Biogeografia e conservação de morcegos na Mata Atlântica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Batista, Carolina Blefari
Data de Publicação: 2024
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UEL
Texto Completo: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/10115
Resumo: Resumo: Entender como as espécies estão distribuídas no espaço, quais são os fatores limitantes de suas distribuições, e como isso tudo varia de acordo com a escala de análise, é importante para ajudar a prever a dinâmica das populações em resposta às mudanças climáticas e outras perturbações no ambiente Essas informações são úteis para guiar o planejamento da conservação prática, de forma a aumentar a eficiência da relação custo-benefício nos investimentos à longo prazo Para compreender padrões de distribuição é necessário que a base de dados de ocorrência de espécies utilizada nas análises seja uma fonte confiável e atualizada, com o máximo de informações precisas (ex taxonomia, local georreferenciado, indicação do esforço amostral) Dessa forma, o primeiro capítulo objetivou revisar as ocorrências de morcegos para a região de Londrina, Paraná, nos últimos 36 anos, e compilar um banco de dados com informações sistematizadas, além de identificar as lacunas de amostragem para ajudar a direcionar onde e como novos esforços devem ser empregados Essa revisão foi baseada em dados publicados e não publicados O segundo capítulo, objetivou identificar os padrões e os preditores (ambientais e espaciais) da beta diversidade de morcegos na Mata Atlântica, em diferentes escalas de análise Foi utilizada uma análise de particionamento da beta diversidade (em aninhamento e substituição) e um Modelo de Dissimilarirade Generalizado para correlacionar a beta diversidade com os preditores O terceiro capítulo, objetivou responder: 1) Onde estão localizados os centros de maior concentração e restrição de diversidade de morcegos dentro dos limites do hostspot global Mata Atlântica? e 2) Quanto em extensão dessas áreas já encontram-se protegidas por lei? Para isso foi utilizada uma análise de Interpolação Geográfica de Endemismo (GIE) e uma sobreposição do mapa de Unidades de Conservação (UCs) ao mapa resultante da GIE Os resultados apresentados nos três capítulos: 1- servem de base para estudos que queiram utilizar o banco de dados da distribuição de morcegos na região de Londrina; 2- Indicam que esta região ainda está subamostrada e direcionam novos esforços de amostragem para morcegos; 3- identificam as ecorregiões mais ricas em morcegos para a Mata Atlântica (costa e interior da Bahia e Serra do Mar); como a beta diversidade varia ao longo do gradiente latitudinal e longitudinal do bioma; e como a percepção dessa variação muda de acordo com a escala de análise; 4- ajudam a prever como as mudanças ambientais podem interferir na distribuição das espécies, ao indicarem a importância dos fatores ambientais na composição das espécies de morcegos; 6- apresentam uma área de endemismo para 63% das espécies de morcegos na Mata Atlântica, localizada no centro do bioma; 6- demonstra como a GIE, usando morcegos como modelo, pode ser uma análise que resulta em uma estratégia mais eficaz no planejamento das UCs na Mata Atlântica; e 7- indicam a urgência na criação de UCs dentro das regiões da costa e interior da Bahia
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Para isso foi utilizada uma análise de Interpolação Geográfica de Endemismo (GIE) e uma sobreposição do mapa de Unidades de Conservação (UCs) ao mapa resultante da GIE Os resultados apresentados nos três capítulos: 1- servem de base para estudos que queiram utilizar o banco de dados da distribuição de morcegos na região de Londrina; 2- Indicam que esta região ainda está subamostrada e direcionam novos esforços de amostragem para morcegos; 3- identificam as ecorregiões mais ricas em morcegos para a Mata Atlântica (costa e interior da Bahia e Serra do Mar); como a beta diversidade varia ao longo do gradiente latitudinal e longitudinal do bioma; e como a percepção dessa variação muda de acordo com a escala de análise; 4- ajudam a prever como as mudanças ambientais podem interferir na distribuição das espécies, ao indicarem a importância dos fatores ambientais na composição das espécies de morcegos; 6- apresentam uma área de endemismo para 63% das espécies de morcegos na Mata Atlântica, localizada no centro do bioma; 6- demonstra como a GIE, usando morcegos como modelo, pode ser uma análise que resulta em uma estratégia mais eficaz no planejamento das UCs na Mata Atlântica; e 7- indicam a urgência na criação de UCs dentro das regiões da costa e interior da BahiaTese (Doutorado em Ciências Biológicas) - Universidade Estadual de Londrina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Ciências BiológicasAbstract: Understanding how species are distributed in space, which factors limit their distributions, and how these factos vary according to the scale of analysis, are important to help predict population responses to climate change and other environmental disturbances, for example This information is useful to guide practical conservation planning in order to increase the cost-effectiveness of long-term investments To understand distribution patterns, it is necessary that the species occurrence database used in the analyzes is reliable and up to date, with the maximum of accurate information (eg taxonomy, georeferenced sites and indication of the sampling effort) Thus, the first chapter aimed to review the occurrences of bats for the Londrina region, Paraná, in the last 36 years, and compile a database with systematized information In addition, we identified sampling gaps to help direct where and how new efforts must be employed This review was based on published and unpublished data The second chapter aimed to identify the patterns and predictors (environmental and spatial) of bats’ beta diversity in the Atlantic Forest, at different scales of analysis A beta diversity partitioning analysis (in nestednees and turnover) and a Generalized Dissimilarity Model were used to correlate beta diversity with the predictors The third chapter, aimed to answer: where are the centers of greatest concentration and restriction of diversity of bats located within the limits of the Atlantic Forest hostspot? and, how much of these areas are already protected by current legislation? For this, an analysis of Geographical Interpolation of Endemism (GIE) was used and an overlay of the map of Protected Areas (PAs) on the map resulting from the GIE The results presented in the three chapters: 1- a data base for studies on bat distribution in the region of Londrina; 2- data indicate that the Londrina region is still under-sampled and direct new sampling efforts are needed; 3- identify the more species-rich ecoregion for the Atlantic Forest for bats (coast and interior of Bahia and Serra do Mar); explaining how beta diversity varies along the biome's latitudinal and longitudinal gradient; and how the perception of this variation changes according to the scale of analysis; 4- help to predict how environmental changes can interfere in species distribution, by indicating the importance of environmental factors in the composition of bat species; 6- identification of an endemism area for 63% of bat species in the Atlantic Forest, located in the center of the biome; 6- demonstrate how GIE, using bats as a model, can be an analysis that results in a more effective strategy in planning PAs in the Atlantic Forest; and 7- indicate the urgency of creating PAs within the coastal and interior Bahia ecoregionsLima, Marcos Robalinho [Orientador]Sofia, Silvia HelenaJerep, Fernando CamargoOliveira, Ubirajara deAraújo, Carlos Barros deLima, Isaac Passos de [Coorientador]Batista, Carolina Blefari2024-05-01T12:14:28Z2024-05-01T12:14:28Z2020.0029.05.2020info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://repositorio.uel.br/handle/123456789/10115porDoutoradoCiências BiológicasCentro de Ciências BiológicasPrograma de Pós-Graduação em Ciências BiológicasLondrinareponame:Repositório Institucional da UELinstname:Universidade Estadual de Londrina (UEL)instacron:UELinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-07-12T04:19:48Zoai:repositorio.uel.br:123456789/10115Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.bibliotecadigital.uel.br/PUBhttp://www.bibliotecadigital.uel.br/OAI/oai2.phpbcuel@uel.br||opendoar:2024-07-12T04:19:48Repositório Institucional da UEL - Universidade Estadual de Londrina (UEL)false
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