Avaliação da neoglicogênese hepática e das citocinas circulantes na caquexia induzida por tumor Walker-256
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UEL |
Texto Completo: | https://repositorio.uel.br/handle/123456789/17648 |
Resumo: | A caquexia neoplásica é caracterizada por um conjunto de desvios metabólicos provocados por diversos fatores denominados mediadores da caquexia. Poucos estudos têm investigado as alterações metabólicas hepáticas na caquexia associada ao câncer, não havendo consenso se a neoglicogênese está aumentada ou diminuída nesta patologia. Além disso, não há estudos sobre as concentrações circulantes de citocinas durante o processo de desenvolvimento do tumor Walker-256. O objetivo deste estudo foi avaliar a neoglicogênese hepática e parâmetros metabólicos relacionados, bem como as concentrações séricas de citocinas, em ratos portadores de caquexia induzida por tumor Walker-256, em diferentes estágios do desenvolvimento tumoral. Para a implantação do tumor, 8x107 células Walker-256 (grupo WK) foram inoculadas subcutaneamente no flanco direito traseiro de ratos machos Wistar (220-230 g). Animais controles foram inoculados com PBS (salina tamponada com fosfato) no mesmo local. A neoglicogênese hepática e os parâmetros metabólicos relacionados foram avaliados em estudos de perfusão de fígado in situ, a partir dos precursores alanina, piruvato, lactato ou glicerol, no 5º (WK 5º) e 8º (WK 8º) dia após a inoculação das células tumorais. As citocinas séricas, fator de necrose tumoral a (TNFa) e as interleucinas 1ß (IL-1ß) e 6 (IL-6), foram avaliadas no 2º, 5º, 8º, 11º e 14º dia de desenvolvimento tumoral. Os resultados demonstraram redução (p<0,05) da produção hepática de glicose e do consumo de oxigênio a partir da alanina 2,5 mM nos grupos WK 5º e WK 8º. Nestes estudos de perfusão com alanina, houve aumento (p<0,05) da produção hepática de piruvato e lactato e tendência de aumento na produção hepática de uréia no grupo WK 5º, enquanto no grupo WK 8º houve tendência de redução na produção hepática de piruvato, lactato e uréia. A produção hepática de glicose e o consumo de oxigênio a partir do piruvato 5 mM ou lactato 2 mM foram também reduzidos (p<0,05) nos animais portadores de tumor (WK 5º e WK 8º), exceto para o grupo WK 5º que apresentou apenas tendência de redução no consumo de oxigênio a partir do piruvato. Entretanto, a produção de glicose e o consumo de oxigênio a partir do lactato 5,5 mM (grupo WK 8º) ou a partir do glicerol 2 mM (grupos WK 5º e WK 8º) não foram reduzidos nos animais portadores de tumor. As concentrações séricas de TNFa, IL-1ß e IL-6 foram indetectáveis nos ratos portadores de tumor (grupos WK 2º, WK 5º, WK 8º, WK 11º e WK 14º). Os resultados permitiram concluir que houve inibição da neoglicogênese hepática a partir dos precursores alanina, piruvato e lactato, mas não a partir do glicerol, no 5º e 8º dia de desenvolvimento tumoral. Estes achados, juntamente com os de produção hepática de lactato, piruvato e uréia a partir da alanina, permitem sugerir que houve inibição de enzimas regulatórias da neoglicogênese, como a piruvato carboxilase e/ou PEPCK (fosfoenolpiruvato carboxiquinase) e tendência de inibição da alanina aminotransferase (WK 8º), mas não houve inibição de enzimas que catalisam reações posteriores à entrada do glicerol (frutose 1,6-bifosfatase e glicose 6-fosfatase), nos ratos portadores de tumor. É possível que o TNFa, a IL-1ß e a IL-6, produzidos localmente no fígado e em outros tecidos, estejam atuando como mediadores autócrinos/parácrinos e inibindo a expressão e/ou atividade destas enzimas regulatórias da neoglicogênese. Os dados também indicam, como demonstrado pela inibição da produção hepática de glicose a partir do lactato 2 mM, mas não a partir do lactato 5,5 mM, que houve alteração da concentração saturante de lactato, nos fígados dos animais portadores de tumor. Assim, é possível que a produção hepática de glicose a partir de maiores concentrações circulantes de lactato, como as observadas nos ratos portadores de tumor, contribua para o impedimento de hipoglicemia acentuada e, portanto para o prolongamento da vida no estado portador de tumor |
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Avaliação da neoglicogênese hepática e das citocinas circulantes na caquexia induzida por tumor Walker-256Evaluation of hepatic gluconeogenesis and circulating cytokines in the Walker-256 tumor-induced cachexiaCaquexiaTumor Walker-256Neoglicogênese hepáticaCitocinasCiências Biológicas - Biologia GeralCiências Biológicas - Biologia GeralCachexiaWalker-256 tumorHepatic gluconeogenesisCytokinesA caquexia neoplásica é caracterizada por um conjunto de desvios metabólicos provocados por diversos fatores denominados mediadores da caquexia. Poucos estudos têm investigado as alterações metabólicas hepáticas na caquexia associada ao câncer, não havendo consenso se a neoglicogênese está aumentada ou diminuída nesta patologia. Além disso, não há estudos sobre as concentrações circulantes de citocinas durante o processo de desenvolvimento do tumor Walker-256. O objetivo deste estudo foi avaliar a neoglicogênese hepática e parâmetros metabólicos relacionados, bem como as concentrações séricas de citocinas, em ratos portadores de caquexia induzida por tumor Walker-256, em diferentes estágios do desenvolvimento tumoral. Para a implantação do tumor, 8x107 células Walker-256 (grupo WK) foram inoculadas subcutaneamente no flanco direito traseiro de ratos machos Wistar (220-230 g). Animais controles foram inoculados com PBS (salina tamponada com fosfato) no mesmo local. A neoglicogênese hepática e os parâmetros metabólicos relacionados foram avaliados em estudos de perfusão de fígado in situ, a partir dos precursores alanina, piruvato, lactato ou glicerol, no 5º (WK 5º) e 8º (WK 8º) dia após a inoculação das células tumorais. As citocinas séricas, fator de necrose tumoral a (TNFa) e as interleucinas 1ß (IL-1ß) e 6 (IL-6), foram avaliadas no 2º, 5º, 8º, 11º e 14º dia de desenvolvimento tumoral. Os resultados demonstraram redução (p<0,05) da produção hepática de glicose e do consumo de oxigênio a partir da alanina 2,5 mM nos grupos WK 5º e WK 8º. Nestes estudos de perfusão com alanina, houve aumento (p<0,05) da produção hepática de piruvato e lactato e tendência de aumento na produção hepática de uréia no grupo WK 5º, enquanto no grupo WK 8º houve tendência de redução na produção hepática de piruvato, lactato e uréia. A produção hepática de glicose e o consumo de oxigênio a partir do piruvato 5 mM ou lactato 2 mM foram também reduzidos (p<0,05) nos animais portadores de tumor (WK 5º e WK 8º), exceto para o grupo WK 5º que apresentou apenas tendência de redução no consumo de oxigênio a partir do piruvato. Entretanto, a produção de glicose e o consumo de oxigênio a partir do lactato 5,5 mM (grupo WK 8º) ou a partir do glicerol 2 mM (grupos WK 5º e WK 8º) não foram reduzidos nos animais portadores de tumor. As concentrações séricas de TNFa, IL-1ß e IL-6 foram indetectáveis nos ratos portadores de tumor (grupos WK 2º, WK 5º, WK 8º, WK 11º e WK 14º). Os resultados permitiram concluir que houve inibição da neoglicogênese hepática a partir dos precursores alanina, piruvato e lactato, mas não a partir do glicerol, no 5º e 8º dia de desenvolvimento tumoral. Estes achados, juntamente com os de produção hepática de lactato, piruvato e uréia a partir da alanina, permitem sugerir que houve inibição de enzimas regulatórias da neoglicogênese, como a piruvato carboxilase e/ou PEPCK (fosfoenolpiruvato carboxiquinase) e tendência de inibição da alanina aminotransferase (WK 8º), mas não houve inibição de enzimas que catalisam reações posteriores à entrada do glicerol (frutose 1,6-bifosfatase e glicose 6-fosfatase), nos ratos portadores de tumor. É possível que o TNFa, a IL-1ß e a IL-6, produzidos localmente no fígado e em outros tecidos, estejam atuando como mediadores autócrinos/parácrinos e inibindo a expressão e/ou atividade destas enzimas regulatórias da neoglicogênese. Os dados também indicam, como demonstrado pela inibição da produção hepática de glicose a partir do lactato 2 mM, mas não a partir do lactato 5,5 mM, que houve alteração da concentração saturante de lactato, nos fígados dos animais portadores de tumor. Assim, é possível que a produção hepática de glicose a partir de maiores concentrações circulantes de lactato, como as observadas nos ratos portadores de tumor, contribua para o impedimento de hipoglicemia acentuada e, portanto para o prolongamento da vida no estado portador de tumorNeoplastic cachexia is characterized by a set of metabolic disorders caused by several factors denominated mediators of cachexia. Few studies have investigated the hepatic metabolic alterations in cancer-associated cachexia, there is no consensus whether gluconeogenesis is increased or decreased in this pathology. Moreover, there are no studies on circulating concentrations of cytokines during the development process of the Walker-256 tumor. The objective of this study was to evaluate hepatic gluconeogenesis and related metabolic parameters, as well as serum concentrations of cytokines, in rats with Walker-256 tumor-induced cachexia, at different stages of tumor development. For tumor implantation, 8x107 Walker-256 cells (group WK) were inoculated subcutaneously into the back right flank of Wistar male rats (220-230 g). Control animals were inoculated with PBS (phosphate-buffered saline) in the same place. Hepatic gluconeogenesis and related metabolic parameters were evaluated in studies of in situ liver perfusion, from precursors alanine, pyruvate, lactate or glycerol, on 5th (WK 5th) and 8th (WK 8th) day after inoculation of tumor cells. Serum cytokines, tumor necrosis factor a (TNFa) and interleukin 1ß (IL-1ß) and 6 (IL-6), were evaluated on 2nd, 5th, 8th, 11th and 14th day of tumor development. The results showed reduction (p<0.05) of hepatic glucose production and oxygen consumption from alanine 2.5 mM in the groups WK 5th and WK 8th. In these perfusion studies with alanine, there was increase (p<0.05) of hepatic production of pyruvate and lactate and tendency of increase in hepatic production of urea in the group WK 5th, while in the group WK 8th there was tendency of reduction in hepatic production of pyruvate, lactate and urea. Hepatic glucose production and oxygen consumption from pyruvate 5 mM or lactate 2 mM were also reduced (p<0.05) in tumor-bearing animals (WK 5th and WK 8th), except for the group WK 5th, which showed only tendency of reduction in oxygen consumption from pyruvate. However, production of glucose and oxygen consumption from lactate 5.5 mM (group WK 8th) or from glycerol 2 mM (groups WK 5th and WK 8th) were not reduced in tumor-bearing animals. Serum concentrations of TNFa, IL-1ß and IL-6 were undetectable in tumor-bearing rats (groups WK 2nd, WK 5th, WK 8th, WK 11th and WK 14th). The results showed that there was inhibition of hepatic gluconeogenesis from precursors alanine, pyruvate and lactate, but not from glycerol, on 5th and 8th day of tumor development. These findings, together with the hepatic production of pyruvate, lactate and urea from alanine, permit to suggest that there was inhibition of regulatory enzymes of gluconeogenesis, such as pyruvate carboxylase and/or PEPCK (phosphoenolpyruvate carboxykinase) and tendency of inhibition of alanine aminotransferase (WK 8th), but there was not inhibition of the enzymes that catalyze posterior reactions to the entry of glycerol (fructose 1,6-bisphosphatase and glucose 6-phosphatase), in tumor-bearing rats. It is possible that TNFa, IL-1ß and IL-6, locally produced in the liver and other tissues, are acting as autocrine/paracrine mediators and inhibiting the expression and/or activity of these regulatory enzymes of gluconeogenesis. The data also indicate, as demonstrated by inhibition of hepatic glucose production from lactate 2 mM, but not from lactate 5.5 mM, that there was alteration of the saturating concentration of lactate, in livers of tumor-bearing animals. Thus, it is possible that the hepatic glucose production from higher circulating concentrations of lactate, as observed in tumor-bearing rats, contributes to the prevention of severe hypoglycemia and, therefore to the extension of life in the tumor-bearing stateSouza, Helenir Medri deBatista, Márcia ReginaZaia, Cássia Thaïs Bussamra VieiraMoreira, Carolina Campos Lima2024-09-19T13:09:31Z2024-09-19T13:09:31Z2010-02-25info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://repositorio.uel.br/handle/123456789/17648porCCB - Departamento de Ciências PatológicasPrograma de Pós-Graduação em Patologia ExperimentalUniversidade Estadual de Londrina - UELLondrina91 p.reponame:Repositório Institucional da UELinstname:Universidade Estadual de Londrina (UEL)instacron:UELinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-09-20T06:01:21Zoai:repositorio.uel.br:123456789/17648Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.bibliotecadigital.uel.br/PUBhttp://www.bibliotecadigital.uel.br/OAI/oai2.phpbcuel@uel.br||opendoar:2024-09-20T06:01:21Repositório Institucional da UEL - Universidade Estadual de Londrina (UEL)false |
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A caquexia neoplásica é caracterizada por um conjunto de desvios metabólicos provocados por diversos fatores denominados mediadores da caquexia. Poucos estudos têm investigado as alterações metabólicas hepáticas na caquexia associada ao câncer, não havendo consenso se a neoglicogênese está aumentada ou diminuída nesta patologia. Além disso, não há estudos sobre as concentrações circulantes de citocinas durante o processo de desenvolvimento do tumor Walker-256. O objetivo deste estudo foi avaliar a neoglicogênese hepática e parâmetros metabólicos relacionados, bem como as concentrações séricas de citocinas, em ratos portadores de caquexia induzida por tumor Walker-256, em diferentes estágios do desenvolvimento tumoral. Para a implantação do tumor, 8x107 células Walker-256 (grupo WK) foram inoculadas subcutaneamente no flanco direito traseiro de ratos machos Wistar (220-230 g). Animais controles foram inoculados com PBS (salina tamponada com fosfato) no mesmo local. A neoglicogênese hepática e os parâmetros metabólicos relacionados foram avaliados em estudos de perfusão de fígado in situ, a partir dos precursores alanina, piruvato, lactato ou glicerol, no 5º (WK 5º) e 8º (WK 8º) dia após a inoculação das células tumorais. As citocinas séricas, fator de necrose tumoral a (TNFa) e as interleucinas 1ß (IL-1ß) e 6 (IL-6), foram avaliadas no 2º, 5º, 8º, 11º e 14º dia de desenvolvimento tumoral. Os resultados demonstraram redução (p<0,05) da produção hepática de glicose e do consumo de oxigênio a partir da alanina 2,5 mM nos grupos WK 5º e WK 8º. Nestes estudos de perfusão com alanina, houve aumento (p<0,05) da produção hepática de piruvato e lactato e tendência de aumento na produção hepática de uréia no grupo WK 5º, enquanto no grupo WK 8º houve tendência de redução na produção hepática de piruvato, lactato e uréia. A produção hepática de glicose e o consumo de oxigênio a partir do piruvato 5 mM ou lactato 2 mM foram também reduzidos (p<0,05) nos animais portadores de tumor (WK 5º e WK 8º), exceto para o grupo WK 5º que apresentou apenas tendência de redução no consumo de oxigênio a partir do piruvato. Entretanto, a produção de glicose e o consumo de oxigênio a partir do lactato 5,5 mM (grupo WK 8º) ou a partir do glicerol 2 mM (grupos WK 5º e WK 8º) não foram reduzidos nos animais portadores de tumor. As concentrações séricas de TNFa, IL-1ß e IL-6 foram indetectáveis nos ratos portadores de tumor (grupos WK 2º, WK 5º, WK 8º, WK 11º e WK 14º). Os resultados permitiram concluir que houve inibição da neoglicogênese hepática a partir dos precursores alanina, piruvato e lactato, mas não a partir do glicerol, no 5º e 8º dia de desenvolvimento tumoral. Estes achados, juntamente com os de produção hepática de lactato, piruvato e uréia a partir da alanina, permitem sugerir que houve inibição de enzimas regulatórias da neoglicogênese, como a piruvato carboxilase e/ou PEPCK (fosfoenolpiruvato carboxiquinase) e tendência de inibição da alanina aminotransferase (WK 8º), mas não houve inibição de enzimas que catalisam reações posteriores à entrada do glicerol (frutose 1,6-bifosfatase e glicose 6-fosfatase), nos ratos portadores de tumor. É possível que o TNFa, a IL-1ß e a IL-6, produzidos localmente no fígado e em outros tecidos, estejam atuando como mediadores autócrinos/parácrinos e inibindo a expressão e/ou atividade destas enzimas regulatórias da neoglicogênese. Os dados também indicam, como demonstrado pela inibição da produção hepática de glicose a partir do lactato 2 mM, mas não a partir do lactato 5,5 mM, que houve alteração da concentração saturante de lactato, nos fígados dos animais portadores de tumor. Assim, é possível que a produção hepática de glicose a partir de maiores concentrações circulantes de lactato, como as observadas nos ratos portadores de tumor, contribua para o impedimento de hipoglicemia acentuada e, portanto para o prolongamento da vida no estado portador de tumor |
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