Violência laboral : percepções de enfermeiros de unidades de pronto atendimento

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Camila de Souza
Data de Publicação: 2024
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UEL
Texto Completo: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/10603
Resumo: Resumo: Compreender a percepção de enfermeiros de unidades de pronto atendimento sobre a violência no ambiente de trabalho e conhecer os motivos, a influência desse fenômeno no processo de trabalho, os sentimentos e as estratégias de defesa de enfermeiros expostos à violência laboral constituíram-se nos objetivos desse estudo, que se concretizaram em dois artigos Trata-se de dois estudos qualitativos, exploratórios e descritivos, realizados em uma cidade do norte do Paraná, cujos participantes foram 21 enfermeiros selecionados por intencionalidade, de duas unidades de pronto atendimento, que atendem cerca de 4 pacientes por dia e funcionam por 24 horas, durante toda a semana Os dados foram coletados por meio de entrevistas que foram audiogravadas e apoiadas em um questionário semiestruturado e conduzidas a partir das seguintes questões norteadoras: como você percebe a violência laboral em seu local de trabalho? Que sentimentos você vivencia frente à violência laboral? Quais estratégias você utiliza quando exposto à violência laboral? A coleta de dados ocorreu entre novembro e dezembro de 218 e as entrevistas foram transcritas na íntegra Para a análise dos dados utilizou-se a Técnica de Analise de Conteúdo e como Referencial Teórico o Interacionismo Simbólico O estudo foi norteado pelos princípios da Resolução do Conselho Nacional de Saúde 51/16, que regulamenta pesquisas envolvendo seres humanos, tendo sido aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual de Londrina, parecer nº 2732477 Os enfermeiros perceberam que vivenciam a violência psicológica, que abrange a violência moral e verbal, e a física, que foram praticadas por pacientes, acompanhantes ou, até mesmo, membros da equipe Como motivos, foram identificados o tempo de espera no atendimento, o fato de trabalhar em um serviço público, a falta de conhecimento da classificação de risco, a falta de segurança na unidade e o fato de ser mulher A violência influenciou no processo laboral, sendo desvelado o afastamento e adoecimento de membros da equipe e realocação de funcionários Os sentimentos referidos foram medo, insegurança e indiferença Utilizaram como estratégias de enfrentamento comunicar o ocorrido aos gestores, ouvir as queixas dos usuários, contactar autoridades locais como polícia militar e guarda municipal e orar Concluiu-se que enfermeiros vivenciam violência psicológica e física em seu local de trabalho de natureza externa, que foram impetradas por pacientes, familiares/acompanhantes, bem como psicológica de natureza interna, imputadas pelos membros da equipe de enfermagem Os motivos para a ocorrência da violência estiveram relacionados com a demora no atendimento, ser mulher e trabalhar em serviço público O processo de trabalho ficou prejudicado devido aos afastamentos de funcionários Pode-se inferir que os sentimentos de medo e insegurança interferem na assistência ao paciente e na saúde dos trabalhadores Houve ainda indiferença, o que não é salutar, pois os atos de violência não podem ser banalizados e/ou cristalizados nos ambientes laborais Já as estratégias de defesa utilizadas foram individuais; entretanto, para serem efetivas, precisam ser institucionalizadas
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Que sentimentos você vivencia frente à violência laboral? Quais estratégias você utiliza quando exposto à violência laboral? A coleta de dados ocorreu entre novembro e dezembro de 218 e as entrevistas foram transcritas na íntegra Para a análise dos dados utilizou-se a Técnica de Analise de Conteúdo e como Referencial Teórico o Interacionismo Simbólico O estudo foi norteado pelos princípios da Resolução do Conselho Nacional de Saúde 51/16, que regulamenta pesquisas envolvendo seres humanos, tendo sido aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual de Londrina, parecer nº 2732477 Os enfermeiros perceberam que vivenciam a violência psicológica, que abrange a violência moral e verbal, e a física, que foram praticadas por pacientes, acompanhantes ou, até mesmo, membros da equipe Como motivos, foram identificados o tempo de espera no atendimento, o fato de trabalhar em um serviço público, a falta de conhecimento da classificação de risco, a falta de segurança na unidade e o fato de ser mulher A violência influenciou no processo laboral, sendo desvelado o afastamento e adoecimento de membros da equipe e realocação de funcionários Os sentimentos referidos foram medo, insegurança e indiferença Utilizaram como estratégias de enfrentamento comunicar o ocorrido aos gestores, ouvir as queixas dos usuários, contactar autoridades locais como polícia militar e guarda municipal e orar Concluiu-se que enfermeiros vivenciam violência psicológica e física em seu local de trabalho de natureza externa, que foram impetradas por pacientes, familiares/acompanhantes, bem como psicológica de natureza interna, imputadas pelos membros da equipe de enfermagem Os motivos para a ocorrência da violência estiveram relacionados com a demora no atendimento, ser mulher e trabalhar em serviço público O processo de trabalho ficou prejudicado devido aos afastamentos de funcionários Pode-se inferir que os sentimentos de medo e insegurança interferem na assistência ao paciente e na saúde dos trabalhadores Houve ainda indiferença, o que não é salutar, pois os atos de violência não podem ser banalizados e/ou cristalizados nos ambientes laborais Já as estratégias de defesa utilizadas foram individuais; entretanto, para serem efetivas, precisam ser institucionalizadasDissertação (Mestrado em Enfermagem) - Universidade Estadual de Londrina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em EnfermagemAbstract: Understanding the nurses' perception of prompt care units about violence in the workplace and knowing the reasons, the influence of this phenomenon on the work process, the feelings and the strategies of defense of nurses exposed to labor violence constituted the objectives of this study, which were materialized in two articles These are two qualitative, exploratory and descriptive studies, carried out in a city in the north of Paraná, where 21 participants were selected by intentionality, two emergency care units, which serve about 4 patients per day and work for 24 hours , all week long The data were collected through interviews that were audiographed and supported in a semi-structured questionnaire and conducted from the following guiding questions: How do you perceive workplace violence in your workplace? What feelings do you experience in the face of workplace violence? What strategies do you use when exposed to workplace violence? Data collection took place between November and December 218 and the interviews were transcribed in full For the analysis of the data was used the Technique of Analysis of Content and as Theoretical Referential the Symbolic Interactionism The study was guided by the principles of the National Health Council Resolution 51/16, which regulates research involving human beings, and was approved by the Research Ethics Committee of the State University of Londrina, opinion no 2,732,477 The nurses realized that they experience psychological violence, which includes moral and verbal violence, and physical violence, which were practiced by patients, companions or even members of the team As reasons, we identified the waiting time in the service, the fact of working in a public service, the lack of knowledge of the classification of risk, the lack of security in the unit and the fact of being a woman Violence influenced the labor process, revealing the separation and illness of staff members and the relocation of employees These feelings were fear, insecurity and indifference They used as coping strategies to communicate what happened to managers, listen to users' complaints, contact local authorities like military police and municipal guard and pray It was concluded that nurses experience psychological and physical violence in their external work place, which were presented by patients, family / companions, as well as psychological of an internal nature, imputed by members of the nursing team The reasons for the occurrence of violence were related to delayed care, being a woman and working in public service The work process was impaired due to staff leave It can be inferred that feelings of fear and insecurity interfere with patient care and workers' health There was still indifference, which is not salutary, since acts of violence can not be trivialized and / or crystallized in the workplace The defense strategies used were individual; however, in order to be effective, they need to be institutionalizedMartins, Júlia Trevisan [Orientador]Galdino, Maria José QuinaRobazzi, Maria Lúcia do Carmo da CruzOliveira, Camila de Souza2024-05-01T12:45:36Z2024-05-01T12:45:36Z2019.0007.08.2019info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://repositorio.uel.br/handle/123456789/10603porMestradoEnfermagemCentro de Ciências da SaúdePrograma de Pós-Graduação em EnfermagemLondrinareponame:Repositório Institucional da UELinstname:Universidade Estadual de Londrina (UEL)instacron:UELinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-07-12T04:20:10Zoai:repositorio.uel.br:123456789/10603Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.bibliotecadigital.uel.br/PUBhttp://www.bibliotecadigital.uel.br/OAI/oai2.phpbcuel@uel.br||opendoar:2024-07-12T04:20:10Repositório Institucional da UEL - Universidade Estadual de Londrina (UEL)false
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