Atividade in vitro do ácido grandiflorênico sobre Leishmania amazonensis
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UEL |
Texto Completo: | https://repositorio.uel.br/handle/123456789/15930 |
Resumo: | Resumo: A leishmaniose tegumentar americana (LTA) é uma doença de caráter zoonótico, causada por protozoários do gênero Leishmania, que apresenta como principal característica a formação de lesões na pele e mucosas A elevada toxicidade, os altos custos e a resistência de algumas cepas aos medicamentos atuais estimulam a busca por alternativas terapêuticas para esta infecção As plantas são fontes ricas em compostos químicos, dentre eles os flavonoides, esteroides e diterpenos Dentre as classes dos diterpenos, o constituinte majoritário presente nas folhas da Sphagneticola trilobata é o ácido grandiflorênico (AG), que apresenta atividade anti-inflamatória, antimicrobiana e antinociceptiva Em nosso estudo, foi investigada a ação do AG sobre formas promastigotas e amastigotas de Leishmania amazonensis Podemos observar que em 24 h, apenas a concentração de 25 nM foi capaz de inibir a proliferação de promastigotas, e após 48 e 72 h, todas as concentrações (312, 625, 125 e 25 nM) tiveram efeito sobre o crescimento dos parasitos Este fenômeno de redução da proliferação foi acompanhado de alterações morfológicas através de microscopia eletrônica de varredura (MEV), na qual o tratamento com AG 25 nM provocou danos à morfologia do parasito Em seguida, investigamos quais mecanismos estariam envolvidos na morte do protozoário, sendo verificado aumento na produção de espécies reativas de oxigênio, exposição de fosfatidilserina e permeabilização da membrana plasmática do parasito, sugerindo um evento de “apoptose-like” Sabendo que o AG tem ação sobre formas promastigotas livres, estudamos seu efeito sobre amastigotas intracelulares e macrófagos infectados com L amazonensis, observamos que o tratamento provocou redução na porcentagem de células infectadas e no número de amastigotas por macrófago, sem apresentar citotoxicidade nos macrófagos peritoneais e eritrócitos humano Verificamos a produção de citocinas, NO e espécies reativas de oxigênio (EROs) por macrófagos infectados, no entanto, o AG não provocou diferenças na secreção de IL-1ß, IL-12, IL-6 e TNF-a, nem na síntese de NO e EROs Portanto o tratamento AG atua em formas promastigotas através do mecanismo “apoptose-like” e em formas amastigotas intracelulares agindo diretamente, independente da modulação de citocinas, síntese de NO e EROs neste modelo Sendo assim, sugerindo que o AG é um potencial alternativa terapêutica no tratamento da leishmaniose, onde o atual tratamento é a base de drogas tóxicas e ineficazes |
id |
UEL_b37ccc8575a8c9ac8b65680c50f6adb4 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.uel.br:123456789/15930 |
network_acronym_str |
UEL |
network_name_str |
Repositório Institucional da UEL |
repository_id_str |
|
spelling |
Atividade in vitro do ácido grandiflorênico sobre Leishmania amazonensisLeishmanioseDoenças transmissíveisProdutos naturaisDiterpenosLeishmaniasisInfectious diseasesNatural productsResumo: A leishmaniose tegumentar americana (LTA) é uma doença de caráter zoonótico, causada por protozoários do gênero Leishmania, que apresenta como principal característica a formação de lesões na pele e mucosas A elevada toxicidade, os altos custos e a resistência de algumas cepas aos medicamentos atuais estimulam a busca por alternativas terapêuticas para esta infecção As plantas são fontes ricas em compostos químicos, dentre eles os flavonoides, esteroides e diterpenos Dentre as classes dos diterpenos, o constituinte majoritário presente nas folhas da Sphagneticola trilobata é o ácido grandiflorênico (AG), que apresenta atividade anti-inflamatória, antimicrobiana e antinociceptiva Em nosso estudo, foi investigada a ação do AG sobre formas promastigotas e amastigotas de Leishmania amazonensis Podemos observar que em 24 h, apenas a concentração de 25 nM foi capaz de inibir a proliferação de promastigotas, e após 48 e 72 h, todas as concentrações (312, 625, 125 e 25 nM) tiveram efeito sobre o crescimento dos parasitos Este fenômeno de redução da proliferação foi acompanhado de alterações morfológicas através de microscopia eletrônica de varredura (MEV), na qual o tratamento com AG 25 nM provocou danos à morfologia do parasito Em seguida, investigamos quais mecanismos estariam envolvidos na morte do protozoário, sendo verificado aumento na produção de espécies reativas de oxigênio, exposição de fosfatidilserina e permeabilização da membrana plasmática do parasito, sugerindo um evento de “apoptose-like” Sabendo que o AG tem ação sobre formas promastigotas livres, estudamos seu efeito sobre amastigotas intracelulares e macrófagos infectados com L amazonensis, observamos que o tratamento provocou redução na porcentagem de células infectadas e no número de amastigotas por macrófago, sem apresentar citotoxicidade nos macrófagos peritoneais e eritrócitos humano Verificamos a produção de citocinas, NO e espécies reativas de oxigênio (EROs) por macrófagos infectados, no entanto, o AG não provocou diferenças na secreção de IL-1ß, IL-12, IL-6 e TNF-a, nem na síntese de NO e EROs Portanto o tratamento AG atua em formas promastigotas através do mecanismo “apoptose-like” e em formas amastigotas intracelulares agindo diretamente, independente da modulação de citocinas, síntese de NO e EROs neste modelo Sendo assim, sugerindo que o AG é um potencial alternativa terapêutica no tratamento da leishmaniose, onde o atual tratamento é a base de drogas tóxicas e ineficazesDissertação (Mestrado em Ciências da Saúde) - Universidade Estadual de Londrina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Ciências da SaúdeAbstract: American Tegumentary Leishmaniasis (ATL) is a zoonotic disease, caused by protozoa of the genus Leishmania, which presents the main characteristic of lesions in the skin and mucous membranes The high toxicity, high costs and resistance of some strains to current medications stimulate the search for therapeutic alternatives for treatment this disease Plants are rich sources of chemical compounds, among them flavonoids, steroids and diterpenes Among the classes of diterpenes, the major constituent present in the leaves of Sphagneticola trilobata is grandiflorenic acid (GFA), which has anti-inflammatory, antimicrobial and antinociceptive activity In our study, the action of GFA on promastigotes and amastigotes of Leishmania amazonensis was investigated It can be observed that this compound at the concentration of 25 nM was able to significantly inhibit proliferation of promastigotes after 24h of treatment and 25-312 nM after 48 and 72h of exposure to GFA This phenomenon of reduction of proliferation was accompanied by morphological changes through scanning electron microscopy (SEM), in which treatment with 25 nM GFA caused damage to the parasite morphology Afterwards, we investigated the mechanisms involved in the death of the protozoan, with an increase in the production of reactive oxygen species (ROS), phosphatidylserine exposure and permeabilization of the parasite's plasma membrane, suggesting an apoptosis-like event Since the GFA has action on free promastigotes forms, we studied its effect on intracellular amastigotes and macrophages infected with L amazonensis, we observed that the treatment caused a reduction in the percentage of infected cells and the number of amastigotes by macrophage, without showing cytotoxicity in the peritoneal macrophages and human erythrocytes We checked the cytokine, NO and reactivity oxygen species (ROS) production by infected macrophages, however, GFA did not cause differences in secretion of IL-1ß, IL-12, IL-6 and TNF-a, and in the synthesis of the NO and ROS Therefore, GFA treatment acts in promastigote forms through the apoptosis-like mechanism and in directly acting intracellular amastigote forms, independent cytokines proinflammatory modulation and NO and ROS synthesis in this model Thus, we suggest that GFA is a potential therapeutic alternative in the treatment of leishmaniasis, where the current treatment is the basis of toxic and ineffective drugsKeywords: Leishmaniasis, diterpene, immunomodulation, reactive oxygen species (ROS), apoptosis-likePavanelli, Wander Rogério [Orientador]Verri Junior, Waldiceu AparecidoArakawa, Nilton SyogoBortoleti, Bruna Taciane da Silva2024-05-01T14:58:36Z2024-05-01T14:58:36Z2017.0020.02.2017info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://repositorio.uel.br/handle/123456789/15930porMestradoCiências da SaúdeCentro de Ciências da SaúdePrograma de Pós-Graduação em Ciências da SaúdeLondrinareponame:Repositório Institucional da UELinstname:Universidade Estadual de Londrina (UEL)instacron:UELinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-07-12T04:19:49Zoai:repositorio.uel.br:123456789/15930Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.bibliotecadigital.uel.br/PUBhttp://www.bibliotecadigital.uel.br/OAI/oai2.phpbcuel@uel.br||opendoar:2024-07-12T04:19:49Repositório Institucional da UEL - Universidade Estadual de Londrina (UEL)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Atividade in vitro do ácido grandiflorênico sobre Leishmania amazonensis |
title |
Atividade in vitro do ácido grandiflorênico sobre Leishmania amazonensis |
spellingShingle |
Atividade in vitro do ácido grandiflorênico sobre Leishmania amazonensis Bortoleti, Bruna Taciane da Silva Leishmaniose Doenças transmissíveis Produtos naturais Diterpenos Leishmaniasis Infectious diseases Natural products |
title_short |
Atividade in vitro do ácido grandiflorênico sobre Leishmania amazonensis |
title_full |
Atividade in vitro do ácido grandiflorênico sobre Leishmania amazonensis |
title_fullStr |
Atividade in vitro do ácido grandiflorênico sobre Leishmania amazonensis |
title_full_unstemmed |
Atividade in vitro do ácido grandiflorênico sobre Leishmania amazonensis |
title_sort |
Atividade in vitro do ácido grandiflorênico sobre Leishmania amazonensis |
author |
Bortoleti, Bruna Taciane da Silva |
author_facet |
Bortoleti, Bruna Taciane da Silva |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Pavanelli, Wander Rogério [Orientador] Verri Junior, Waldiceu Aparecido Arakawa, Nilton Syogo |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Bortoleti, Bruna Taciane da Silva |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Leishmaniose Doenças transmissíveis Produtos naturais Diterpenos Leishmaniasis Infectious diseases Natural products |
topic |
Leishmaniose Doenças transmissíveis Produtos naturais Diterpenos Leishmaniasis Infectious diseases Natural products |
description |
Resumo: A leishmaniose tegumentar americana (LTA) é uma doença de caráter zoonótico, causada por protozoários do gênero Leishmania, que apresenta como principal característica a formação de lesões na pele e mucosas A elevada toxicidade, os altos custos e a resistência de algumas cepas aos medicamentos atuais estimulam a busca por alternativas terapêuticas para esta infecção As plantas são fontes ricas em compostos químicos, dentre eles os flavonoides, esteroides e diterpenos Dentre as classes dos diterpenos, o constituinte majoritário presente nas folhas da Sphagneticola trilobata é o ácido grandiflorênico (AG), que apresenta atividade anti-inflamatória, antimicrobiana e antinociceptiva Em nosso estudo, foi investigada a ação do AG sobre formas promastigotas e amastigotas de Leishmania amazonensis Podemos observar que em 24 h, apenas a concentração de 25 nM foi capaz de inibir a proliferação de promastigotas, e após 48 e 72 h, todas as concentrações (312, 625, 125 e 25 nM) tiveram efeito sobre o crescimento dos parasitos Este fenômeno de redução da proliferação foi acompanhado de alterações morfológicas através de microscopia eletrônica de varredura (MEV), na qual o tratamento com AG 25 nM provocou danos à morfologia do parasito Em seguida, investigamos quais mecanismos estariam envolvidos na morte do protozoário, sendo verificado aumento na produção de espécies reativas de oxigênio, exposição de fosfatidilserina e permeabilização da membrana plasmática do parasito, sugerindo um evento de “apoptose-like” Sabendo que o AG tem ação sobre formas promastigotas livres, estudamos seu efeito sobre amastigotas intracelulares e macrófagos infectados com L amazonensis, observamos que o tratamento provocou redução na porcentagem de células infectadas e no número de amastigotas por macrófago, sem apresentar citotoxicidade nos macrófagos peritoneais e eritrócitos humano Verificamos a produção de citocinas, NO e espécies reativas de oxigênio (EROs) por macrófagos infectados, no entanto, o AG não provocou diferenças na secreção de IL-1ß, IL-12, IL-6 e TNF-a, nem na síntese de NO e EROs Portanto o tratamento AG atua em formas promastigotas através do mecanismo “apoptose-like” e em formas amastigotas intracelulares agindo diretamente, independente da modulação de citocinas, síntese de NO e EROs neste modelo Sendo assim, sugerindo que o AG é um potencial alternativa terapêutica no tratamento da leishmaniose, onde o atual tratamento é a base de drogas tóxicas e ineficazes |
publishDate |
2024 |
dc.date.none.fl_str_mv |
20.02.2017 2017.00 2024-05-01T14:58:36Z 2024-05-01T14:58:36Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.uel.br/handle/123456789/15930 |
url |
https://repositorio.uel.br/handle/123456789/15930 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
Mestrado Ciências da Saúde Centro de Ciências da Saúde Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.coverage.none.fl_str_mv |
Londrina |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UEL instname:Universidade Estadual de Londrina (UEL) instacron:UEL |
instname_str |
Universidade Estadual de Londrina (UEL) |
instacron_str |
UEL |
institution |
UEL |
reponame_str |
Repositório Institucional da UEL |
collection |
Repositório Institucional da UEL |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UEL - Universidade Estadual de Londrina (UEL) |
repository.mail.fl_str_mv |
bcuel@uel.br|| |
_version_ |
1809823258350977024 |