, switching fenotípico tem se destacado por gerar variabilidade fenotípica dentro de populações Galleria mellonella se apresenta responsiva no estudo de virulência de variantes fenotípicos advindos de switching fenotípico, no entanto, pouco se conhece da relação parasito/hospedeiro desse lepdóptero com tais linhagens O presente trabalho teve como objetivo analisar repostas celulares e humorais de G mellonella à infecção com linhagens fenotípicas (Parental, anel, rugosa, revertente de anel e revertente de rugosa) de C tropicalis, assim como observar a interação diferenciada da levedura com componentes do sistema imune da larva Em relação à resposta humoral, todos os morfotipos analisados foram capazes de induzir melanização nas larvas de G mellonella Após 24 horas de infecção, todos os derivantes de switching apresentaram maior indução de melanização em relação ao parental Além da melanização, houve estímulo após uma hora de infecção, da expressão do gene responsável pela síntese de Galiomicina em todos os morfotipos, com exceção do morfotipo Anel Esse morfotipo apresentou a maior indução desse gene após 4 horas de infecção, mostrando que a resposta da larva é mais tardia para essa característica para esse morfotipo A expressão de Gallerimicina, outro peptídeo antimicrobiano, se manteve baixa nos dois tempos analisados Parental, Anel e Rugosa apresentaram diminuição na expressão desse peptídeo, enquanto os respectivos revertentes mantiveram a mesma taxa de expressão das larvas que receberam apenas inóculo com PBS Além do componente humoral, o componente celular também mostrou respostas diferenciadas frente ao contato com os morfotipos analisados O morfotipo Anel, mais virulento no modelo invertebrado, induziu maior diminuição no número de hemócitos e maior sobrevivência quando cultivado na presença dessas células, além disso, seu revertente, embora morfologicamente semlhante ao parental, mostrou semelhança nas características analisadas à morfologia mais estruturada, mostrando que embora ocorra o retorno à morfologia parental, morfologias revertentes podem manter fatores de resposta semelhate aos de morfologias mais estruturadas Com isso o presente trabalho conclui que diferenças na virulência dos morfotipos advindos do evento de switching fenotípico, estão ligadas a eventos multifatoriais relacionados não só à capacidade de resposta imune do hospedeiro, mas também à características expressas pelas leveduras que culminam tanto na expressão tardia de padrões de resposta humoral, quanto na capacidade de escape da resposta celular |
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Avaliação da interação entre linhagens derivadas de switching fenotípico de Candida tropicalis e larvas de Galleria mellonellaCandidaVirulência (Microbiologia)Relação hospedeiro-parasitoInsetoLarvaVirulence (Microbiology)Host-parasite relationshipsImmune responseResumo: Dentre os fatores de virulência descritos para Candida tropicalis, switching fenotípico tem se destacado por gerar variabilidade fenotípica dentro de populações Galleria mellonella se apresenta responsiva no estudo de virulência de variantes fenotípicos advindos de switching fenotípico, no entanto, pouco se conhece da relação parasito/hospedeiro desse lepdóptero com tais linhagens O presente trabalho teve como objetivo analisar repostas celulares e humorais de G mellonella à infecção com linhagens fenotípicas (Parental, anel, rugosa, revertente de anel e revertente de rugosa) de C tropicalis, assim como observar a interação diferenciada da levedura com componentes do sistema imune da larva Em relação à resposta humoral, todos os morfotipos analisados foram capazes de induzir melanização nas larvas de G mellonella Após 24 horas de infecção, todos os derivantes de switching apresentaram maior indução de melanização em relação ao parental Além da melanização, houve estímulo após uma hora de infecção, da expressão do gene responsável pela síntese de Galiomicina em todos os morfotipos, com exceção do morfotipo Anel Esse morfotipo apresentou a maior indução desse gene após 4 horas de infecção, mostrando que a resposta da larva é mais tardia para essa característica para esse morfotipo A expressão de Gallerimicina, outro peptídeo antimicrobiano, se manteve baixa nos dois tempos analisados Parental, Anel e Rugosa apresentaram diminuição na expressão desse peptídeo, enquanto os respectivos revertentes mantiveram a mesma taxa de expressão das larvas que receberam apenas inóculo com PBS Além do componente humoral, o componente celular também mostrou respostas diferenciadas frente ao contato com os morfotipos analisados O morfotipo Anel, mais virulento no modelo invertebrado, induziu maior diminuição no número de hemócitos e maior sobrevivência quando cultivado na presença dessas células, além disso, seu revertente, embora morfologicamente semlhante ao parental, mostrou semelhança nas características analisadas à morfologia mais estruturada, mostrando que embora ocorra o retorno à morfologia parental, morfologias revertentes podem manter fatores de resposta semelhate aos de morfologias mais estruturadas Com isso o presente trabalho conclui que diferenças na virulência dos morfotipos advindos do evento de switching fenotípico, estão ligadas a eventos multifatoriais relacionados não só à capacidade de resposta imune do hospedeiro, mas também à características expressas pelas leveduras que culminam tanto na expressão tardia de padrões de resposta humoral, quanto na capacidade de escape da resposta celularDissertação (Mestrado em Microbiologia) - Universidade Estadual de Londrina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em MicrobiologiaAbstract: Among the virulence factors described for Candida tropicalis, phenotypic switching has been notable for generating phenotypic variability within populations Galleria mellonella is a responsive model in the study of virulence of phenotypic variants from phenotypic switching, however, the knowledge about the parasite/host relationship of this lepdopter with such strains is short The present work had as objective to analyze cellular and humoral responses of G mellonella to the infection with phenotypic lines (Parental, crepe, rough, crepe revertant and rough revertant) of C tropicalis, and observe the differentiated interaction of yeast with components of the larval immune system Regarding the humoral response, all analyzed morphotypes were able to induce melanization in G mellonella larvae After 24 hours of infection, all the variants of switching had a greater induction of melanization in relation to the Parental morphotype In addition to the melanization, there was stimulation after one hour of infection, the expression of the gene responsible for the synthesis of Galiomycin in all morphotypes, except for the Crepe morphotype This morphotype showed the highest induction of this gene after 4 hours of infection, showing that the response of the larva is later for this characteristic for this morphotype The expression of Gallerimicin, another antimicrobial peptide, remained low in the two analyzed times Parental, Crepe and Rugh showed decreased expression of this peptide, while the respective revertants maintained the same rate of expression of the larvae that received only PBS In addition to the humoral component, the cellular component also showed differentiated responses to contact with the analyzed morphotypes The morphotype crepe, more virulent in the invertebrate model, induced a greater decrease in the number of hemocytes and greater survival when cultured in the presence of these cells; moreover, its revertant, although morphologically similar to the parental, showed similarity in the analyzed characteristics to the more structured morphology, showing that although the return to the parental morphology occurs, revertant morphologies can maintain response factors similar to those of more structured morphologies The present work concludes that differences in the virulence of the morphotypes resulting from the phenotypic switching event are linked to multifactorial events related not only to the host's immune response capacity but also to the characteristics expressed by the yeasts that culminate both in late pattern expression of humoral response, as well as the ability to escape the cellular responseFurlaneto, Márcia Cristina [Orientador]Almeida, Ricardo Sérgio Couto deFurlaneto-Maia, LucianaPerini, Hugo Felix2024-05-01T11:55:23Z2024-05-01T11:55:23Z2017.0028.04.2017info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://repositorio.uel.br/handle/123456789/9436porMestradoMicrobiologiaCentro de Ciências BiológicasPrograma de Pós-Graduação em MicrobiologiaLondrinareponame:Repositório Institucional da UELinstname:Universidade Estadual de Londrina (UEL)instacron:UELinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-07-12T04:20:08Zoai:repositorio.uel.br:123456789/9436Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.bibliotecadigital.uel.br/PUBhttp://www.bibliotecadigital.uel.br/OAI/oai2.phpbcuel@uel.br||opendoar:2024-07-12T04:20:08Repositório Institucional da UEL - Universidade Estadual de Londrina (UEL)false |
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