Identificação e caracterização molecular de isolados do agregado Aspergillus niger obtidos de frutas secas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferracin, Lara Munique
Data de Publicação: 2024
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UEL
Texto Completo: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/10636
Resumo: Resumo: A ocratoxina A (OA) é uma micotoxina que vem sendo detectada em uma ampla variedade de produtos alimentares, incluindo frutas secas Embora as frutas secas não sejam a principal fonte de OA de consumo humano, ações para evitar sua presença neste alimento poderiam diminuir a exposição humana a esta micotoxina A OA foi descoberta como um metabólito secundário de linhagens de Aspergillus ochraceus, mas em seguida várias outras espécies de Aspergillus foram descritas como produtoras desta toxina Atualmente, as espécies de Aspergillus negros (Aspergillus secção Nigri) têm sido descritas como as principais fontes de OA em frutas secas Há poucas diferenças entre algumas espécies pertencentes à secção Nigri e a identificação destes fungos muitas vezes requer análises baseadas em DNA De acordo com a proposta mais atual, 15 espécies são reconhecidas na secção Nigri: A aculeatus, A brasiliensis, A carbonarius, A ellipticus, A japonicus, A foetidus, A homomorphus, A heteromorphus, A niger, A tubingensis, A costaricaensis, A sclerotioniger, A piperis, A lacticoffeatus e A vadensis As cinco últimas foram recentemente descritas como espécies novas A niger sensu stricto, A tubingensis, A foetidus e A brasiliensis são espécies morfologicamente idênticas e juntas são chamadas de “agregado A niger” O potencial das espécies do “agregado A niger” em produzir OA é ainda incerto, provavelmente devido à dificuldade de identificação das espécies Neste trabalho, foram analisadas por RAPD e seqüências de nucleotídeos do gene que codifica para a ß-tubulina as relações genéticas de 51 isolados fúngicos, previamente identificados como “agregado A niger”, obtidos de amostras de frutas secas (uva passa escura, tâmara, ameixa, e figo), originárias de diferentes países (Argentina, Chile, Iran, Turquia, Espanha, Tunísia, Estados Unidos e México) A maior diversidade fúngica foi encontrada em uvas passas Aspergillus niger foi a espécie mais freqüente (69%) Esta espécie foi detectada em todos os substratos e todas as origens geográficas Aspergillus tubingensis também foi frequentemente encontrado em frutas secas (28%) Usando dados de RAPD e seqüências de nucleotídeos do gene da ß-tubulina, A tubingensis foi claramente subdividido em dois grupos (IA e IB) Um dos grupos (IA) foi formado por linhagens produtoras e não produtoras de OA, enquanto o subgrupo IB foi formado apenas por linhagens não produtoras A descoberta de dois grupos de linhagens de A tubingensis pode explicar a incongruência da literatura sobre a capacidade de A tubingensis em produzir OA
id UEL_cfd0d78c625e8f004a29e54f408b85d5
oai_identifier_str oai:repositorio.uel.br:123456789/10636
network_acronym_str UEL
network_name_str Repositório Institucional da UEL
repository_id_str
spelling Identificação e caracterização molecular de isolados do agregado Aspergillus niger obtidos de frutas secasAspergillus nigerOcratoxinasFrutas secasGenética vegetalPlant geneticsOchratoxinsResumo: A ocratoxina A (OA) é uma micotoxina que vem sendo detectada em uma ampla variedade de produtos alimentares, incluindo frutas secas Embora as frutas secas não sejam a principal fonte de OA de consumo humano, ações para evitar sua presença neste alimento poderiam diminuir a exposição humana a esta micotoxina A OA foi descoberta como um metabólito secundário de linhagens de Aspergillus ochraceus, mas em seguida várias outras espécies de Aspergillus foram descritas como produtoras desta toxina Atualmente, as espécies de Aspergillus negros (Aspergillus secção Nigri) têm sido descritas como as principais fontes de OA em frutas secas Há poucas diferenças entre algumas espécies pertencentes à secção Nigri e a identificação destes fungos muitas vezes requer análises baseadas em DNA De acordo com a proposta mais atual, 15 espécies são reconhecidas na secção Nigri: A aculeatus, A brasiliensis, A carbonarius, A ellipticus, A japonicus, A foetidus, A homomorphus, A heteromorphus, A niger, A tubingensis, A costaricaensis, A sclerotioniger, A piperis, A lacticoffeatus e A vadensis As cinco últimas foram recentemente descritas como espécies novas A niger sensu stricto, A tubingensis, A foetidus e A brasiliensis são espécies morfologicamente idênticas e juntas são chamadas de “agregado A niger” O potencial das espécies do “agregado A niger” em produzir OA é ainda incerto, provavelmente devido à dificuldade de identificação das espécies Neste trabalho, foram analisadas por RAPD e seqüências de nucleotídeos do gene que codifica para a ß-tubulina as relações genéticas de 51 isolados fúngicos, previamente identificados como “agregado A niger”, obtidos de amostras de frutas secas (uva passa escura, tâmara, ameixa, e figo), originárias de diferentes países (Argentina, Chile, Iran, Turquia, Espanha, Tunísia, Estados Unidos e México) A maior diversidade fúngica foi encontrada em uvas passas Aspergillus niger foi a espécie mais freqüente (69%) Esta espécie foi detectada em todos os substratos e todas as origens geográficas Aspergillus tubingensis também foi frequentemente encontrado em frutas secas (28%) Usando dados de RAPD e seqüências de nucleotídeos do gene da ß-tubulina, A tubingensis foi claramente subdividido em dois grupos (IA e IB) Um dos grupos (IA) foi formado por linhagens produtoras e não produtoras de OA, enquanto o subgrupo IB foi formado apenas por linhagens não produtoras A descoberta de dois grupos de linhagens de A tubingensis pode explicar a incongruência da literatura sobre a capacidade de A tubingensis em produzir OADissertação (Mestrado em Genética e Biologia Molecular) - Universidade Estadual de Londrina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Genética e Biologia MolecularAsbstract: Ochratoxin A (OA) is a mycotoxin that has been detected in a variety of food products, including dried fruits Even though dried fruits are not the main font of OA in human consumption, actions to prevent its presence in dried fruits would decrease the human exposure to this toxin OA was discovered as a secondary metabolite in Aspergillus ochraceus strains, but after this, several other Aspergillus species were described as OA producers Nowadays, the black Aspergilli species (Aspergillus section Nigri) has been found as the main source of OA in dried fruits There are minor differences between some species belonging to section Nigri and their identification requires DNA-based analyses According to the most recently revision, 15 species are recognized in Aspergillus section Nigri, eg A aculeatus, A brasiliensis, A carbonarius, A ellipticus, A japonicus, A foetidus, A homomorphus, A heteromorphus, A niger, A tubingensis, A costaricaensis, A sclerotioniger, A piperis, A lacticoffeatus and A vadensis The latter five were only recently described as a new species A niger sensu stricto, A tubingensis, A foetidus and A brasiliensis are morphologically identical and altogether has been called as “A niger aggregate” With the exception of A niger sensu stricto, the potential of species within the “A niger aggregate” to produce ochratoxin A is uncertain, probably due to the difficulty of species identification We analyzed by RAPD and ß-tubulin sequences the genetic relationships among 51 fungal isolates, previously identified as “A niger aggregate”, obtained from dried fruit samples (black sultana, plum, date and fig) from worldwide origin (Argentina, Chile, Iran, Turkey, Spain, Tunisia, USA and Mexico) Greater fungal diversity was found in black sultanas Aspergillus niger was the most prevalent species (69%) It was found in all fruit substrates of all geographical origins Aspergillus tubingensis was also frequently found (28%) By using RAPD and ß-tubulin sequences data, A tubingensis were clearly subdivided into two groups (IA and IB) One of them (IA) was formed by nonochratoxin-producing strains and ochratoxin-producing strains, while the other one (IB) was formed only by nonochratoxin-producing strains The finding of two groups for A tubingensis strains may explain the incongruence of the literature about the capability of A tubingensis for OA production Keywords: A niger aggregate; ochratoxin A; dried fruits; toxigenic fungiFungaro, Maria Helena Pelegrinelli [Orientador]Pizzirani-Kleiner, Aline A.Furlaneto, Márcia CristinaFerracin, Lara Munique2024-05-01T12:46:13Z2024-05-01T12:46:13Z2007.0028.02.2007info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://repositorio.uel.br/handle/123456789/10636porMestradoGenética e Biologia MolecularCentro de Ciências BiológicasPrograma de Pós-Graduação em Genética e Biologia MolecularCentro Nacional de Pesquisa da Soja (Brasil)Londrinareponame:Repositório Institucional da UELinstname:Universidade Estadual de Londrina (UEL)instacron:UELinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-07-12T04:19:51Zoai:repositorio.uel.br:123456789/10636Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.bibliotecadigital.uel.br/PUBhttp://www.bibliotecadigital.uel.br/OAI/oai2.phpbcuel@uel.br||opendoar:2024-07-12T04:19:51Repositório Institucional da UEL - Universidade Estadual de Londrina (UEL)false
dc.title.none.fl_str_mv Identificação e caracterização molecular de isolados do agregado Aspergillus niger obtidos de frutas secas
title Identificação e caracterização molecular de isolados do agregado Aspergillus niger obtidos de frutas secas
spellingShingle Identificação e caracterização molecular de isolados do agregado Aspergillus niger obtidos de frutas secas
Ferracin, Lara Munique
Aspergillus niger
Ocratoxinas
Frutas secas
Genética vegetal
Plant genetics
Ochratoxins
title_short Identificação e caracterização molecular de isolados do agregado Aspergillus niger obtidos de frutas secas
title_full Identificação e caracterização molecular de isolados do agregado Aspergillus niger obtidos de frutas secas
title_fullStr Identificação e caracterização molecular de isolados do agregado Aspergillus niger obtidos de frutas secas
title_full_unstemmed Identificação e caracterização molecular de isolados do agregado Aspergillus niger obtidos de frutas secas
title_sort Identificação e caracterização molecular de isolados do agregado Aspergillus niger obtidos de frutas secas
author Ferracin, Lara Munique
author_facet Ferracin, Lara Munique
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Fungaro, Maria Helena Pelegrinelli [Orientador]
Pizzirani-Kleiner, Aline A.
Furlaneto, Márcia Cristina
dc.contributor.author.fl_str_mv Ferracin, Lara Munique
dc.subject.por.fl_str_mv Aspergillus niger
Ocratoxinas
Frutas secas
Genética vegetal
Plant genetics
Ochratoxins
topic Aspergillus niger
Ocratoxinas
Frutas secas
Genética vegetal
Plant genetics
Ochratoxins
description Resumo: A ocratoxina A (OA) é uma micotoxina que vem sendo detectada em uma ampla variedade de produtos alimentares, incluindo frutas secas Embora as frutas secas não sejam a principal fonte de OA de consumo humano, ações para evitar sua presença neste alimento poderiam diminuir a exposição humana a esta micotoxina A OA foi descoberta como um metabólito secundário de linhagens de Aspergillus ochraceus, mas em seguida várias outras espécies de Aspergillus foram descritas como produtoras desta toxina Atualmente, as espécies de Aspergillus negros (Aspergillus secção Nigri) têm sido descritas como as principais fontes de OA em frutas secas Há poucas diferenças entre algumas espécies pertencentes à secção Nigri e a identificação destes fungos muitas vezes requer análises baseadas em DNA De acordo com a proposta mais atual, 15 espécies são reconhecidas na secção Nigri: A aculeatus, A brasiliensis, A carbonarius, A ellipticus, A japonicus, A foetidus, A homomorphus, A heteromorphus, A niger, A tubingensis, A costaricaensis, A sclerotioniger, A piperis, A lacticoffeatus e A vadensis As cinco últimas foram recentemente descritas como espécies novas A niger sensu stricto, A tubingensis, A foetidus e A brasiliensis são espécies morfologicamente idênticas e juntas são chamadas de “agregado A niger” O potencial das espécies do “agregado A niger” em produzir OA é ainda incerto, provavelmente devido à dificuldade de identificação das espécies Neste trabalho, foram analisadas por RAPD e seqüências de nucleotídeos do gene que codifica para a ß-tubulina as relações genéticas de 51 isolados fúngicos, previamente identificados como “agregado A niger”, obtidos de amostras de frutas secas (uva passa escura, tâmara, ameixa, e figo), originárias de diferentes países (Argentina, Chile, Iran, Turquia, Espanha, Tunísia, Estados Unidos e México) A maior diversidade fúngica foi encontrada em uvas passas Aspergillus niger foi a espécie mais freqüente (69%) Esta espécie foi detectada em todos os substratos e todas as origens geográficas Aspergillus tubingensis também foi frequentemente encontrado em frutas secas (28%) Usando dados de RAPD e seqüências de nucleotídeos do gene da ß-tubulina, A tubingensis foi claramente subdividido em dois grupos (IA e IB) Um dos grupos (IA) foi formado por linhagens produtoras e não produtoras de OA, enquanto o subgrupo IB foi formado apenas por linhagens não produtoras A descoberta de dois grupos de linhagens de A tubingensis pode explicar a incongruência da literatura sobre a capacidade de A tubingensis em produzir OA
publishDate 2024
dc.date.none.fl_str_mv 2007.00
2024-05-01T12:46:13Z
2024-05-01T12:46:13Z
28.02.2007
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.uel.br/handle/123456789/10636
url https://repositorio.uel.br/handle/123456789/10636
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv Mestrado
Genética e Biologia Molecular
Centro de Ciências Biológicas
Programa de Pós-Graduação em Genética e Biologia Molecular
Centro Nacional de Pesquisa da Soja (Brasil)
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.coverage.none.fl_str_mv Londrina
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UEL
instname:Universidade Estadual de Londrina (UEL)
instacron:UEL
instname_str Universidade Estadual de Londrina (UEL)
instacron_str UEL
institution UEL
reponame_str Repositório Institucional da UEL
collection Repositório Institucional da UEL
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UEL - Universidade Estadual de Londrina (UEL)
repository.mail.fl_str_mv bcuel@uel.br||
_version_ 1809823260256239616