Avaliação físico-química de bio-óleo e biocombustível como aditivo para combustíves fósseis

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Adão, Daniele Cristina
Data de Publicação: 2024
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UEL
Texto Completo: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/10679
Resumo: Resumo: No último século, combustíveis derivados de petróleo foram as principais fontes de energia no mundo Considerável esforço vem sendo direcionado no desenvolvimento de processos para produção de combustíveis líquidos alternativos O uso da biomassa como fonte potencial de combustíveis automotivos, de produtos químicos e de materiais deu um novo impulso à prática da pirólise nas ultimas décadas O líquido resultante do processo de pirólise da biomassa vem sendo designado como bio-óleo O bio-óleo uma mistura complexa de álcoois, aldeídos, cetonas e ácidos carboxílicos entre outros, apresenta como característica a baixa estabilidade, causada pela reatividade dos compostos presentes no óleo Esse trabalho teve como objetivo monitorar a viscosidade do bio-óleo em 2, 5, 1, 15 e 2% (v/v) de etanol durante período de 15, 3, 45, e 6 dias de estocagem a temperatura ambiente (22oC) e avaliar a possibilidade de uso do biocombustível, obtido através do processo de esterificação (catálise ácida em etanol) da fração mais ácida (pH=2) do bio-óleo, em mistura ou como aditivo aos principais combustíveis fósseis automotivos (diesel e gasolina) comercializados no Brasil A variação na viscosidade no bio-óleo e no bio-óleo/etanol foi constatada e mostrou-se mais acentuada no bio-óleo com 5% de etanol, que favoreceu as reações de polimerização, oxidação e outras reações químicas e processos físicos, denominados “envelhecimento” do óleo Observou-se que a concentração melhor para armazenamento do bio-óleo foi em 1 e 15% de etanol, pois o aumento de viscosidade do óleo durante o período e nas condições de monitoramento foi mais discreto O biocombustível, derivado do bio-óleo, devidamente tratado por destilação foi adicionado nas proporções de 2, 5, 1 e 2 % (v/v) a Gasolina tipo C e ao Diesel comercializados na cidade de Campinas e Londrina A mistura com a gasolina constituiu emulsões estáveis, porém a adição do biocombustível ao diesel comercial não foi favorável mesmo com a utilização de tensoativos De acordo com os ensaios físico-químicos realizados com a Gasolina tipo C aditivada ou em mistura com o biocombustível, com exceção do ensaio para verificação do teor de álcool, que a presença do biocombustível mantêm o combustível fóssil dentro das especificações da ANP Apesar de uma pequena alteração no perfil da curva de destilação de algumas amostras, todas as temperaturas e porcentagens de combustível evaporado permaneceram dentro dos limites da legislação brasileira Verificou-se aumento na octanagem da gasolina em mistura com o biocombustível, sem aumentar a geração de resíduos Os ensaios para determinação da massa específica, pressão de vapor e teor de enxofre não indicaram variação que pudesse influenciar na qualidade da Gasolina tipo C Os resultados dos ensaios para verificar a formação de goma, período de indução e corrosividade ao cobre apresentaram-se constantes quanto à adição do biocombustível à gasolina O teor alcoólico determinado para a Gasolina tipo C em mistura com o biocombustível, indicou uma porcentagem de álcool maior do que aquela previamente adicionada pelas distribuidoras, devido a limitações na determinação do volume de grupos polares presente no biocombustível
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Universidade Estadual de Londrina, Centro de Ciências Exatas, Programa de Pós-Graduação em Química dos Recursos NaturaisAbstract: In the last century, crude oil by-product fuels were the main sources of energy in the world Considerable effort has been directed in the development of processes for production of alternative liquid fuels The use of the biomass as potential source of automotive fuels, of chemical products and of materials gave a new impulse to the practice of the pyrolysis in the last decades The liquid resulting from the process of pyrolysis of the biomass has been designated as bio-oil The bio-oil a complex mixture of alcohols, aldehydes, cetones and carboxyls acids among other, presents as characteristic the low stability, caused by the reactivity of the compounds contained in the oil The present work had as objective monitors the viscosity of the bio-oil in 2, 5, 1, 15 and 2% (v/v) of ethanol during period of 15, 3, 45, and 6 days of stored at room temperature (22oC) Another objective has been to evaluate the possibility of use of the bio-fuel, obtained through the esterification process (acid catalysis in ethanol) of the most acid fraction (pH=2) of the bio-oil, in mixture or as addictive to the main automotive fossil fuels (diesel and gasoline) marketed in Brazil The variation in the viscosity in the bio-oil and in the bio-oil/ethanol was verified and it showed more accentuated in the bio-oil with 5% of ethanol, which favored the polymerization reactions, oxidation and other chemical reactions and physical processes, denominated aging of the oil It was observed that the better concentration for storage of the bio-oil was in 1 and 15% of ethanol, because the increase of viscosity of the oil during the period and in the monitoring conditions it was more discreet The bio-fuel, bio-oil by-product, properly treated by distillation was added in the proportions of 2, 5, 1 and 2% (v/v) to Gasoline Type C and Diesel marketed in Campinas and Londrina cities The mixture of the bio-fuel with the gasoline constituted stable emulsions; however, the addition of the bio-fuel to the commercial diesel was not favorable even with the use of surfactants In agreement with the physical-chemical rehearsals accomplished in the Gasoline Type C with addition of the bio-oil, the fossil fuel maintains inside of specifications of the Petroleum National Agency in Brazil, except in the trial for verification of the alcoholic content In spite of a small alteration in the profile of the distillation curve of some samples, all the temperatures and percentages of evaporated fuel stayed inside of the limits of the Brazilian legislation It was verified increase in the octane number of the gasoline in mixture with the bio-fuel, without increasing the generation of residues The trials for determination of the specific mass, steam pressure and tenor of sulfur did not indicate variation to influence in the quality of the Gasoline Type C The results of the rehearsals to verify the gum formation, induction period and corrosiveness to the copper in the gasoline with addition of the bio-fuel were same those found in the Gasoline Type C The alcoholic tenor determined for the Gasoline Type C in mixture with the bio-fuel, indicated a greater alcohol percentage than that previously added by the dealers, due to limitations in the determination of the volume of polar groups contained in the bio-fuelGuedes, Carmen Luisa Barbosa [Orientador]Borsato, DionísioGomes, Alexandre de Castro LeirasRocha, José DilcioBorsato, Dionísio [Coorientador]Adão, Daniele Cristina2024-05-01T12:47:03Z2024-05-01T12:47:03Z2006.0028.11.2006info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://repositorio.uel.br/handle/123456789/10679porMestradoQuímica dos Recursos NaturaisCentro de Ciências ExatasPrograma de Pós-Graduação em Química dos Recursos NaturaisLondrinareponame:Repositório Institucional da UELinstname:Universidade Estadual de Londrina (UEL)instacron:UELinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-07-12T04:20:18Zoai:repositorio.uel.br:123456789/10679Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.bibliotecadigital.uel.br/PUBhttp://www.bibliotecadigital.uel.br/OAI/oai2.phpbcuel@uel.br||opendoar:2024-07-12T04:20:18Repositório Institucional da UEL - 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