Ação da metformina in vivo e in vitro em modelo experimental de melanoma murino
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UEL |
Texto Completo: | https://repositorio.uel.br/handle/123456789/15073 |
Resumo: | Resumo: O melanoma cutâneo se origina de alterações dos melanócitos, células produtoras de melanina, sendo um dos cânceres mais letais A metformina é uma droga usada para diabetes tipo dois, mas a partir dos anos 2, estudos pré-clínicos e epidemiológicos demostraram que a metformina reduz tanto o risco de desenvolvimento de câncer quanto sua mortalidade, fornecendo menos energia necessária ao crescimento tumoral Indiretamente age ativando AMPK (adenina monofosfato quinase), enzima relacionada à homeostase energética, diminuindo vias anabólicas necessárias à proliferação celular O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito da metformina em modelo experimental de melanoma murino in vitro e in vivo, a fim de estudar a participação dos radicais livres na proliferação tumoral No presente trabalho foram utilizados camundongos machos de 8-12 semanas da linhagem C57BL6 Implantados subcutaneamente na região dorsal (15 células de B16F1) Entre a implantação do tumor e o sacrifício do animal são 14 dias O tratamento com metformina se inicia após 3 dias da implantação, permitindo avaliar a progressão tumoral O tratamento com metformina foi por via intraperitoneal dado diariamente, na dose de 9mg/kg de camundongo diluída em PBS In vivo, verificou-se se a metformina altera o EO no melanoma murino Resultados in vivo foram que o tratamento com metformina (9mg/kg) via intraperitoneal reduziu consideravelmente o volume tumoral p<5 Os níveis de MDA não foram alterados no tratamento com metformina O grupo tumor metformina aumentou significativamente a capacidade antioxidante total comparado com o grupo controle (p<5), sugerindo uma proteção sistêmica dada pela metformina ao aumento de espécies reativas Foram realizados testes do tipo ELISA para detecção de citocinas como TGF-ß (fator de crescimento tumoral do tipo ß), um dos marcadores de imunossupressão e para VEGF (fator de crescimento endotelial vascular), favorecendo o crescimento tumoral Os resultados para LDH de ambos os grupos tumores, tanto o grupo tratado com PBS quanto o tratado com MET, estão elevadosOs níveis de VEGF no grupo tumor metformina está diminuído em relação ao seu grupo controle (p<5), portanto, o tratamento com metformina foi suficiente em diminuir os níveis dessa citocina responsável pelo crescimento tumoral, via angiogênese In vitro foi analisado os efeitos da metformina sobre células murinas (B16F1) de melanoma metastático, a mesma célula que foi implantada in vivo As células foram expostas a metformina por 24 e 48 horas, nas concentrações de 6, 3, 1 e 5 µM Estes resultados condizem com o teste de proliferação celular que em 24 horas e em 48 horas apresentam resultados semelhantes As principais conclusões do estudo in vivo deste trabalho são: A metformina diminui o crescimento celular com diminuição do volume tumoral; o estresse oxidativo sistêmico no melanoma é baseado na diminuição de alguns parâmetros antioxidantes Quando do tratamento com a metformina, esta reestabelece estes para a normalidade O VEGF está diminuído quando metformina é usada no tratamento do tumor, indicando um possível alvo terapêutico Os estudos in vitro indicam que a metformina é citotóxica, aumenta a apoptose e diminui a proliferação celular |
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Ação da metformina in vivo e in vitro em modelo experimental de melanoma murinoMelanomaAgentes hipoglicêmicosEstresse oxidativoMurideoHypoglycemic agentsOxidative stressMuridaeMelanocytic tumorResumo: O melanoma cutâneo se origina de alterações dos melanócitos, células produtoras de melanina, sendo um dos cânceres mais letais A metformina é uma droga usada para diabetes tipo dois, mas a partir dos anos 2, estudos pré-clínicos e epidemiológicos demostraram que a metformina reduz tanto o risco de desenvolvimento de câncer quanto sua mortalidade, fornecendo menos energia necessária ao crescimento tumoral Indiretamente age ativando AMPK (adenina monofosfato quinase), enzima relacionada à homeostase energética, diminuindo vias anabólicas necessárias à proliferação celular O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito da metformina em modelo experimental de melanoma murino in vitro e in vivo, a fim de estudar a participação dos radicais livres na proliferação tumoral No presente trabalho foram utilizados camundongos machos de 8-12 semanas da linhagem C57BL6 Implantados subcutaneamente na região dorsal (15 células de B16F1) Entre a implantação do tumor e o sacrifício do animal são 14 dias O tratamento com metformina se inicia após 3 dias da implantação, permitindo avaliar a progressão tumoral O tratamento com metformina foi por via intraperitoneal dado diariamente, na dose de 9mg/kg de camundongo diluída em PBS In vivo, verificou-se se a metformina altera o EO no melanoma murino Resultados in vivo foram que o tratamento com metformina (9mg/kg) via intraperitoneal reduziu consideravelmente o volume tumoral p<5 Os níveis de MDA não foram alterados no tratamento com metformina O grupo tumor metformina aumentou significativamente a capacidade antioxidante total comparado com o grupo controle (p<5), sugerindo uma proteção sistêmica dada pela metformina ao aumento de espécies reativas Foram realizados testes do tipo ELISA para detecção de citocinas como TGF-ß (fator de crescimento tumoral do tipo ß), um dos marcadores de imunossupressão e para VEGF (fator de crescimento endotelial vascular), favorecendo o crescimento tumoral Os resultados para LDH de ambos os grupos tumores, tanto o grupo tratado com PBS quanto o tratado com MET, estão elevadosOs níveis de VEGF no grupo tumor metformina está diminuído em relação ao seu grupo controle (p<5), portanto, o tratamento com metformina foi suficiente em diminuir os níveis dessa citocina responsável pelo crescimento tumoral, via angiogênese In vitro foi analisado os efeitos da metformina sobre células murinas (B16F1) de melanoma metastático, a mesma célula que foi implantada in vivo As células foram expostas a metformina por 24 e 48 horas, nas concentrações de 6, 3, 1 e 5 µM Estes resultados condizem com o teste de proliferação celular que em 24 horas e em 48 horas apresentam resultados semelhantes As principais conclusões do estudo in vivo deste trabalho são: A metformina diminui o crescimento celular com diminuição do volume tumoral; o estresse oxidativo sistêmico no melanoma é baseado na diminuição de alguns parâmetros antioxidantes Quando do tratamento com a metformina, esta reestabelece estes para a normalidade O VEGF está diminuído quando metformina é usada no tratamento do tumor, indicando um possível alvo terapêutico Os estudos in vitro indicam que a metformina é citotóxica, aumenta a apoptose e diminui a proliferação celularDissertação (Mestrado em Patologia Experimental) - Universidade Estadual de Londrina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Patologia ExperimentalAbstract: Cutaneous melanoma originates from changes in the melanocytes, cells that produce melanin, one of the most lethal cancers Metformin is a drug used for diabetes type two, but from the 2s, pre-clinical and epidemiological studies have shown that metformin reduces both the risk of developing cancer as their mortality, providing less energy needed for tumor growth Act indirectly by activating AMPK (adenine monophosphate kinase), an enzyme related to energy homeostasis, decreasing metabolic pathways necessary for cellular proliferation The objective was to evaluate the effect of metformin in an experimental model of murine melanoma in vitro and in vivo in order to study the role of free radicals in tumor proliferation In this study were used males of 8-12 weeks of C57BL6 strain mice Implanted subcutaneously in the dorsal region (15 B16F1 cells) Between tumor implantation and the sacrificial animal is 14 days Metformin treatment starts after 3 days of deployment in order to evaluate tumor progression Treatment with metformin was intraperitoneally given daily at a dose of 9mg / kg of mouse diluted in PBS In vivo, we determined whether metformin amending EO in murine melanoma In vivo results were that treatment with metformin (9 mg / kg) intraperitoneally significantly reduced tumor volume p <5 MDA levels were not altered during the treatment with metformin The tumor metformin group significantly increased the total antioxidant capacity compared with the control group (p <5), suggesting a systemic protection given by metformin to increased reactive species ELISA tests were performed for the detection of cytokines such as TGF-ß (Tumor Growth Factor type ß), one of immunosuppression markers and VEGF (vascular endothelial growth factor), favoring tumor growth The results for both tumors LDH groups, both the treated group and the PBS treated with TEM are elevadosOs VEGF levels in the tumor metformin group is reduced compared to their control group (p <5), therefore metformin treatment was sufficient to reduce the levels of this cytokine responsible for tumor growth, via angiogenesis In vitro was analyzed the effects of metformin on murine cells (B16F1) metastatic melanoma, the same cell that was implanted in vivo Cells were exposed metformin for 24 and 48 hours, at concentrations of 6, 3, 1 and 5 uM These results are consistent with the cell proliferation test within 24 hours and within 48 hours had similar results Key findings from the in vivo study of this work are: Metformin decreases cell growth with decreased tumor volume; the systemic oxidative stress in melanoma is based on the decrease in some antioxidant parameters When treatment with metformin, this restores them to normal VEGF is reduced when metformin is used in tumor treatment, indicating a possible therapeutic target In vitro studies indicate that metformin is cytotoxic, enhances apoptosis and decreased cell proliferationArmani, Alessandra Lourenço Cecchini [Orientador]Guarnier, Flávia AlessandraPrado, Sara Santos Bernardes RealSouza Neto, Fernando Pinheiro de2024-05-01T14:44:46Z2024-05-01T14:44:46Z2014.0018.07.2014info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://repositorio.uel.br/handle/123456789/15073porMestradoPatologia ExperimentalCentro de Ciências BiológicasPrograma de Pós-Graduação em Patologia ExperimentalLondrinareponame:Repositório Institucional da UELinstname:Universidade Estadual de Londrina (UEL)instacron:UELinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-07-12T04:20:22Zoai:repositorio.uel.br:123456789/15073Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.bibliotecadigital.uel.br/PUBhttp://www.bibliotecadigital.uel.br/OAI/oai2.phpbcuel@uel.br||opendoar:2024-07-12T04:20:22Repositório Institucional da UEL - Universidade Estadual de Londrina (UEL)false |
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Ação da metformina in vivo e in vitro em modelo experimental de melanoma murino Souza Neto, Fernando Pinheiro de Melanoma Agentes hipoglicêmicos Estresse oxidativo Murideo Hypoglycemic agents Oxidative stress Muridae Melanocytic tumor |
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Resumo: O melanoma cutâneo se origina de alterações dos melanócitos, células produtoras de melanina, sendo um dos cânceres mais letais A metformina é uma droga usada para diabetes tipo dois, mas a partir dos anos 2, estudos pré-clínicos e epidemiológicos demostraram que a metformina reduz tanto o risco de desenvolvimento de câncer quanto sua mortalidade, fornecendo menos energia necessária ao crescimento tumoral Indiretamente age ativando AMPK (adenina monofosfato quinase), enzima relacionada à homeostase energética, diminuindo vias anabólicas necessárias à proliferação celular O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito da metformina em modelo experimental de melanoma murino in vitro e in vivo, a fim de estudar a participação dos radicais livres na proliferação tumoral No presente trabalho foram utilizados camundongos machos de 8-12 semanas da linhagem C57BL6 Implantados subcutaneamente na região dorsal (15 células de B16F1) Entre a implantação do tumor e o sacrifício do animal são 14 dias O tratamento com metformina se inicia após 3 dias da implantação, permitindo avaliar a progressão tumoral O tratamento com metformina foi por via intraperitoneal dado diariamente, na dose de 9mg/kg de camundongo diluída em PBS In vivo, verificou-se se a metformina altera o EO no melanoma murino Resultados in vivo foram que o tratamento com metformina (9mg/kg) via intraperitoneal reduziu consideravelmente o volume tumoral p<5 Os níveis de MDA não foram alterados no tratamento com metformina O grupo tumor metformina aumentou significativamente a capacidade antioxidante total comparado com o grupo controle (p<5), sugerindo uma proteção sistêmica dada pela metformina ao aumento de espécies reativas Foram realizados testes do tipo ELISA para detecção de citocinas como TGF-ß (fator de crescimento tumoral do tipo ß), um dos marcadores de imunossupressão e para VEGF (fator de crescimento endotelial vascular), favorecendo o crescimento tumoral Os resultados para LDH de ambos os grupos tumores, tanto o grupo tratado com PBS quanto o tratado com MET, estão elevadosOs níveis de VEGF no grupo tumor metformina está diminuído em relação ao seu grupo controle (p<5), portanto, o tratamento com metformina foi suficiente em diminuir os níveis dessa citocina responsável pelo crescimento tumoral, via angiogênese In vitro foi analisado os efeitos da metformina sobre células murinas (B16F1) de melanoma metastático, a mesma célula que foi implantada in vivo As células foram expostas a metformina por 24 e 48 horas, nas concentrações de 6, 3, 1 e 5 µM Estes resultados condizem com o teste de proliferação celular que em 24 horas e em 48 horas apresentam resultados semelhantes As principais conclusões do estudo in vivo deste trabalho são: A metformina diminui o crescimento celular com diminuição do volume tumoral; o estresse oxidativo sistêmico no melanoma é baseado na diminuição de alguns parâmetros antioxidantes Quando do tratamento com a metformina, esta reestabelece estes para a normalidade O VEGF está diminuído quando metformina é usada no tratamento do tumor, indicando um possível alvo terapêutico Os estudos in vitro indicam que a metformina é citotóxica, aumenta a apoptose e diminui a proliferação celular |
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