Educação química no antropoceno.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UEL |
Texto Completo: | https://repositorio.uel.br/handle/123456789/17112 |
Resumo: | Esta pesquisa emergiu do desejo de reivindicar a Química nos saberes populares e nos espaços informais de circulação e mobilização de conhecimento. A partir da questão ambiental do Antropoceno, surge a inquietação de como os saberes da Química atuam nas problemáticas ambientais e quais outros saberes, práticas, técnicas e políticas são possíveis para pensar em modos de mobilizar a Educação Química para tal contexto. Nesse sentido, tem-se como objetivo desta tese buscar e compreender saberes, práticas, técnicas e políticas que servem de inspiração para pensar em outros modos de mobilizar a Educação Química, no que toca o advento do Antropoceno. Na busca por essas estratégias, utilizou-se a Heteroautobiografia, com base na Pesquisa Narrativa, enquanto metodologia para entrevistar duas alquimistasbruxas- cientistas, que trabalham com agroecologia e cosmetologia natural. A pesquisa teve como base as teorizações de Isabelle Stengers. Como resultados, encontram-se nas narrativas de vidas dessas mulheres ações para reativar, resgatar, reapropriar, regenerar, e toda polissemia do “to reclaim” de Stengers (2017a); a retomada das práticas da diversidade do saber-fazer química, para tratar da interferência no Antropoceno. Com as histórias de vidas, buscou-se e compreendeuse como elas constituíram seus saberes, e discutiu-se os modos como elas existem e resistem no Antropoceno. A conclusão desta pesquisa é que essas mulheres operam em torno de uma química menor. A partir disso, propomos e discutimos, enquanto estratégia, para além dos movimentos de desterritorialização, produzir um terreno para mobilizar os saberes químicos de forma a agenciá-los no coletivo e a criar ramificações políticas – modos de ser e estar em sociedade – configura o que denominou-se de “Educação Química Menor” (EQM), da qual as mulheres alquimistas-bruxas-cientistas operam com suas práticas, técnicas e políticas. As participantes desta pesquisa mostraram as possibilidades de constituição de uma ecologia de saberes químicos que desterritorializam a Química ao serviço dos interesses industriais, econômicos e políticos. A política da Química de serviço nos direcionou a problemas como poluições e consequências dos usos de agrotóxicos e plásticos, que contribuem na caracterização do Antropoceno e na identidade e território da Química na contemporaneidade. |
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Educação química no antropoceno.Educação ambientalNarrativas de vidasMulheres na ciênciaEducação química menorCiências Exatas e da Terra - MatemáticaEnvironmental educationNarratives of livesWomen in scienceMinor chemical educationEsta pesquisa emergiu do desejo de reivindicar a Química nos saberes populares e nos espaços informais de circulação e mobilização de conhecimento. A partir da questão ambiental do Antropoceno, surge a inquietação de como os saberes da Química atuam nas problemáticas ambientais e quais outros saberes, práticas, técnicas e políticas são possíveis para pensar em modos de mobilizar a Educação Química para tal contexto. Nesse sentido, tem-se como objetivo desta tese buscar e compreender saberes, práticas, técnicas e políticas que servem de inspiração para pensar em outros modos de mobilizar a Educação Química, no que toca o advento do Antropoceno. Na busca por essas estratégias, utilizou-se a Heteroautobiografia, com base na Pesquisa Narrativa, enquanto metodologia para entrevistar duas alquimistasbruxas- cientistas, que trabalham com agroecologia e cosmetologia natural. A pesquisa teve como base as teorizações de Isabelle Stengers. Como resultados, encontram-se nas narrativas de vidas dessas mulheres ações para reativar, resgatar, reapropriar, regenerar, e toda polissemia do “to reclaim” de Stengers (2017a); a retomada das práticas da diversidade do saber-fazer química, para tratar da interferência no Antropoceno. Com as histórias de vidas, buscou-se e compreendeuse como elas constituíram seus saberes, e discutiu-se os modos como elas existem e resistem no Antropoceno. A conclusão desta pesquisa é que essas mulheres operam em torno de uma química menor. A partir disso, propomos e discutimos, enquanto estratégia, para além dos movimentos de desterritorialização, produzir um terreno para mobilizar os saberes químicos de forma a agenciá-los no coletivo e a criar ramificações políticas – modos de ser e estar em sociedade – configura o que denominou-se de “Educação Química Menor” (EQM), da qual as mulheres alquimistas-bruxas-cientistas operam com suas práticas, técnicas e políticas. As participantes desta pesquisa mostraram as possibilidades de constituição de uma ecologia de saberes químicos que desterritorializam a Química ao serviço dos interesses industriais, econômicos e políticos. A política da Química de serviço nos direcionou a problemas como poluições e consequências dos usos de agrotóxicos e plásticos, que contribuem na caracterização do Antropoceno e na identidade e território da Química na contemporaneidade.This research emerged from the desire to claim chemistry in popular knowledge and in informal spaces of circulation and mobilization of knowledge. From the environmental issue of the Anthropocene, the concern arises as to how the knowledge of Chemistry acts on environmental issues and what other knowledge, practices, techniques and policies are possible to think about ways to mobilize Chemistry Education for such a context. In this sense, the objective of this thesis is to seek and understand knowledge, practices, techniques and policies that serve as inspiration to think about other ways of mobilizing Chemical Education, regarding the advent of the Anthropocene. In the search for these strategies, Heteroautobiography was used, based on Narrative Research, as a methodology to interview two alchemists-witchesscientists, who work with agroecology and natural cosmetology. The research was based on the theories of Isabelle Stengers. As a result, actions to reactivate, rescue, reappropriate, regenerate, and all the polysemy of Stengers' “to reclaim” (2017a) are found in the narratives of these women's lives; the resumption of practices of the diversity of chemical know-how, to ease its interference in the Anthropocene. With the stories of lives, we sought and understood how they constituted their knowledge, and discussed the ways in which they exist and resist in the Anthropocene. The conclusion of this research is that these women operate around a minor chemistry. Based on this, we propose and discuss, as a strategy, in addition to the deterritorialization movements, to produce land for chemistry and to mobilize its knowledge in order to organize it in the collective and to create political ramifications - ways of being and being in society - configure what is called “Minor Chemical Education”, from which women alchemists-witches-scientists operate with their practices, techniques and policies. The participants in this research showed the possibilities of constituting an ecology of chemical knowledge that deterritorialize Chemistry at the service of industrial, economic and political interests. The service Chemistry policy led us to problems such as pollution and consequences of the use of pesticides and plastics, which contribute to the characterization of the Anthropocene and to the identity and territory of Chemistry in contemporary times.Savioli, Ângela Marta Pereira das DoresCosta, Alyne de CastroCastro, Bruna Jamila deRezzadori, Cristiane Beatriz Dal BoscoFausto, JulianaFary, Bruna Adriane2024-07-31T16:55:40Z2024-07-31T16:55:40Z2021-05-20info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfapplication/pdfhttps://repositorio.uel.br/handle/123456789/17112porCCE - Departamento de MatemáticaPrograma de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Educação MatemáticaUniversidade Estadual de Londrina - UELLondrina130 p.reponame:Repositório Institucional da UELinstname:Universidade Estadual de Londrina (UEL)instacron:UELinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-08-01T06:01:59Zoai:repositorio.uel.br:123456789/17112Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.bibliotecadigital.uel.br/PUBhttp://www.bibliotecadigital.uel.br/OAI/oai2.phpbcuel@uel.br||opendoar:2024-08-01T06:01:59Repositório Institucional da UEL - Universidade Estadual de Londrina (UEL)false |
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