Hospedabilidade de Meloidogyne paranaensis em plantas medicinais, composição química do óleo essencial de Mentha pulegium e efeito do parasitismo de M. paranaensis sobre as substâncias fenólicas em M. pulegium

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Foganholi, Ana Paula do Amaral Mônaco
Data de Publicação: 2024
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UEL
Texto Completo: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/13477
Resumo: Resumo: Considerando o valor das plantas medicinais, não apenas como recurso terapêutico, mas também como fonte de recursos econômicos, e a importância dos nematoides de galhas radiculares, a presente Tese foi desenvolvida originando três trabalhos O primeiro teve como objetivo avaliar o comportamento de 14 espécies de plantas medicinais frente ao parasitismo de Meloidogyne paranaensis em casa-de-vegetação As plântulas medicinais foram inoculadas com suspensão de 5 ovos e juvenis de segundo estádio (J2) de M paranaensis e mantidas em vasos por 6 dias Após esse período, foi avaliada a multiplicação dos nematoides nas raízes através da contagem de ovos e J2 nos sistemas radiculares, e estimativa dos fatores de reprodução (FR) Comportaram-se como suscetíveis a M paranaensis as plantas: Ocimum basilicum, Origanum vulgare, Plectranthus barbatus, Solanum esculentum e Mentha pulegium; como resistentes Taraxacum officinale, Matricaria recutita, Melissa officinalis, Hyssopus officinalis, Lippia alba, Kalanchoe pinnata e Sedum praealtum; como imunes Artemisia dracunculus e Petiveria alliacea O segundo trabalho foi desenvolvido com o objetivo de comparar o teor e a composição do óleo essencial de Mentha pulegium em diferentes estágios de desenvolvimento, em condições controladas, utilizando análises por Cromatografia gasosa (CG) e cromatografia gasosa acoplada a espectrômetro de massas (CG / EM) A hidrodestilação de folhas frescas de M pulegium coletadas aos 6, 7 e 85 dias após o transplantio (DAT) apresentaram rendimento do óleo essencial de ,17%, ,23% e ,17%, respectivamente As análises de CG e CG / EM revelaram diferenças qualitativas e variação na proporção dos componentes do óleo O mentofurano (,21%; ,33%), mirtenal (1,2%; 5,49%) e metil éter coahuilensol (1,2%, 1,8%) foram detectados apenas nas amostras coletadas aos 6 e 7 DAT As concentrações dos principais compostos variaram nos três estágios de cultivo da planta A concentração do pulegona aumentou de 26,65% nas amostras das duas primeiras coletas para 31,5% na amostra da terceira coleta A piperitenona (36,32%) foi o componente principal da última coleta Todas as amostras de óleo essencial obtidas nos três estágios distintos de M pulegium, também, mostraram atividade antimicrobiana contra Cladosporium herbarum, apresentando três áreas de inibição do fungo com valores de Rf = 8; ,85 e ,9 Já o terceiro trabalho teve como objetivo avaliar o perfil de substâncias fenólicas presentes nos extratos metanólicos das folhas de M pulegium parasitadas e não pelo nematoide M paranaensis, assim como o efeito in vitro dos extratos sobre juvenis deste nematoide Para o experimento foram utilizados os níveis de inoculo de M paranaensis: zero e 1 ovos + J2/mL e 3 repetições Para o nível de inóculo zero, foram colocados em cada plântula 1 mL de água e no tratamento com nematoide foram aplicados 1 mL de uma suspensão contendo 1 ovos + J2/mL de M paranaensis por plântula As plântulas foram mantidas por 3, 45 e 6 dias em casa-de-vegetação Após esse período, foram realizadas a extração e contagem de ovos e J2 dos sistemas radiculares e os FRs foram estimados Foi verificado que a reprodução do nematoide aumentou de acordo com o desenvolvimento das plantas de M pulegium, com FRs de ,61; ,685; 2,324, respectivamente, em cada data de coleta Amostras em triplicatas das folhas de M pulegium, inoculadas e não inoculadas com M paranaensis, foram secas e moídas, em seguida foram obtidos seus extratos com metanol à temperatura ambiente Os extratos metanólicos foram fracionados em coluna de sílica utilizando os solventes diclorometano e metanol As frações eluídas com metanol foram analisadas por CLAE-DAD A partir da comparação com padrões de compostos fenólicos, foram identificados: ácido ferulico, (-)-epicatequina, ácido caféico e ácido fumárico nos extratos obtidos de plantas sem e com parasitismo Porém, não foi verificada nenhuma diferença quanto ao perfil de substâncias fenólicas entre as plantas parasitadas e não pelo M paranaensis, indicando que nas plantas de poejo estudadas nesse experimento, o parasitismo de M paranaensis não alterou o perfil das substâncias fenólicas Com relação ao efeito nematicida dos extratos, foi observada ação inibitória ‘in vitro’ do extrato de poejo sobre a eclosão de juvenis de M paranaensis, assim como efeito sobre a mortalidade dos J2
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como resistentes Taraxacum officinale, Matricaria recutita, Melissa officinalis, Hyssopus officinalis, Lippia alba, Kalanchoe pinnata e Sedum praealtum; como imunes Artemisia dracunculus e Petiveria alliacea O segundo trabalho foi desenvolvido com o objetivo de comparar o teor e a composição do óleo essencial de Mentha pulegium em diferentes estágios de desenvolvimento, em condições controladas, utilizando análises por Cromatografia gasosa (CG) e cromatografia gasosa acoplada a espectrômetro de massas (CG / EM) A hidrodestilação de folhas frescas de M pulegium coletadas aos 6, 7 e 85 dias após o transplantio (DAT) apresentaram rendimento do óleo essencial de ,17%, ,23% e ,17%, respectivamente As análises de CG e CG / EM revelaram diferenças qualitativas e variação na proporção dos componentes do óleo O mentofurano (,21%; ,33%), mirtenal (1,2%; 5,49%) e metil éter coahuilensol (1,2%, 1,8%) foram detectados apenas nas amostras coletadas aos 6 e 7 DAT As concentrações dos principais compostos variaram nos três estágios de cultivo da planta A concentração do pulegona aumentou de 26,65% nas amostras das duas primeiras coletas para 31,5% na amostra da terceira coleta A piperitenona (36,32%) foi o componente principal da última coleta Todas as amostras de óleo essencial obtidas nos três estágios distintos de M pulegium, também, mostraram atividade antimicrobiana contra Cladosporium herbarum, apresentando três áreas de inibição do fungo com valores de Rf = 8; ,85 e ,9 Já o terceiro trabalho teve como objetivo avaliar o perfil de substâncias fenólicas presentes nos extratos metanólicos das folhas de M pulegium parasitadas e não pelo nematoide M paranaensis, assim como o efeito in vitro dos extratos sobre juvenis deste nematoide Para o experimento foram utilizados os níveis de inoculo de M paranaensis: zero e 1 ovos + J2/mL e 3 repetições Para o nível de inóculo zero, foram colocados em cada plântula 1 mL de água e no tratamento com nematoide foram aplicados 1 mL de uma suspensão contendo 1 ovos + J2/mL de M paranaensis por plântula As plântulas foram mantidas por 3, 45 e 6 dias em casa-de-vegetação Após esse período, foram realizadas a extração e contagem de ovos e J2 dos sistemas radiculares e os FRs foram estimados Foi verificado que a reprodução do nematoide aumentou de acordo com o desenvolvimento das plantas de M pulegium, com FRs de ,61; ,685; 2,324, respectivamente, em cada data de coleta Amostras em triplicatas das folhas de M pulegium, inoculadas e não inoculadas com M paranaensis, foram secas e moídas, em seguida foram obtidos seus extratos com metanol à temperatura ambiente Os extratos metanólicos foram fracionados em coluna de sílica utilizando os solventes diclorometano e metanol As frações eluídas com metanol foram analisadas por CLAE-DAD A partir da comparação com padrões de compostos fenólicos, foram identificados: ácido ferulico, (-)-epicatequina, ácido caféico e ácido fumárico nos extratos obtidos de plantas sem e com parasitismo Porém, não foi verificada nenhuma diferença quanto ao perfil de substâncias fenólicas entre as plantas parasitadas e não pelo M paranaensis, indicando que nas plantas de poejo estudadas nesse experimento, o parasitismo de M paranaensis não alterou o perfil das substâncias fenólicas Com relação ao efeito nematicida dos extratos, foi observada ação inibitória ‘in vitro’ do extrato de poejo sobre a eclosão de juvenis de M paranaensis, assim como efeito sobre a mortalidade dos J2Tese (Doutorado em Agronomia) - Universidade Estadual de Londrina, Centro de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em AgronomiaAbstract: Considering the value of medicinal plants, not only as a therapeutic resource, but also as a source of economic resources and the importance of root knot nematodes, this thesis has been developed resulting in three pieces The first one was to evaluate the behavior of 14 species of medicinal plants against the parasitism of the nematode Meloidogyne paranaensis and was divided into three experiments, conducted in greenhouse Seedlings were medical inoculated with a suspension of 5 eggs and second stage juveniles (J2) of M paranaensis and kept in pots for 6 days After this period, it was evaluated the multiplication of the nematodes in the roots by counting of eggs and J2 in root systems, and estimation of the reproduction factors (RF) They behaved as susceptible to M paranaensis plants: Ocimum basilicum, Origanum vulgare, Plectranthus barbatus, Solanum esculentum and Mentha pulegium; as resistant: Taraxacum officinale, Matricaria recutita, Melissa officinalis, Hyssopus officinalis, Lippia alba, Kalanchoe pinnata and Sedum praealtum; Artemisia dracunculus and Petiveria alliacea as immune The second study was conducted with the aimed to compare the oil content and composition from leaves obtained in different stages of development in controlled conditions, using GC and GC/MS analysis Hydrodistillation of fresh leaves of Mentha pulegium collected in the three different periods of cultive (6, 7 and 85 days) afforded the oil essential in ,17%; ,23% e ,17% yield, respectively The GC and GC/MS analyses revealed qualitative differences and a variation in the proportions of the oil components The menthofuran (21%; 33%), myrtenal (12%; 549%), coahuilensol methyl ether (12%, 18%) were detected in only sample of the first and second developmental stages (6 and 7 DAT) The concentrations of the compounds varied across the three main stages of the crop The concentration of the pulegone was increased from 2665% in the early stages to 315% in climaterio stage, however, piperitenone (3632%) was the main compound in this last stage All samples of essential oil obtened in the three distint stages of M pulegium showed antimicrobial activity against Cladosporium herbarum, featuring three areas of inhibition of the fungus with values of f = 8, 85 and 9 The third study was to evaluate phenolic substances profile present in metanoic extracts of M pulegium leaves parasited and not by Meloidogyne paranaensis, so as the effect of extracts over juvenile eclosion, mobility and mortality of these nematodes in vitro For the experiment was adopted the entirely experimental design using casualised inoculo levels of M paranaensis: zero and 1 eggs + J2/mL and 3 repetitions For the inoculum level zero, it was placed in each seedlings 1 mL of water and treatment with nematode were applied 1 mL suspension containing 1 eggs + J2/mL of M paranaensis by seedlings The seedlings were maintained for 3, 45 and 6 days in greenhouse After this period, took place egg count and extraction and root systems and J2 reproduction factors (RF) were estimated It was verified that the reproduction of the nematode increased according to the development of plants of M pulegium, with 61 RFs; 685; 2324 respectively in each pickup date Samples in triplicates from the leaves of M pulegium, inoculated and non-inoculated with M paranaensis, were dried and ground, then were obtained their statements with methanol at ambient temperature The extracts were fractionated in methanolic silica column using dichloromethane and methanol solvent The eluted fractions with methanol were reviewed by HPLC-DAD to assess the effect of parasitism of M paranaensis on the phenolic substances profile extract From the comparison with standards of phenolic compounds, ferulico acid, have been identified: (-)-epicatechin, cafeico acid and fumaric acid in extracts obtained from plants without and with parasitism However, there was no difference as to the profile verified of phenolic substances among plants that are parasitized and not by M paranaensis, indicating that plants of pennyroyal studied in this experiment the parasitism of M paranaensis did not alter the profile of phenolic substances In relation to the purpose, of extracts was observed nematicide action in vitro inhibitory of pennyroyal extract on the outbreak of juvenile M paranaensis, as well as some effect on the mortality of J2Santiago, Débora Cristina [Orientador]Krzyzanowski, Alaíde AparecidaBalbi-Peña, Maria IsabelVidal, Luiz Henrique IlkiuAlmeida, José Carlos Vieira deFoganholi, Ana Paula do Amaral Mônaco2024-05-01T14:15:26Z2024-05-01T14:15:26Z2012.0023.02.2012info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://repositorio.uel.br/handle/123456789/13477porDoutoradoAgronomiaCentro de Ciências AgráriasPrograma de Pós-graduação em AgronomiaLondrinareponame:Repositório Institucional da UELinstname:Universidade Estadual de Londrina (UEL)instacron:UELinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-07-12T04:20:00Zoai:repositorio.uel.br:123456789/13477Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.bibliotecadigital.uel.br/PUBhttp://www.bibliotecadigital.uel.br/OAI/oai2.phpbcuel@uel.br||opendoar:2024-07-12T04:20Repositório Institucional da UEL - Universidade Estadual de Londrina (UEL)false
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description Resumo: Considerando o valor das plantas medicinais, não apenas como recurso terapêutico, mas também como fonte de recursos econômicos, e a importância dos nematoides de galhas radiculares, a presente Tese foi desenvolvida originando três trabalhos O primeiro teve como objetivo avaliar o comportamento de 14 espécies de plantas medicinais frente ao parasitismo de Meloidogyne paranaensis em casa-de-vegetação As plântulas medicinais foram inoculadas com suspensão de 5 ovos e juvenis de segundo estádio (J2) de M paranaensis e mantidas em vasos por 6 dias Após esse período, foi avaliada a multiplicação dos nematoides nas raízes através da contagem de ovos e J2 nos sistemas radiculares, e estimativa dos fatores de reprodução (FR) Comportaram-se como suscetíveis a M paranaensis as plantas: Ocimum basilicum, Origanum vulgare, Plectranthus barbatus, Solanum esculentum e Mentha pulegium; como resistentes Taraxacum officinale, Matricaria recutita, Melissa officinalis, Hyssopus officinalis, Lippia alba, Kalanchoe pinnata e Sedum praealtum; como imunes Artemisia dracunculus e Petiveria alliacea O segundo trabalho foi desenvolvido com o objetivo de comparar o teor e a composição do óleo essencial de Mentha pulegium em diferentes estágios de desenvolvimento, em condições controladas, utilizando análises por Cromatografia gasosa (CG) e cromatografia gasosa acoplada a espectrômetro de massas (CG / EM) A hidrodestilação de folhas frescas de M pulegium coletadas aos 6, 7 e 85 dias após o transplantio (DAT) apresentaram rendimento do óleo essencial de ,17%, ,23% e ,17%, respectivamente As análises de CG e CG / EM revelaram diferenças qualitativas e variação na proporção dos componentes do óleo O mentofurano (,21%; ,33%), mirtenal (1,2%; 5,49%) e metil éter coahuilensol (1,2%, 1,8%) foram detectados apenas nas amostras coletadas aos 6 e 7 DAT As concentrações dos principais compostos variaram nos três estágios de cultivo da planta A concentração do pulegona aumentou de 26,65% nas amostras das duas primeiras coletas para 31,5% na amostra da terceira coleta A piperitenona (36,32%) foi o componente principal da última coleta Todas as amostras de óleo essencial obtidas nos três estágios distintos de M pulegium, também, mostraram atividade antimicrobiana contra Cladosporium herbarum, apresentando três áreas de inibição do fungo com valores de Rf = 8; ,85 e ,9 Já o terceiro trabalho teve como objetivo avaliar o perfil de substâncias fenólicas presentes nos extratos metanólicos das folhas de M pulegium parasitadas e não pelo nematoide M paranaensis, assim como o efeito in vitro dos extratos sobre juvenis deste nematoide Para o experimento foram utilizados os níveis de inoculo de M paranaensis: zero e 1 ovos + J2/mL e 3 repetições Para o nível de inóculo zero, foram colocados em cada plântula 1 mL de água e no tratamento com nematoide foram aplicados 1 mL de uma suspensão contendo 1 ovos + J2/mL de M paranaensis por plântula As plântulas foram mantidas por 3, 45 e 6 dias em casa-de-vegetação Após esse período, foram realizadas a extração e contagem de ovos e J2 dos sistemas radiculares e os FRs foram estimados Foi verificado que a reprodução do nematoide aumentou de acordo com o desenvolvimento das plantas de M pulegium, com FRs de ,61; ,685; 2,324, respectivamente, em cada data de coleta Amostras em triplicatas das folhas de M pulegium, inoculadas e não inoculadas com M paranaensis, foram secas e moídas, em seguida foram obtidos seus extratos com metanol à temperatura ambiente Os extratos metanólicos foram fracionados em coluna de sílica utilizando os solventes diclorometano e metanol As frações eluídas com metanol foram analisadas por CLAE-DAD A partir da comparação com padrões de compostos fenólicos, foram identificados: ácido ferulico, (-)-epicatequina, ácido caféico e ácido fumárico nos extratos obtidos de plantas sem e com parasitismo Porém, não foi verificada nenhuma diferença quanto ao perfil de substâncias fenólicas entre as plantas parasitadas e não pelo M paranaensis, indicando que nas plantas de poejo estudadas nesse experimento, o parasitismo de M paranaensis não alterou o perfil das substâncias fenólicas Com relação ao efeito nematicida dos extratos, foi observada ação inibitória ‘in vitro’ do extrato de poejo sobre a eclosão de juvenis de M paranaensis, assim como efeito sobre a mortalidade dos J2
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