Aplicabilidade do método de Western Blot para diagnóstico da toxoplasmose congênita

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Thaís Cabral Monica
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEL
Texto Completo: http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000230176
Resumo: A infecção por Toxoplasma gondii em mulheres grávidas pode levar à toxoplasmose congênita. Quanto mais cedo o diagnóstico da infecção durante a gestação e precoce o tratamento, menores as manifestações da infecção na criança e a doença não é aparente ao nascimento. Em 2006, implantou-se o Programa de Vigilância em Saúde da Toxoplasmose Gestacional e Congênita na atenção primária de Londrina, com a investigação sorológica, diagnóstico e tratamento para toxoplasmose durante o atendimento pré-natal, foi iniciada a notificação da toxoplasmose na gestação e da toxoplasmose congênita, mediante a utilização de uma ficha específica, aplicada, inicialmente, pelas unidades sentinelas, e posteriormente, pelos diversos serviços de saúde, contribuindo para a coleta de dados, produção de informações epidemiológicas regionais e ampliação do conhecimento sobre a doença no país. Porém um dos problemas observados foi a dificuldade em fechar o diagnóstico da toxoplasmose congênita (TC), o método de Western Blot (WB) é uma ferramenta para identificação do diagnóstico de TC dessa criança, auxiliando no tratamento precoce. Com essa necessidade o objetivo deste trabalho é apresentar o uso do Western Blot (WB) como método para diagnóstico precoce das crianças atendidas na rotina ambulatorial. No período de junho de 2014 a junho de 2018, 92 crianças foram acompanhadas no ambulatório de Moléstias Infecciosas. Para a confirmação da toxoplasmose congênita a criança tinha que apresentar IgM reagente ou lesão ocular característica da toxoplasmose (coriorretinite/lesão macular) ou lesão do SNC (calcificações, microcefalia, hidrocefalia) ou IgG anti – T. gondii reagente por quimiluminescencia após 12 meses de vida ou WB positivo. O exame de Western Blot foi utilizado como metodologia de auxílio no diagnóstico precoce da doença e considerado positivo quando a criança apresentava bandas diferentes ou de maior intensidade em relação as bandas maternas. Entre as crianças atendidas, em 25/92 (27,1%) foi confirmado o diagnóstico, 4% (1/25) apresentou lesão ocular (turvação vítrea), 12% (3/25) alguma alteração do SNC (calcificações, hidrocefalia, microcefalia) e 20% (5/25) apresentaram lesões associadas de SNC e ocular, os títulos de IgM foram reagentes em apenas 05/33 (20%) crianças e 14 (56%) apresentaram IgG reagente após 12 meses. Em 18/25 (72%) foram encontradas alterações no WB e entre elas, 8 (32%) o diagnóstico foi feito com a ajuda do WB, pois elas não apresentavam IgG/IgM anti-T.gondii reagente e eram assintomáticas. Em relação ao início do tratamento das mães, 5/21 (23,8 %) foram no 1º trimestre, 7/21 (33,3%) no 2º trimestre e 9/21 (42,8%) no 3º trimestre e em 21/25 (84%) crianças infectadas a mãe foi tratada. A variação do peso molecular de proteínas reconhecidos pelo soro da criança apresentado foi de 250kD a 10kD. A mais presente foi a de 90kD (26,3%), seguida por 149kD (22,2%) e 28kD (19,2%). A precocidade no diagnóstico da infecção permite o tratamento adequado do bebê sendo capaz de reduzir sequelas da toxoplasmose futuramente nessa criança. O diagnóstico pelo exame de Western Blot foi conclusivo e pode ser incluído na rotina do diagnóstico da toxoplasmose congênita, na caracterização precoce dessa infecção e é fator determinante para tratamento das crianças acometidas.
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spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisAplicabilidade do método de Western Blot para diagnóstico da toxoplasmose congênitaApplicability of the Western Blot metod for diagnosis of congenital toxoplasmosis2019-03-27Italmar Teodorico Navarro . Jaqueline Dario Capobiango Regina Mitsuka Breganó Edna Maria Vissoci Reiche Marcell Alysson Batisti LozovoyThaís Cabral MonicaUniversidade Estadual de Londrina. Centro de Ciências Agrárias. Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal.URLBRA infecção por Toxoplasma gondii em mulheres grávidas pode levar à toxoplasmose congênita. Quanto mais cedo o diagnóstico da infecção durante a gestação e precoce o tratamento, menores as manifestações da infecção na criança e a doença não é aparente ao nascimento. Em 2006, implantou-se o Programa de Vigilância em Saúde da Toxoplasmose Gestacional e Congênita na atenção primária de Londrina, com a investigação sorológica, diagnóstico e tratamento para toxoplasmose durante o atendimento pré-natal, foi iniciada a notificação da toxoplasmose na gestação e da toxoplasmose congênita, mediante a utilização de uma ficha específica, aplicada, inicialmente, pelas unidades sentinelas, e posteriormente, pelos diversos serviços de saúde, contribuindo para a coleta de dados, produção de informações epidemiológicas regionais e ampliação do conhecimento sobre a doença no país. Porém um dos problemas observados foi a dificuldade em fechar o diagnóstico da toxoplasmose congênita (TC), o método de Western Blot (WB) é uma ferramenta para identificação do diagnóstico de TC dessa criança, auxiliando no tratamento precoce. Com essa necessidade o objetivo deste trabalho é apresentar o uso do Western Blot (WB) como método para diagnóstico precoce das crianças atendidas na rotina ambulatorial. No período de junho de 2014 a junho de 2018, 92 crianças foram acompanhadas no ambulatório de Moléstias Infecciosas. Para a confirmação da toxoplasmose congênita a criança tinha que apresentar IgM reagente ou lesão ocular característica da toxoplasmose (coriorretinite/lesão macular) ou lesão do SNC (calcificações, microcefalia, hidrocefalia) ou IgG anti – T. gondii reagente por quimiluminescencia após 12 meses de vida ou WB positivo. O exame de Western Blot foi utilizado como metodologia de auxílio no diagnóstico precoce da doença e considerado positivo quando a criança apresentava bandas diferentes ou de maior intensidade em relação as bandas maternas. Entre as crianças atendidas, em 25/92 (27,1%) foi confirmado o diagnóstico, 4% (1/25) apresentou lesão ocular (turvação vítrea), 12% (3/25) alguma alteração do SNC (calcificações, hidrocefalia, microcefalia) e 20% (5/25) apresentaram lesões associadas de SNC e ocular, os títulos de IgM foram reagentes em apenas 05/33 (20%) crianças e 14 (56%) apresentaram IgG reagente após 12 meses. Em 18/25 (72%) foram encontradas alterações no WB e entre elas, 8 (32%) o diagnóstico foi feito com a ajuda do WB, pois elas não apresentavam IgG/IgM anti-T.gondii reagente e eram assintomáticas. Em relação ao início do tratamento das mães, 5/21 (23,8 %) foram no 1º trimestre, 7/21 (33,3%) no 2º trimestre e 9/21 (42,8%) no 3º trimestre e em 21/25 (84%) crianças infectadas a mãe foi tratada. A variação do peso molecular de proteínas reconhecidos pelo soro da criança apresentado foi de 250kD a 10kD. A mais presente foi a de 90kD (26,3%), seguida por 149kD (22,2%) e 28kD (19,2%). A precocidade no diagnóstico da infecção permite o tratamento adequado do bebê sendo capaz de reduzir sequelas da toxoplasmose futuramente nessa criança. O diagnóstico pelo exame de Western Blot foi conclusivo e pode ser incluído na rotina do diagnóstico da toxoplasmose congênita, na caracterização precoce dessa infecção e é fator determinante para tratamento das crianças acometidas.Toxoplasma gondii infection in pregnant women may lead to congenital toxoplasmosis. The earlier the diagnosis of infection during pregnancy and the early treatment, the lower the manifestations of infection in the child and the disease is not apparent at birth. In 2006, the Gestational and Congenital Toxoplasmosis Health Surveillance Program was implemented in Londrina primary care, with serological investigation, diagnosis and treatment for toxoplasmosis during prenatal care. congenital toxoplasmosis, through the use of a specific form, initially applied by the sentinel units, and later by the various health services, contributing to data collection, production of regional epidemiological information and expansion of knowledge about the disease in the country. However, one of the problems observed was the difficulty in closing the diagnosis of congenital toxoplasmosis (CT), the Western Blot (WB) method is a tool to identify the diagnosis of CT of this child, helping in the early treatment. With this need the objective of this paper is to present the use of Western Blot (WB) as a method for early diagnosis of children treated in the outpatient routine. From June 2014 to June 2018, 92 children were followed at the Infectious Diseases outpatient clinic. To confirm congenital toxoplasmosis, the child had to have IgM reagent or ocular lesion characteristic of toxoplasmosis (chorioretinitis / macular lesion) or CNS lesion (calcifications, microcephaly, hydrocephalus) or anti - T. gondii chemiluminescence - reagent IgG after 12 months. life or positive WB. The Western Blot test was used as an aid methodology in the early diagnosis of the disease and was considered positive when the child had different or more intense bands in relation to the maternal bands. Among the children treated, in 25/92 (27.1%) the diagnosis was confirmed, 4% (1/25) had ocular injury (vitreous turbidity), 12% (3/25) some CNS alteration (calcifications, hydrocephalus). , microcephaly) and 20% (5/25) had associated CNS and ocular lesions, IgM titers were reactive in only 05/33 (20%) children and 14 (56%) had reactive IgG after 12 months. In 18/25 (72%) changes in WB were found and among them, 8 (32%) were diagnosed with the help of WB, as they had no reagent IgG / IgM and were asymptomatic. Regarding the beginning of treatment of mothers, 5/21 (23.8%) were in the 1st trimester, 7/21 (33.3%) in the 2nd trimester and 9/21 (42.8%) in the 3rd trimester and in 21/25 (84%) infected children the mother was treated. The molecular weight range of proteins recognized by the presented child serum was 250kD to 10kD. The most present was 90kD (26.3%), followed by 149kD (22.2%) and 28kD (19.2%). The early diagnosis of infection allows the proper treatment of the baby being able to reduce sequelae of toxoplasmosis in this child in the future. The diagnosis by Western Blot examination was conclusive and should be included in the routine diagnosis of congenital toxoplasmosis, in the early characterization of this infection and is a determining factor for the treatment of affected children.http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000230176porreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UELinstname:Universidade Estadual de Londrina (UEL)instacron:UELinfo:eu-repo/semantics/openAccess2023-12-11T09:32:30Zoai:uel.br:vtls000230176Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.bibliotecadigital.uel.br/PUBhttp://www.bibliotecadigital.uel.br/OAI/oai2.phpbcuel@uel.br||opendoar:2020-03-02T12:09:36Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEL - Universidade Estadual de Londrina (UEL)false
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