Atividade física no tempo livre, barreiras e apoio social em imigrantes angolanos residentes no Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Chingulo, Celma Marília da Natividade Leão
Data de Publicação: 2024
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UEL
Texto Completo: https://repositorio.uel.br/handle/123456789/13819
Resumo: Resumo: Introdução: A atividade física, conforme tem sido conceituada no âmbito da saúde pública, é um importante fator de prevenção e promoção de saúde, envolvendo pessoas que se movem, agindo e atuando em espaços e contextos culturalmente específicos e influenciados por diversos aspectos, emoções, ideias, instruções e relacionamentos No entanto, ainda não se sabe como se dá esse comportamento em populações imigrantes, sobretudo no contexto brasileiro Objetivo: O presente estudo teve como objetivo investigar os aspectos relacionados a prática de atividade física no tempo livre, barreiras para a prática de atividade física e o apoio social em imigrantes angolanos residentes no Brasil Métodos: Trata-se de um estudo de delineamento transversal Para se chegar à amostra do estudo, fez-se o recrutamento dos participantes por meio das associações de estudantes angolanos que tinham grupo virtual, nos quais a pesquisadora principal tinha contato prévio Foi realizado o contato com associações de sete estados (Ceará, Paraná, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo e Pernambuco), e a população estimada foi de 674 imigrantes Destes 674, obteve-se resposta de 32 indivíduos (45%) Após as exclusões, por não residirem atualmente no Brasil ou por variáveis incompletas, foram considerados no estudo 247 indivíduos (37%) Para este estudo, foram utilizadas variáveis demográficas e de saúde, o apoio social, barreiras para a prática de atividade física e a atividade física Para a mensuração do apoio social, utilizou-se a escala Medical Outcomes Study of Social Support Scale (MOS-SSS), que é composto por 4 dimensões do apoio social, material, emocional/informação, afetivo e interação social positiva, cada uma com três categorias (alto, médio e baixo), e para fins de análise, foi necessária a dicotomização; para a atividade física no tempo livre, utilizou-se a versão longa do International Physical Activity Questionnaire (IPAQ) Foram considerados ativos no tempo livre aqueles que pontuaram = 5 minutos/semanais; para as barreiras para a prática de atividade física, utilizou-se instrumento de Reichert (24) que apresenta oito barreiras, e além dessas, incluiu-se uma barreira relacionada com o ambiente As análises foram realizadas pelo programa Statistical Package for the Social Sciences (IBM SPSS) versão 25, a partir de elementos da estatística descritiva, teste qui-quadrado e razão de prevalência a partir da regressão de Poisson com variância robusta Resultados: Entre os principais achados do estudo estão: 1) a maioria dos participantes foi classificado como sendo fisicamente ativo no tempo livre (66,4%), e houve maior prevalência de atividade física em indivíduos do sexo masculino do que na população feminina (7,6% e 5,9%, respectivamente); 2) para as dimensões afetiva, interação social positiva e emocional/informação, a maioria dos participantes apresentou apoio alto, e para o apoio material, cerca de 47,4% apresentou apoio médio; 3) foram identificadas pelo menos quatro barreiras para a atividade física com prevalência maior que 25%, sentir preguiça ou cansaço (41,7%), falta de dinheiro (36,4%), medo de se machucar realizando atividade física (29,1%), e falta de companhia (25,9%) A maioria dos participantes apresentou pelo menos uma barreira (8,1%); 4) dentre as quatro dimensões do apoio social estudadas, houve associação entre a prática de atividade física com apenas uma das dimensões, o apoio emocional/informação, após ajustado pelas variáveis demográficas e de saúde, sendo que aqueles que tinham maior apoio emocional e de informação apresentaram uma maior prevalência de prática de atividade física no tempo livre (RP=1,25, IC95%=1,4-1,5); 5) as barreiras associadas à prática de atividade física foram: sentir preguiça ou cansaço, gostar de praticar e tempo livre, sendo que os indivíduos que não referiram ter a barreira tiveram maior prevalência de atividade física no tempo livre- não sentir preguiça ou cansaço (RP= 1,38, IC95%= 1,12-1,7); gostar de praticar atividade física (RP= 2,22, IC95%= 1,2-4,13); e ter tempo livre para a prática de atividade física (RP=1,65, IC95%=1,13-2,45); 6) aqueles que referiram nenhuma barreira ou uma barreira tiveram maior prevalência de prática de atividade física no tempo livre do que aqueles que tinham quatro ou mais barreiras - nenhuma barreira (RP=1,9, IC95%=1,23-2,95) e, uma barreira (RP=1,62, IC95%=1,4-2,53) Conclusão: No presente estudo, a maior parte da amostra foi considerada fisicamente ativa no tempo livre, sendo que houve maior prevalência de prática de atividade física em homens do que nas mulheres Além disso, houve quatro barreiras para a prática de atividade física com prevalência superior a 25%, sentir preguiça ou cansaço para fazer atividades físicas, a falta de dinheiro, o medo de se machucar e a falta de companhia Por fim, ser fisicamente ativo no tempo livre se associou com altos níveis de apoio emocional e de informação, gosto pela prática de atividade física, ter tempo livre e não sentir preguiça ou cansaço
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3) foram identificadas pelo menos quatro barreiras para a atividade física com prevalência maior que 25%, sentir preguiça ou cansaço (41,7%), falta de dinheiro (36,4%), medo de se machucar realizando atividade física (29,1%), e falta de companhia (25,9%) A maioria dos participantes apresentou pelo menos uma barreira (8,1%); 4) dentre as quatro dimensões do apoio social estudadas, houve associação entre a prática de atividade física com apenas uma das dimensões, o apoio emocional/informação, após ajustado pelas variáveis demográficas e de saúde, sendo que aqueles que tinham maior apoio emocional e de informação apresentaram uma maior prevalência de prática de atividade física no tempo livre (RP=1,25, IC95%=1,4-1,5); 5) as barreiras associadas à prática de atividade física foram: sentir preguiça ou cansaço, gostar de praticar e tempo livre, sendo que os indivíduos que não referiram ter a barreira tiveram maior prevalência de atividade física no tempo livre- não sentir preguiça ou cansaço (RP= 1,38, IC95%= 1,12-1,7); 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and for analysis purposes, it was necessary dichotomization; for physical activity in free time, we used the long version of the International Physical Activity Questionnaire (IPAQ) Those who scored = 15minutes/week were considered active in leisure time; for the barriers to physical activity practice, we used Reichert's instrument (24) that presents eight barriers, and besides these, we included a barrier related to the environment The analyses were performed using the Statistical Package for the Social Sciences (IBM SPSS) 25 version, based on elements of descriptive statistics, chi- square test and prevalence ratio from Poisson regression with robust variance Results: Among the main findings of the study are: 1) most participants were classified as being physically active in leisure time (664%), and there was a higher prevalence of physical activity in male individuals than in the female population (76% and 59%, respectively); 2) for the affective, positive social interaction and emotional/information dimensions, most participants showed high support, and for material support, about 474% showed medium support; 3) at least four barriers to physical activity were identified with prevalence higher than 25%, feeling lazy or tired (417%), lack of money (364%), fear of getting hurt doing physical activity (291%), and lack of companionship (259%) Most participants showed at least one barrier (81%); 4) among the four dimensions of social support studied, there was an association between the physical activity practice with only one of the dimensions, the emotional support/information, after being adjusted by demographic and health variables, and those who had greater emotional support and information had a higher prevalence of physical activity practice in leisure time (PR=125, 95%CI=14-15); 5) the barriers associated with physical activity practice were: laziness or tiredness, practicing for enjoyment and free time Individuals who did not report having the barrier had a higher prevalence of physical activity in leisure time – not feeling lazy or tired (RP=138, 95%CI=112-17); enjoy to practice physical activity (RP= 222, 95%CI=12-413); and having free time to practice physical activity (RP=165, 95%CI=113-245); 6) those who reported no barriers or one barrier had higher prevalence of physical activity practice in leisure time than those who had four or more barriers - no barrier (RP=19, 95%CI=123-295) and, one barrier (RP=162, 95%CI=14-253) Conclusion: In this study, most of the sample was considered physically active in leisure time, and there was a higher prevalence of physical activity practice in men than in women Moreover, there were four barriers to physical activity with prevalence higher than 25%, feeling lazy or tired to do physical activities, lack of money, fear of injury and lack of companionship Finally, being physically active in leisure time was associated with high levels of emotional support and information, enjoyment of physical activity, having free time and not feeling laziness or tirednessLoch, Mathias Roberto [Orientador]Bortoletto, Maira Sayuri SakaiRech, Cassiano RicardoDias, Douglas FernandoBortoletto, Maira Sayuri Sakai [Coorientadora]Chingulo, Celma Marília da Natividade Leão2024-05-01T14:19:16Z2024-05-01T14:19:16Z2022.0006.04.2022info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://repositorio.uel.br/handle/123456789/13819porMestradoSaúde ColetivaCentro de Ciências da SaúdePrograma de Pós-Graduação em Saúde ColetivaLondrinareponame:Repositório Institucional da UELinstname:Universidade Estadual de Londrina (UEL)instacron:UELinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-07-12T04:19:47Zoai:repositorio.uel.br:123456789/13819Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.bibliotecadigital.uel.br/PUBhttp://www.bibliotecadigital.uel.br/OAI/oai2.phpbcuel@uel.br||opendoar:2024-07-12T04:19:47Repositório Institucional da UEL - Universidade Estadual de Londrina (UEL)false
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description Resumo: Introdução: A atividade física, conforme tem sido conceituada no âmbito da saúde pública, é um importante fator de prevenção e promoção de saúde, envolvendo pessoas que se movem, agindo e atuando em espaços e contextos culturalmente específicos e influenciados por diversos aspectos, emoções, ideias, instruções e relacionamentos No entanto, ainda não se sabe como se dá esse comportamento em populações imigrantes, sobretudo no contexto brasileiro Objetivo: O presente estudo teve como objetivo investigar os aspectos relacionados a prática de atividade física no tempo livre, barreiras para a prática de atividade física e o apoio social em imigrantes angolanos residentes no Brasil Métodos: Trata-se de um estudo de delineamento transversal Para se chegar à amostra do estudo, fez-se o recrutamento dos participantes por meio das associações de estudantes angolanos que tinham grupo virtual, nos quais a pesquisadora principal tinha contato prévio Foi realizado o contato com associações de sete estados (Ceará, Paraná, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo e Pernambuco), e a população estimada foi de 674 imigrantes Destes 674, obteve-se resposta de 32 indivíduos (45%) Após as exclusões, por não residirem atualmente no Brasil ou por variáveis incompletas, foram considerados no estudo 247 indivíduos (37%) Para este estudo, foram utilizadas variáveis demográficas e de saúde, o apoio social, barreiras para a prática de atividade física e a atividade física Para a mensuração do apoio social, utilizou-se a escala Medical Outcomes Study of Social Support Scale (MOS-SSS), que é composto por 4 dimensões do apoio social, material, emocional/informação, afetivo e interação social positiva, cada uma com três categorias (alto, médio e baixo), e para fins de análise, foi necessária a dicotomização; 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3) foram identificadas pelo menos quatro barreiras para a atividade física com prevalência maior que 25%, sentir preguiça ou cansaço (41,7%), falta de dinheiro (36,4%), medo de se machucar realizando atividade física (29,1%), e falta de companhia (25,9%) A maioria dos participantes apresentou pelo menos uma barreira (8,1%); 4) dentre as quatro dimensões do apoio social estudadas, houve associação entre a prática de atividade física com apenas uma das dimensões, o apoio emocional/informação, após ajustado pelas variáveis demográficas e de saúde, sendo que aqueles que tinham maior apoio emocional e de informação apresentaram uma maior prevalência de prática de atividade física no tempo livre (RP=1,25, IC95%=1,4-1,5); 5) as barreiras associadas à prática de atividade física foram: sentir preguiça ou cansaço, gostar de praticar e tempo livre, sendo que os indivíduos que não referiram ter a barreira tiveram maior prevalência de atividade física no tempo livre- não sentir preguiça ou cansaço (RP= 1,38, IC95%= 1,12-1,7); 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