Energia dietética ao final da gestação e lactação : parâmetros produtivos, reprodutivos e metabólicos de ovinos Santa Inês em sistema de acasalamento acelerado

• Autor(a) principal: Castro, Filipe Alexandre Boscaro de
• Data de Publicação: 2024
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UEL
• Texto Completo: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/14405
• topic: Ovino; Criação; Nutrição animal; Acasalamento de animais; Santa Inês (Raça de ovino); Sheep; Animal nutrition; Courtship of animals; Animal production

Resumo: Objetivou-se com este trabalho avaliar os efeitos da concentração energética na dieta de ovelhas no terço final de gestação e lactação sobre parâmetros produtivos, reprodutivos e metabólicos, em sistema de acasalamento acelerado Foram avaliadas três rações com diferentes teores de energia: 2,; 2,2 e 2,4 Mcal de EM/kg de MS, distribuídas aleatoriamente às ovelhas Os animais foram alimentados com as rações experimentais durante o terço final da gestação e na lactação, em três ciclos produtivos consecutivos Antes do início de cada período de fornecimento das rações experimentais, foram selecionadas apenas fêmeas com gestação de um cordeiro, a partir de um rebanho de 5 animais, sendo que foram utilizadas 18; 19 e 18 ovelhas no primeiro, segundo e terceiro ciclo, respectivamente Ao início de cada período experimental as ovelhas encontravam-se aos 15 dias de gestação, com peso corporal médio de 52,4 kg e escore corporal médio de 3, Os cordeiros nascidos permaneceram com suas mães até o desmame, realizado aos 6 dias Após o desmame todas as ovelhas foram manejadas em pastagem, suplementadas diariamente com silagem de sorgo e ração concentrada a base de milho moído e farelo de soja Objetivou-se através do manejo reprodutivo a redução no intervalo de parto Do início do fornecimento das dietas ao desmame houve aumento linear nos pesos e escores corporais das ovelhas à medida que os teores energéticos aumentaram Também foi verificado efeito linear positivo dos teores de energia nos peso dos cordeiros, do nascimento ao desmame, e no ganho médio diário de peso Fêmeas recebendo ração com 2, Mcal EM/kg de MS apresentaram os piores índices para taxa de parição, taxa de nascimentos e período de serviço A época de fornecimento das dietas não influenciou nenhum dos parâmetros produtivos ou reprodutivos avaliados A produção média diária de leite das ovelhas foi positivamente influenciada de forma linear pelas rações Os teores de energia não afetaram os percentuais médios de gordura, proteína, lactose e sólidos totais do leite O teor energético da dieta não influenciou a contagem de células somáticas no leite Concentrações séricas de beta-hidroxibutirato mais elevadas aos 7 e aos 14 dias de lactação, associado ao excesso de mobilização de tecido adiposo, caracterizaram a deficiência nutricional decorrente do fornecimento da ração com 2, Mcal EM/kg de MS Identificou-se baixa relação energia/proteina da ração contendo 2, Mcal EM/kg de MS em função de valores mais elevados de ureia dos 7 dias antes do parto até os 28 dias de lactação, concomitante com semelhantes concentrações sanguíneas de albumina entre as dietas Ovelhas Santa Inês podem ser utilizadas para produção de cordeiros em sistema de acasalamento acelerado, desde que seja controlado o manejo nutricional do rebanho visando a manutenção de escores corporais intermediários (2,5 a 3,5) Apesar dos níveis energéticos testados não terem influenciado a concentração dos componentes do leite de ovelhas, cordeiros criados por fêmeas recebendo alimentação mais energética apresentaram maior velocidade de crescimento em função do maior aporte de nutrientes disponíveis, oriundos da maior quantidade de leite produzido Os teores energéticos de 2,2 e 2,4 Mcal de EM/kg de MS mostraram-se satisfatórios para o final da gestação simples e para a lactação de ovelhas Santa Inês Faz-se necessária avaliação de eficiência econômica para a tomada de decisão do teor energético a ser utilizado na alimentação dos animais