Detecção molecular de Paracoccidioides brasiliensis por PCR em biópsias de lesão bucal de paracoccidioidomicose
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UEL |
Texto Completo: | https://repositorio.uel.br/handle/123456789/10614 |
Resumo: | Resumo: Paracoccidioidomicose (PCM) é uma doença fúngica considerada um problema de saúde pública no Brasil Na cavidade oral o processo alveolar e a gengiva são as localizações mais afetadas A lesão bucal tipicamente se manifesta como uma hiperplasia granular eritematosa, com vários pontos hemorrágicos e uma superfície com aspecto de amora chamada de estomatite “moriforme” O polimorfismo clínico da PCM bucal às vezes dificulta o diagnóstico especialmente quando confundido com carcinoma espino celular (CEC) A PCM bucal geralmente é diagnosticada por histopatologia, entretanto, em alguns casos, o agente etiológico pode não ser encontrado ou confundido com outros fungos dimórficos e peças pequenas podem levar a um erro de diagnóstico As técnicas moleculares são promissoras, facilitando um diagnóstico mais conclusivo, com uma alta especificidade e sensibilidade para P brasiliensis, em particular através da utilização da Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) Peças de tecidos parafinizados vêm sendo utilizadas em estudos retrospectivos de diagnósticos a fim de padronizar um método de extração de DNA que seja adequado em técnicas moleculares Este estudo descreve dados clínico-patológicos de 7 casos de PCM bucal confirmados por histopatologia Desses 7 casos, 29 amostras de tecidos parafinizados foram submetidas à extração de DNA e utilizadas em dois protocolos diferentes de PCR para a detecção do DNA do fungo P brasiliensis Peças de CEC bucal parafinizadas foram utilizadas como reação controle Os dados clínicos mostram que a maioria dos pacientes eram homens, trabalhadores rurais, fumantes, etilistas, apresentam múltiplas lesões e o processo alveolar e a gengiva são os sítios mais afetados e o CEC foi o diagnóstico diferencial mais freqüente Nas 29 amostras de tecidos parafinizados, o fungo P brasiliensis foi detectado em 17 (58,6%) amostras pelo protocolo de Koishi (26) e 2 (6,9%) pelo protocolo de Theodoro et al (25) As 12 amostras negativas pelo protocolo de Koishi (26), foram submetidas a um processo de purificações em agarose e posteriormente submetidas aos protocolos de Koishi (26) e Theodoro et al (25), onde duas e cinco amostras foram positivas, respectivamente Como resultado total a PCR detectou 24 (85,75%) DNA de P brasiliensis em 29 amostras de tecidos parafinizados Em conclusão, este estudo mostrou que o CEC é a patologia bucal que mais se assemelha a lesão bucal de PCM e pode levar ao erro de diagnóstico e o protocolo de Koishi, 26 mostrou-se mais sensível na detecção de P brasiliensis e pode ser usado em tecidos parafinizados |
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Detecção molecular de Paracoccidioides brasiliensis por PCR em biópsias de lesão bucal de paracoccidioidomicosePatologia experimentalParacoccidioidomicoseParacoccidioides brasiliensisBocaDiagnósticoExperimental pathologyParacoccidioidomycosisMouth - Diseases - DiagnosisResumo: Paracoccidioidomicose (PCM) é uma doença fúngica considerada um problema de saúde pública no Brasil Na cavidade oral o processo alveolar e a gengiva são as localizações mais afetadas A lesão bucal tipicamente se manifesta como uma hiperplasia granular eritematosa, com vários pontos hemorrágicos e uma superfície com aspecto de amora chamada de estomatite “moriforme” O polimorfismo clínico da PCM bucal às vezes dificulta o diagnóstico especialmente quando confundido com carcinoma espino celular (CEC) A PCM bucal geralmente é diagnosticada por histopatologia, entretanto, em alguns casos, o agente etiológico pode não ser encontrado ou confundido com outros fungos dimórficos e peças pequenas podem levar a um erro de diagnóstico As técnicas moleculares são promissoras, facilitando um diagnóstico mais conclusivo, com uma alta especificidade e sensibilidade para P brasiliensis, em particular através da utilização da Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) Peças de tecidos parafinizados vêm sendo utilizadas em estudos retrospectivos de diagnósticos a fim de padronizar um método de extração de DNA que seja adequado em técnicas moleculares Este estudo descreve dados clínico-patológicos de 7 casos de PCM bucal confirmados por histopatologia Desses 7 casos, 29 amostras de tecidos parafinizados foram submetidas à extração de DNA e utilizadas em dois protocolos diferentes de PCR para a detecção do DNA do fungo P brasiliensis Peças de CEC bucal parafinizadas foram utilizadas como reação controle Os dados clínicos mostram que a maioria dos pacientes eram homens, trabalhadores rurais, fumantes, etilistas, apresentam múltiplas lesões e o processo alveolar e a gengiva são os sítios mais afetados e o CEC foi o diagnóstico diferencial mais freqüente Nas 29 amostras de tecidos parafinizados, o fungo P brasiliensis foi detectado em 17 (58,6%) amostras pelo protocolo de Koishi (26) e 2 (6,9%) pelo protocolo de Theodoro et al (25) As 12 amostras negativas pelo protocolo de Koishi (26), foram submetidas a um processo de purificações em agarose e posteriormente submetidas aos protocolos de Koishi (26) e Theodoro et al (25), onde duas e cinco amostras foram positivas, respectivamente Como resultado total a PCR detectou 24 (85,75%) DNA de P brasiliensis em 29 amostras de tecidos parafinizados Em conclusão, este estudo mostrou que o CEC é a patologia bucal que mais se assemelha a lesão bucal de PCM e pode levar ao erro de diagnóstico e o protocolo de Koishi, 26 mostrou-se mais sensível na detecção de P brasiliensis e pode ser usado em tecidos parafinizadosDissertação (Mestrado em Patologia Experimental) - Universidade Estadual de Londrina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Patologia ExperimentalAbstract: Paracoccidioidomycosis (PCM) is a fungal disease and considered as a public health problem in Brazil In the oral cavity the alveolar process and gingiva are the most commonly affected sites The oral lesions typically show an erythematous finely granular hyperplasia, speckled with pinpoint hemorrhages, and a mulberry-like surface called “moriforme” stomatitis The clinical polymorphism of oral PCM makes diagnosis difficult especially compared with squamous cell carcinoma (SCC) Oral PCM lesions are diagnosed by histopathology, however, the fungi can not be found or confused with other dimorphic fungi, and small specimens may lead to erroneous diagnosis Molecular methods are promising and the polymerase chain reaction (PCR) has been found to be a sensitive, specific, and rapid method for detection of variety of microorganisms, and it could be a useful diagnostic tool of PCM In addition, molecular methods have used in retrospective studies with archival paraffin-embedded tissues This study describes the clinicopathological data of 7 histologically confirmed oral PCM cases two different assays to detection of P brasiliensis DNA in 29 paraffin-embedded tissue Samples of paraffin-embedded SCC were used as control reaction The clinical records showed that most patients were male, rural workers; tobacco smokers, alcoholics, presented multiple lesions, and the alveolar process and gingiva were the most commonly affected sites and SCC was the most frequent differential diagnosis Of the 29 samples paraffin-embedded tissues, the fungal P brasiliensis DNA was detected in 17 (58,6 %) samples by Koishi (26) protocol and 2 (6,9 %) by Theodoro et al (25) protocol The 12 negatives samples by Koishi (26) protocol were subjected to an agarose purification procedure and later submitted to Koishi (26) and Theodoro et al (25) protocols, two and five samples were positive, respectively In the total, PCR detected 24 (82,75 %) DNA of the P brasiliensis in 29 samples paraffin-embedded tissues In conclusion, this study showed that the SCC was the oral pathology that more resembles the PCM oral lesion and may lead to erroneous diagnosis and Koishi (26) protocol was more sensitive in identifying P brasiliensis and can be used in paraffin-embedded tissues samplesVenâncio, Emerson José [Orientador]Ogatta, Suely Fumie YamadaItano, Eiko NakagawaSilva, Débora Fonseca Vituri Rodrigues da2024-05-01T12:45:48Z2024-05-01T12:45:48Z2008.0029.02.2008info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://repositorio.uel.br/handle/123456789/10614porMestradoPatologia ExperimentalCentro de Ciências BiológicasPrograma de Pós-Graduação em Patologia ExperimentalLondrinareponame:Repositório Institucional da UELinstname:Universidade Estadual de Londrina (UEL)instacron:UELinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-07-12T04:20:15Zoai:repositorio.uel.br:123456789/10614Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.bibliotecadigital.uel.br/PUBhttp://www.bibliotecadigital.uel.br/OAI/oai2.phpbcuel@uel.br||opendoar:2024-07-12T04:20:15Repositório Institucional da UEL - Universidade Estadual de Londrina (UEL)false |
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