Comparação entre os fatores de virulência de Escherichia coli uropatogênica sensíveis e multiresistente aos antimicrobianos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UEL |
Texto Completo: | https://repositorio.uel.br/handle/123456789/15818 |
Resumo: | Resumo: Isolados de Escherichia coli uropatogênica podem possuir fatores específicos de virulência como adesinas, proteases, toxinas, sistemas de captura de ferro e fatores protetores contra o sistema imunológico, proporcionando maior capacidade de adaptação a novos ambientes e colonização, tornando-se o principal agente etiológico das infecções do trato urinário A relação entre a resistência aos antimicrobianos e a virulência em cepas de E coli, tem sido documentada, sugerindo uma associação genética importante O objetivo deste estudo foi comparar a frequência dos principais fatores de virulência em UPEC sensíveis e multirresistentes aos antimicrobianos Foram estudadas 5 cepas de E coli multirresistentes (UPEC MDR), 5 cepas UPEC sensíveis aos antimicrobianas (UPEC não-MDR) e 52 amostras de E coli de microbiota de origem fecal A pesquisa dos principais genes de virulência foi feita por reação em cadeia da polimerase Foram investigados 15 genes de virulência, nas cepas UPEC MDR, os genes mais prevalentes foram: iutA (7,%), traT (58,%), fyuA (44,%), tsh (42,%) e papC (32,%) Os genes de vrulencia mais prevalentes nas cepas UPEC não-MDR foram traT (68,%), fyuA (68,%), kpsII (58,%), hlyA (58,%), iutA (4,%) Em cepas de E coli comensais foram detectados os genes cvaA (55,8%), fyuA (48,8%) e traT (32,7%) Observou-se que as ilhas de patogenicidade estavam mais presentes na UPEC MDR, e que os isolados patogênicos pertenciam principalmente ao grupo filogenético B2, diferente das cepas comensais pertencentes aos grupos B1 e A Os resultados dos testes fenotípicos mostraram maior capacidade de invasão (34%) nos isolados patogênicos em relação aos isolados comensais (8%) além disso UPEC MDR é um forte produtor de biofilme em comparação com UPEC não-MDR e E coli comensal Estudos que correlacionam resistência e virulência favorecem uma melhor compreensão da patogênese desses microrganismos Por conseguinte, estes dados confirmam que as amostras de UPEC multiresistentes podem ser mais virulentas do que as cepas UPEC não-MDR e E coli comensais, alertando para o perigo da disseminação destas cepas e reforçando a importância da caracterização da resistência e virulência da UPEC |
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Comparação entre os fatores de virulência de Escherichia coli uropatogênica sensíveis e multiresistente aos antimicrobianosEscherichia coliResistênciaVirulência (Microbiologia)FatoresEscherichia coli - ResistanceVirulence (Microbiology) - FactorsResumo: Isolados de Escherichia coli uropatogênica podem possuir fatores específicos de virulência como adesinas, proteases, toxinas, sistemas de captura de ferro e fatores protetores contra o sistema imunológico, proporcionando maior capacidade de adaptação a novos ambientes e colonização, tornando-se o principal agente etiológico das infecções do trato urinário A relação entre a resistência aos antimicrobianos e a virulência em cepas de E coli, tem sido documentada, sugerindo uma associação genética importante O objetivo deste estudo foi comparar a frequência dos principais fatores de virulência em UPEC sensíveis e multirresistentes aos antimicrobianos Foram estudadas 5 cepas de E coli multirresistentes (UPEC MDR), 5 cepas UPEC sensíveis aos antimicrobianas (UPEC não-MDR) e 52 amostras de E coli de microbiota de origem fecal A pesquisa dos principais genes de virulência foi feita por reação em cadeia da polimerase Foram investigados 15 genes de virulência, nas cepas UPEC MDR, os genes mais prevalentes foram: iutA (7,%), traT (58,%), fyuA (44,%), tsh (42,%) e papC (32,%) Os genes de vrulencia mais prevalentes nas cepas UPEC não-MDR foram traT (68,%), fyuA (68,%), kpsII (58,%), hlyA (58,%), iutA (4,%) Em cepas de E coli comensais foram detectados os genes cvaA (55,8%), fyuA (48,8%) e traT (32,7%) Observou-se que as ilhas de patogenicidade estavam mais presentes na UPEC MDR, e que os isolados patogênicos pertenciam principalmente ao grupo filogenético B2, diferente das cepas comensais pertencentes aos grupos B1 e A Os resultados dos testes fenotípicos mostraram maior capacidade de invasão (34%) nos isolados patogênicos em relação aos isolados comensais (8%) além disso UPEC MDR é um forte produtor de biofilme em comparação com UPEC não-MDR e E coli comensal Estudos que correlacionam resistência e virulência favorecem uma melhor compreensão da patogênese desses microrganismos Por conseguinte, estes dados confirmam que as amostras de UPEC multiresistentes podem ser mais virulentas do que as cepas UPEC não-MDR e E coli comensais, alertando para o perigo da disseminação destas cepas e reforçando a importância da caracterização da resistência e virulência da UPECDissertação (Mestrado em Microbiologia) - Universidade Estadual de Londrina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em MicrobiologiaAbstract: Isolates of uropathogenic Escherichia coli may have specific virulence factors such as adhesins, proteases, toxins, iron capture systems and protective factors against the immune system, providing greater adaptability to new environments and colonization, becoming the main etiological agent of urinary tract infections The relationship between antimicrobial resistance and virulence in E coli strains has been documented, suggesting an important genetic association The objective of this study was to compare the frequency of the main virulence factors in susceptible and multiresistant UPEC to antimicrobials Fifty strains of multiresistant E coli (UPEC MDR), 5 antimicrobial susceptible strains (UPEC non-MDR) and 52 E coli samples of fecal microbiota were studied The main virulence genes were investigated by polymerase chain reaction The most prevalent genes were: iutA (7%), traT (58%), fyuA (44%), tsh (42%) and PapC (32%) The most prevalent virulence genes in the non-MDR UPEC strains were traT (68%), fyuA (68%), kpsII (58%), hlyA (58%), iutA %) In E coli strains the cvaA (558%), fyuA (488%) and traT (327%) genes were detected It was observed that the pathogenicity islands were more present in the UPEC MDR, and that the pathogenic isolates belonged mainly to phylogenetic group B2, different from the commensal strains belonging to groups B1 and A The results of the phenotypic tests showed a greater capacity of invasion (34%) in pathogenic isolates compared to commensal isolates (8%) in addition UPEC MDR is a strong producer of biofilm compared to UPEC non-MDR and E coli commensal Studies that correlate resistance and virulence favor a better understanding of the pathogenesis of these microorganisms Therefore, these data confirm that multi-resistant UPEC samples may be more virulent than non-MDR UPE and E coli commensal strains, alerting to the danger of dissemination of these strains and reinforcing the importance of the UPEC resistance and virulence characterizationKobayashi, Renata Katsuko Takayama [Orientador]Pelayo, Jacinta SanchezVespero, Eliana CarolinaAbshana, Laura Patricia Perez2024-05-01T14:57:51Z2024-05-01T14:57:51Z2017.0029.03.2017info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://repositorio.uel.br/handle/123456789/15818porMestradoMicrobiologiaCentro de Ciências BiológicasPrograma de Pós-Graduação em MicrobiologiaLondrinareponame:Repositório Institucional da UELinstname:Universidade Estadual de Londrina (UEL)instacron:UELinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-07-12T04:20:25Zoai:repositorio.uel.br:123456789/15818Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.bibliotecadigital.uel.br/PUBhttp://www.bibliotecadigital.uel.br/OAI/oai2.phpbcuel@uel.br||opendoar:2024-07-12T04:20:25Repositório Institucional da UEL - 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