Avaliação do polimorfismo genético Ncol do fator de necrose tumoral beta (TNF-beta) e dos níveis séricos de citocinas em pacientes com esclerose múltipla de Londrina e região, Paraná
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da UEL |
Texto Completo: | https://repositorio.uel.br/handle/123456789/9850 |
Resumo: | Resumo: A esclerose múltipla (EM) é uma doença inflamatória crônica imuno-mediada do sistema nervoso central (SNC) Variações em genes que codificam a expressão e a regulação de citocinas desempenham um importante papel na susceptibilidade, atividade e progressão da doença Os objetivos deste estudo foram: 1) determinar a frequência do polimorfismo genético NcoI do TNF-ß em pacientes com EM e em indivíduos saudáveis da população sul-brasileira; 2) avaliar a associação entre o polimorfismo NcoI no gene do TNF-ß e a susceptibilidade a EM, progressão e atividade da doença; 3) avaliar a associação entre o NcoI no gene do TNF-ß e o polimorfismo do HLA-DRB1* em pacientes com EM; 4) avaliar o perfil de citocinas TNF-a, IL-1, IL-6 e IL-12, IFN-?, IL-17, IL-4 e IL-1 em pacientes com EM recorrente-remitente (EM-RR) e controles saudáveis; e 5) avaliar a associação entre os níveis séricos das citocinas e a incapacidade clínica e atividade da doença nos pacientes com EM-RR A incapacidade dos pacientes com EM foi avaliada pela Escala Expandida do Estado de Incapacidade (EDSS) e a atividade da doença foi avaliada por ressonância magnética nuclear (RMN) O DNA genômico foi extraído do buffy coat obtido de células do sangue periférico e um fragmento de 782 pares de base foi amplificado por meio da reação em cadeia da polimerase (PCR) utilizando primers específicos O produto da PCR foi submetido à digestão pela enzima NcoI e o polimorfismo do comprimento dos fragmentos de restrição foram analisados em eletroforese em gel de agarose a 3% Amostra de soro foi utilizada para determinação dos níveis das citocinas IL-1ß, IL-4, IL-6, IL-1, IL-12, IL-17, IFN-? e TNF-a pelo método de enzimaimunoensaio Para a análise do polimorfismo genético foram inseridos 22 pacientes com EM e 278 indivíduos saudáveis, pareados quanto à idade, sexo e etnia Entre os pacientes com EM, 16 (48,2%) apresentaram o genótipo TNFB2/B2, 96 (43,6%) apresentaram o genótipo TNFB1/B2 e 18 (8,2%) apresentaram o genótipo TNFB1/B1 Entre os controles saudáveis, 13 (37,1%) apresentaram o genótipo TNFB2/B2, 139 (5,%) apresentaram o genótipo TNFB1/B2 e 36 (12,9%) apresentaram o genótipo TNFB1/B1 Diferenças significativas foram encontradas quando a frequência do genótipo TNFB2/B2 foi comparada com a do genótipo TNFB1/B2 em pacientes com EM e controles (p=,449; OR: 1,49; 95% IC= vii 1,99-2,855) e quando comparada com a frequência do genótipo TNFB1/B1 em pacientes com EM e controles (p=,225; OR: 2,58; 95% IC= 1,99-2,855) A frequência do alelo TNFB2 foi ,7 (7,%) nos pacientes com EM e ,625 (62,5%) nos controles, enquanto que a frequência do alelo TNFB1 foi de ,3 (3,%) nos pacientes com EM e ,3795 (37,95%) nos controles (p=,89; OR: 1,427; 95% CI= 1,93-1,863) Não foi encontrado associação entre o alelos HLA-DRB1*1, 3, 4, 7, 8, 11, 13, e 15 e os alelos do polimorfismo genético NcoI do TNF-ß (p>5) Os resultados sugerem que o polimorfismo genético NcoI do TNF-ß não está em desequilíbrio de ligação com o polimorfismo do HLA-DRB1* As variáveis como idade no diagnóstico, duração da doença, formas clínicas, EDSS basal, EDSS após cinco anos de acompanhamento, índice de progressão, progressão e local da lesão não estão associadas aos genótipos do TNF-? (p= ,2884, p= ,821, p=,4189, p=,9889, p= ,3913, p= ,62, p= ,459 e p= ,8249, respectivamente) No entanto, foi encontrado uma tendência para a associação entre o polimorfismo genético NcoI do TNF-ß e a atividade da doença (p=,722) Para o estudo do perfil de citocinas, foram incluído 169 pacientes com EM-RR e 132 controles saudáveis, pareados quanto à idade, gênero, etnia, índice de massa corpórea e uso de corticoesteroides Pacientes com EM-RR apresentaram níveis mais elevados de IL-6, IL-12, IFN-? e IL-4 (p=,114, p=,297, p=,9 e p=,4, respectivamente) comparados aos controles IL-1? mostrou uma tendência a estar mais elevada nos controles (p= 992) TNF-a, IL-17 e IL-1 não apresentaram diferenças (p>,5) Níveis diminuídos de TNF-a e aumentados de IFN-? estavam independentemente associados à EM (p=,78 e p=,56, respectivamente) Pacientes com EM-RR e incapacidade leve apresentaram níveis séricos elevados de IL-4 comparados a pacientes com incapacidade moderada e grave (p = ,375) Os níveis séricos de TNF-a e IL-1 apresentaram-se elevados nos pacientes com lesão Gd negativo (p=,457 e p=,533, respectivamente) e os níveis séricos de IL-17 mostraram uma tendência, embora não significativa, a serem mais elevados em pacientes com a doença inativa (p=,631) Níveis diminuídos de TNF-a e aumentados de IFN-? estavam independentemente associados à atividade da doença (p=,348 e p=,133, respectivamente) Os resultados sugerem que o polimorfismo genético NcoI do TNF-ß contribui para susceptibilidade a EM independentemente dos alelos HLA-DRB1* na população sul-brasileira No entanto, sozinhos, não contribuem para a atividade e gravidade da doença Outros fatores genéticos devem interagir sinergicamente para contribuir com os mecanismos fisiopatológicos envolvidos na viii progressão e gravidade da EM Os dados obtidos demonstram que mesmo em fase de remissão clínica da EM os pacientes apresentam alteração no balanço entre as citocinas pró-inflamatórias, Th1, Th17 e Th2 Os resultados contribuem para o melhor entendimento do papel do polimorfismo genético do TNF-ß e das citocinas na EM e para o desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas de imunomodulação e de neurorestauração |
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Avaliação do polimorfismo genético Ncol do fator de necrose tumoral beta (TNF-beta) e dos níveis séricos de citocinas em pacientes com esclerose múltipla de Londrina e região, ParanáPolimorfismo (Genética)Esclerose múltiplaAspectos genéticosFator de necrose de tumorSistema nervoso centralMultiple sclerosisGenetic polymorphismsGenetic aspectsResumo: A esclerose múltipla (EM) é uma doença inflamatória crônica imuno-mediada do sistema nervoso central (SNC) Variações em genes que codificam a expressão e a regulação de citocinas desempenham um importante papel na susceptibilidade, atividade e progressão da doença Os objetivos deste estudo foram: 1) determinar a frequência do polimorfismo genético NcoI do TNF-ß em pacientes com EM e em indivíduos saudáveis da população sul-brasileira; 2) avaliar a associação entre o polimorfismo NcoI no gene do TNF-ß e a susceptibilidade a EM, progressão e atividade da doença; 3) avaliar a associação entre o NcoI no gene do TNF-ß e o polimorfismo do HLA-DRB1* em pacientes com EM; 4) avaliar o perfil de citocinas TNF-a, IL-1, IL-6 e IL-12, IFN-?, IL-17, IL-4 e IL-1 em pacientes com EM recorrente-remitente (EM-RR) e controles saudáveis; e 5) avaliar a associação entre os níveis séricos das citocinas e a incapacidade clínica e atividade da doença nos pacientes com EM-RR A incapacidade dos pacientes com EM foi avaliada pela Escala Expandida do Estado de Incapacidade (EDSS) e a atividade da doença foi avaliada por ressonância magnética nuclear (RMN) O DNA genômico foi extraído do buffy coat obtido de células do sangue periférico e um fragmento de 782 pares de base foi amplificado por meio da reação em cadeia da polimerase (PCR) utilizando primers específicos O produto da PCR foi submetido à digestão pela enzima NcoI e o polimorfismo do comprimento dos fragmentos de restrição foram analisados em eletroforese em gel de agarose a 3% Amostra de soro foi utilizada para determinação dos níveis das citocinas IL-1ß, IL-4, IL-6, IL-1, IL-12, IL-17, IFN-? e TNF-a pelo método de enzimaimunoensaio Para a análise do polimorfismo genético foram inseridos 22 pacientes com EM e 278 indivíduos saudáveis, pareados quanto à idade, sexo e etnia Entre os pacientes com EM, 16 (48,2%) apresentaram o genótipo TNFB2/B2, 96 (43,6%) apresentaram o genótipo TNFB1/B2 e 18 (8,2%) apresentaram o genótipo TNFB1/B1 Entre os controles saudáveis, 13 (37,1%) apresentaram o genótipo TNFB2/B2, 139 (5,%) apresentaram o genótipo TNFB1/B2 e 36 (12,9%) apresentaram o genótipo TNFB1/B1 Diferenças significativas foram encontradas quando a frequência do genótipo TNFB2/B2 foi comparada com a do genótipo TNFB1/B2 em pacientes com EM e controles (p=,449; OR: 1,49; 95% IC= vii 1,99-2,855) e quando comparada com a frequência do genótipo TNFB1/B1 em pacientes com EM e controles (p=,225; OR: 2,58; 95% IC= 1,99-2,855) A frequência do alelo TNFB2 foi ,7 (7,%) nos pacientes com EM e ,625 (62,5%) nos controles, enquanto que a frequência do alelo TNFB1 foi de ,3 (3,%) nos pacientes com EM e ,3795 (37,95%) nos controles (p=,89; OR: 1,427; 95% CI= 1,93-1,863) Não foi encontrado associação entre o alelos HLA-DRB1*1, 3, 4, 7, 8, 11, 13, e 15 e os alelos do polimorfismo genético NcoI do TNF-ß (p>5) Os resultados sugerem que o polimorfismo genético NcoI do TNF-ß não está em desequilíbrio de ligação com o polimorfismo do HLA-DRB1* As variáveis como idade no diagnóstico, duração da doença, formas clínicas, EDSS basal, EDSS após cinco anos de acompanhamento, índice de progressão, progressão e local da lesão não estão associadas aos genótipos do TNF-? (p= ,2884, p= ,821, p=,4189, p=,9889, p= ,3913, p= ,62, p= ,459 e p= ,8249, respectivamente) No entanto, foi encontrado uma tendência para a associação entre o polimorfismo genético NcoI do TNF-ß e a atividade da doença (p=,722) Para o estudo do perfil de citocinas, foram incluído 169 pacientes com EM-RR e 132 controles saudáveis, pareados quanto à idade, gênero, etnia, índice de massa corpórea e uso de corticoesteroides Pacientes com EM-RR apresentaram níveis mais elevados de IL-6, IL-12, IFN-? e IL-4 (p=,114, p=,297, p=,9 e p=,4, respectivamente) comparados aos controles IL-1? mostrou uma tendência a estar mais elevada nos controles (p= 992) TNF-a, IL-17 e IL-1 não apresentaram diferenças (p>,5) Níveis diminuídos de TNF-a e aumentados de IFN-? estavam independentemente associados à EM (p=,78 e p=,56, respectivamente) Pacientes com EM-RR e incapacidade leve apresentaram níveis séricos elevados de IL-4 comparados a pacientes com incapacidade moderada e grave (p = ,375) Os níveis séricos de TNF-a e IL-1 apresentaram-se elevados nos pacientes com lesão Gd negativo (p=,457 e p=,533, respectivamente) e os níveis séricos de IL-17 mostraram uma tendência, embora não significativa, a serem mais elevados em pacientes com a doença inativa (p=,631) Níveis diminuídos de TNF-a e aumentados de IFN-? estavam independentemente associados à atividade da doença (p=,348 e p=,133, respectivamente) Os resultados sugerem que o polimorfismo genético NcoI do TNF-ß contribui para susceptibilidade a EM independentemente dos alelos HLA-DRB1* na população sul-brasileira No entanto, sozinhos, não contribuem para a atividade e gravidade da doença Outros fatores genéticos devem interagir sinergicamente para contribuir com os mecanismos fisiopatológicos envolvidos na viii progressão e gravidade da EM Os dados obtidos demonstram que mesmo em fase de remissão clínica da EM os pacientes apresentam alteração no balanço entre as citocinas pró-inflamatórias, Th1, Th17 e Th2 Os resultados contribuem para o melhor entendimento do papel do polimorfismo genético do TNF-ß e das citocinas na EM e para o desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas de imunomodulação e de neurorestauraçãoDissertação (Mestrado em Ciências da Saúde) - Universidade Estadual de Londrina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Ciências da SaúdeAbstract: Multiple Sclerosis (MS) is an immune-mediated chronic inflammatory disorder of the central nervous system (CNS) Variations in genes coding for the expression and regulation of cytokines may play a role in MS susceptibility, disease activity, and progression The aims of this study were: 1) to determine the frequency of tumor necrosis factor beta (TNF-ß) NcoI genetic polymorphism among the MS patients and healthy individuals from Southern Brazilian population; 2) to evaluate the association between TNF-ß NcoI polymorphism with the susceptibility for MS, clinical progression, and activity of the disease; 3) to evaluate the association between TNF-ß NcoI and HLA-DRB1* genetic polymorphisms; 4) to evaluate the serum TNF-a, IL-1, IL-6, IL-12, IFN-?, IL-17, IL-4, and IL-1 serum cytokine levels in relapsing-remitting MS (RR-MS) patients and healthy controls; 5) to evaluate the association between the cytokine profile with the clinical disability and disease activity of RR-MS patients The disability of MS patients was evaluated using the Expanded Disability Status Scale (EDSS) and the disease activity was evaluated using magnetic resonance imaging (MRI) Genomic DNA was extracted from buffy coat of peripheral blood cells collected with EDTA as anticoagulant and a 782 base-pair fragment of the TNF-ß gene was amplified using polymerase chain reaction (PCR) using specific primers The PCR amplified product was subjected to NcoI restriction digestion and analyzed by restriction fragment length polymorphism in 3% agarose gel electrophoresis The cytokines interleukin IL-1?, IL-4, IL-6, IL-1, IL-12, IL-17, IFN-?, and TNF-a level was assessed using enzyme linked-immunosorbent assay For the polymorphism analysis 22 MS patients and 278 blood donors were enrolled; age, gender, and ethnicity were controlled for the genotype analysis Among the MS patients, 16 (482%) exhibited the TNFB2/B2 genotype, 96 (436%) the TNFB1/B2 genotype, and 18 (82%) the TNFB1/B1 genotype Among the controls, 13 (371%) exhibited the TNFB2/B2, 139 (5%) exhibited the TNFB1/B2 and 36 (129%) were TNFB1/B1 The frequency of TNFB2/B2 genotype observed among the MS patients differed from the frequency observed for the TNFB1/B2 genotype in MS patients and controls (p=449; OR: 149; 95% CI: 123-217) and x when also compared with the TNFB1/B1 genotype in MS patients and controls (p= 225; OR: 258; 95% CI: 199-2855) The TNFB2 allele frequency was 7 (7%) among the MS patients and 625 (625%) among the controls, and the TNFB1 allele frequency was 3 (3%) among the MS patients and 3795 (3795%) among the controls (p=89; OR: 1427; 95% CI: 193-1863) The association between HLA-DRB1*1, 3, 4, 7, 8, 11, 13, and 15 alleles and TNF-ß NcoI alleles was not observed (p>5) These results could suggest that TNF-ß NcoI polymorphism may not be in linkage disequilibrium within HLA-DRB1* Variables such as age at diagnosis, disease duration, clinical forms, EDSS baseline, EDSS five-year follow-up, progression, progression index, and lesion location obtained by MRI, were not associated with TNF-ß NcoI genotypes of MS patients (p= 2884, p= 821, p= 4189, p= 9889, p= 3913, p= 62, p= 459, and p= 8249, respectively) The activity of MS showed a trend toward to be associated with the TNF- ß genotypes (p=722) The cytokine profile was evaluated in serum samples from 169 RR-MS patients and 132 healthy controls age-gender-ethnicity-body mass index-matched matched The IL-6, IL-12, IFN-?, and IL-4 levels were higher among the RR-MS patients than controls (p=114, p=297, p=9, and p=4, respectively) IL-1? showed a trend towards higher levels in the controls than RR-MS patients (p= 992) The logistic regression showed that low TNF-a and high IFN-? were independently associated with MS (p=78 and p=56, respectively) The IL-4 level was higher in RR-MS patients with mild disability than those with moderate and severe disability (p=375) The TNF-a and IL-1 levels were higher among the RR-MS patients with negative Gd than those with positive Gd (p=457 and p=533, respectively) The logistic regression showed that low TNF-a and high IFN-? were independently associated with disease activity (p=348 and p=133, respectively) All together, the results suggest that TNF-ß NcoI genetic polymorphism may contribute for the MS susceptibility in Southern Brazilian population independently of HLA-DRB1* However, TNF-ß genotypes were not associated activity and severity of the disease Other genetic factors may interact and synergistically contribute to the pathophysiology process that affects the severity of MS Even in the remission phase of the disease, the RR-MS patients exhibited an imbalance of the pro-inflammatory, Th1, Th17, and Th2 cytokines These results may contribute to the better understanding the role of TNF-? genetic polymorphism and the cytokine profile in the MS and to the development of new therapeutic approach for immunomodulation and neurorestorationReiche, Edna Maria Vissoci [Orientador]Kaimen-Maciel, Damacio RamónWatanabe, Maria Angélica EharaKallaur, Ana Paula2024-05-01T12:12:19Z2024-05-01T12:12:19Z2012.002012info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://repositorio.uel.br/handle/123456789/9850porMestradoCiências da SaúdeCentro de Ciências da SaúdePrograma de Pós-Graduação em Ciências da SaúdeLondrinareponame:Repositório Institucional da UELinstname:Universidade Estadual de Londrina (UEL)instacron:UELinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-07-12T04:20:20Zoai:repositorio.uel.br:123456789/9850Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.bibliotecadigital.uel.br/PUBhttp://www.bibliotecadigital.uel.br/OAI/oai2.phpbcuel@uel.br||opendoar:2024-07-12T04:20:20Repositório Institucional da UEL - Universidade Estadual de Londrina (UEL)false |
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Resumo: A esclerose múltipla (EM) é uma doença inflamatória crônica imuno-mediada do sistema nervoso central (SNC) Variações em genes que codificam a expressão e a regulação de citocinas desempenham um importante papel na susceptibilidade, atividade e progressão da doença Os objetivos deste estudo foram: 1) determinar a frequência do polimorfismo genético NcoI do TNF-ß em pacientes com EM e em indivíduos saudáveis da população sul-brasileira; 2) avaliar a associação entre o polimorfismo NcoI no gene do TNF-ß e a susceptibilidade a EM, progressão e atividade da doença; 3) avaliar a associação entre o NcoI no gene do TNF-ß e o polimorfismo do HLA-DRB1* em pacientes com EM; 4) avaliar o perfil de citocinas TNF-a, IL-1, IL-6 e IL-12, IFN-?, IL-17, IL-4 e IL-1 em pacientes com EM recorrente-remitente (EM-RR) e controles saudáveis; e 5) avaliar a associação entre os níveis séricos das citocinas e a incapacidade clínica e atividade da doença nos pacientes com EM-RR A incapacidade dos pacientes com EM foi avaliada pela Escala Expandida do Estado de Incapacidade (EDSS) e a atividade da doença foi avaliada por ressonância magnética nuclear (RMN) O DNA genômico foi extraído do buffy coat obtido de células do sangue periférico e um fragmento de 782 pares de base foi amplificado por meio da reação em cadeia da polimerase (PCR) utilizando primers específicos O produto da PCR foi submetido à digestão pela enzima NcoI e o polimorfismo do comprimento dos fragmentos de restrição foram analisados em eletroforese em gel de agarose a 3% Amostra de soro foi utilizada para determinação dos níveis das citocinas IL-1ß, IL-4, IL-6, IL-1, IL-12, IL-17, IFN-? e TNF-a pelo método de enzimaimunoensaio Para a análise do polimorfismo genético foram inseridos 22 pacientes com EM e 278 indivíduos saudáveis, pareados quanto à idade, sexo e etnia Entre os pacientes com EM, 16 (48,2%) apresentaram o genótipo TNFB2/B2, 96 (43,6%) apresentaram o genótipo TNFB1/B2 e 18 (8,2%) apresentaram o genótipo TNFB1/B1 Entre os controles saudáveis, 13 (37,1%) apresentaram o genótipo TNFB2/B2, 139 (5,%) apresentaram o genótipo TNFB1/B2 e 36 (12,9%) apresentaram o genótipo TNFB1/B1 Diferenças significativas foram encontradas quando a frequência do genótipo TNFB2/B2 foi comparada com a do genótipo TNFB1/B2 em pacientes com EM e controles (p=,449; OR: 1,49; 95% IC= vii 1,99-2,855) e quando comparada com a frequência do genótipo TNFB1/B1 em pacientes com EM e controles (p=,225; OR: 2,58; 95% IC= 1,99-2,855) A frequência do alelo TNFB2 foi ,7 (7,%) nos pacientes com EM e ,625 (62,5%) nos controles, enquanto que a frequência do alelo TNFB1 foi de ,3 (3,%) nos pacientes com EM e ,3795 (37,95%) nos controles (p=,89; OR: 1,427; 95% CI= 1,93-1,863) Não foi encontrado associação entre o alelos HLA-DRB1*1, 3, 4, 7, 8, 11, 13, e 15 e os alelos do polimorfismo genético NcoI do TNF-ß (p>5) Os resultados sugerem que o polimorfismo genético NcoI do TNF-ß não está em desequilíbrio de ligação com o polimorfismo do HLA-DRB1* As variáveis como idade no diagnóstico, duração da doença, formas clínicas, EDSS basal, EDSS após cinco anos de acompanhamento, índice de progressão, progressão e local da lesão não estão associadas aos genótipos do TNF-? (p= ,2884, p= ,821, p=,4189, p=,9889, p= ,3913, p= ,62, p= ,459 e p= ,8249, respectivamente) No entanto, foi encontrado uma tendência para a associação entre o polimorfismo genético NcoI do TNF-ß e a atividade da doença (p=,722) Para o estudo do perfil de citocinas, foram incluído 169 pacientes com EM-RR e 132 controles saudáveis, pareados quanto à idade, gênero, etnia, índice de massa corpórea e uso de corticoesteroides Pacientes com EM-RR apresentaram níveis mais elevados de IL-6, IL-12, IFN-? e IL-4 (p=,114, p=,297, p=,9 e p=,4, respectivamente) comparados aos controles IL-1? mostrou uma tendência a estar mais elevada nos controles (p= 992) TNF-a, IL-17 e IL-1 não apresentaram diferenças (p>,5) Níveis diminuídos de TNF-a e aumentados de IFN-? estavam independentemente associados à EM (p=,78 e p=,56, respectivamente) Pacientes com EM-RR e incapacidade leve apresentaram níveis séricos elevados de IL-4 comparados a pacientes com incapacidade moderada e grave (p = ,375) Os níveis séricos de TNF-a e IL-1 apresentaram-se elevados nos pacientes com lesão Gd negativo (p=,457 e p=,533, respectivamente) e os níveis séricos de IL-17 mostraram uma tendência, embora não significativa, a serem mais elevados em pacientes com a doença inativa (p=,631) Níveis diminuídos de TNF-a e aumentados de IFN-? estavam independentemente associados à atividade da doença (p=,348 e p=,133, respectivamente) Os resultados sugerem que o polimorfismo genético NcoI do TNF-ß contribui para susceptibilidade a EM independentemente dos alelos HLA-DRB1* na população sul-brasileira No entanto, sozinhos, não contribuem para a atividade e gravidade da doença Outros fatores genéticos devem interagir sinergicamente para contribuir com os mecanismos fisiopatológicos envolvidos na viii progressão e gravidade da EM Os dados obtidos demonstram que mesmo em fase de remissão clínica da EM os pacientes apresentam alteração no balanço entre as citocinas pró-inflamatórias, Th1, Th17 e Th2 Os resultados contribuem para o melhor entendimento do papel do polimorfismo genético do TNF-ß e das citocinas na EM e para o desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas de imunomodulação e de neurorestauração |
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