Utilização de Saccharomyces cerevisiae e do bagaço de malte seco na alimentação de bovinos leiteiros

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Faccenda, Andressa, 1990-
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Estadual de Maringá (RI-UEM)
Texto Completo: http://repositorio.uem.br:8080/jspui/handle/1/7266
Resumo: Orientador: Prof. Dr. Geraldo Tadeu dos Santos
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spelling Utilização de Saccharomyces cerevisiae e do bagaço de malte seco na alimentação de bovinos leiteirosNutrição de ruminantesSaccharomyces cerevisiae - Nutrição de bovinos de leiteBagaço de malte seco - Bovinos de leiteNutrição animal - Bovino de leiteDigestibilidadeLeite - QualidadeSelênio636.2142Orientador: Prof. Dr. Geraldo Tadeu dos SantosCoorientador: Prof.ª Dr.ª Maximiliane Alavarse ZambomTese (doutorado em Zootecnia)--Universidade Estadual de Maringá, Centro de Ciências Agrárias, Departamento de Zootecnia, 2018RESUMO: Foram conduzidos dois experimentos: No experimento 1, objetivou-se de avaliar o efeito de Saccharomyces cerevisiae enriquecida com selênio e do bagaço de malte seco sobre o desempenho, composição e qualidade do leite. Foram utilizadas oito vacas da raça Holandês, distribuídas em quadrado latino 4 x 4 replicado. Os tratamentos foram em esquema fatorial 2 x 2: sem ou com inclusão de bagaço de malte seco x com ou sem adição de Saccharomyces cerevisiae enriquecida com selênio. A levedura foi fornecida uma vez ao dia na quantidade de 15 g e era composta pela cepa CNCM I-1077, contendo 1,0 x 109 UFC/g e 200 mg de selênio/kg. A levedura não influenciou na ingestão e digestibilidade dos nutrientes. Vacas que receberam as dietas contendo bagaço de malte ingeriram menor quantidade diária de matéria seca (MS), proteína bruta (PB), carboidratos não fibrosos (CNF) e nutrientes digestíveis totais (NDT), e maior quantidade de extrato etéreo (EE) e fibra em detergente neutro (FDN) (P<0,05). Dietas contendo bagaço de malte apresentaram digestibilidade da MS e CNF inferiores em relação às dietas sem esse ingrediente (P<0,05). A levedura não influenciou os parâmetros sanguíneos, entretanto a ureia sanguínea apresentou interação entre bagaço e levedura, sendo que vacas alimentadas com bagaço de malte apresentaram maiores concentrações em relação às vacas alimentadas sem bagaço ou sem bagaço, mas com levedura (P<0,05). Vacas que receberam dieta sem bagaço de malte com levedura apresentaram maior produção de proteína microbiana do que as alimentadas apenas com bagaço de malte (P<0,05). A Saccharomyces cerevisiae selenizada não teve efeito para a produção, composição e estabilidade oxidativa do leite. A inclusão de bagaço de malte reduziu a produção de leite corrigida para energia, o teor de gordura, proteína, caseína e sólidos totais do leite (P<0,05) e aumentou as concentrações de nitrogênio ureico e dienos conjugados do leite (P<0,01). Desse modo, conclui-se que a utilização de Saccharomyces cerevisiae enriquecida com selênio não melhorou a produção e a estabilidade oxidativa do leite e a inclusão de bagaço de malte seco reduziu a ingestão de energia, a produção de leite corrigida e os teores de gordura e proteína do leite. No experimento 2, objetivou-se avaliar o efeito da Saccharomyces cerevisiae enriquecida com selênio sobre a ingestão e digestibilidade dos nutrientes e nos parâmetros de fermentação ruminal de bovinos alimentados com dietas contendo bagaço de malte seco. Foram utilizados quatro bovinos mestiços, castrados e providos de cânula ruminal. Os animais foram distribuídos em um quadrado latino 4 x 4. Os tratamentos testados e a quantidade de levedura fornecida foram os mesmos descritos para o experimento 1. O de bagaço de malte e a levedura não apresentaram efeito para a ingestão da MS, PB, EE, FDN e NDT. Bovinos alimentados com bagaço de malte ingeriram menores quantidades diárias de CNF (P<0,01). A adição de Saccharomyces cerevisiae não melhorou a digestibilidade da MS e dos nutrientes, entretanto, as dietas com bagaço de malte apresentaram digestibilidade da MS (P<0,05) e CNF (P<0,01) inferiores. A utilização de bagaço de malte reduziu a população de protozoários dos gêneros Entodinium (P<0,05) e Isotricha (P<0,01). Os valores de pH não foram influenciados pelo bagaço e pela levedura. As concentrações de nitrogênio amoniacal (N-NH3) apresentaram interação entre tempo e o bagaço de malte (P<0,05), sendo que às duas horas, após a alimentação, as concentrações de N-NH3 ruminal foram menores para os animais alimentados com bagaço. As concentrações ruminais de acetato, propionato e butirato não foram influenciadas pelo bagaço de malte e levedura, no entanto, bovinos que receberam dietas com o subproduto cervejeiro apresentaram menor produção de ácidos graxos voláteis totais (P<0,05). Desse modo, conclui-se que a utilização de levedura na dieta de bovinos não influenciou na digestibilidade dos nutrientes e os parâmetros de fermentação ruminal, enquanto que a inclusão de bagaço de malte não interferiu na ingestão de nutrientes digestíveis totais e nas concentrações de acetato, propionato e butiratoABSTRACT: Two experiments were conducted: Experiment 1 aimed to evaluate the effect of selenium-enriched Saccharomyces cerevisiae and dried malt bagasse on performance, composition and quality of milk. Eight Holstein cows were distributed in a 4 x 4 replicated Latin square. The treatments were in a 2 x 2 factorial scheme: with or without the inclusion of dried malt bagasse x with or without the addition of selenium-enriched Saccharomyces cerevisiae. Yeast was supplied once daily in the amount of 15 g and was composed of strain CNCM I-1077 containing 1.0 x 109 CFU/g and 200 mg selenium/kg. Yeast did not affect nutrient intake and digestibility. Cows that received diets containing malt bagasse ingested a lower daily amount of dry matter (DM), crude protein (CP), non-fibrous carbohydrates (NFC) and total digestible nutrients (TDN) and a higher amount of ethereal extract (EE) and neutral detergent fiber (NDF) (P<0.05). Diets containing malt bagasse presented lower DM and NFC digestibility than diets without this ingredient (P<0.05). Yeast did not influence the blood parameters, however the blood urea had interaction between malt bagasse and yeast, wherein cows fed malt bagasse had higher concentrations in relation to cows fed without malt bagasse or without malt bagasse with yeast. Cows that received diets without malt bagasse with yeast had higher microbial protein production than those fed only malt bagasse (P<0.05). Selenized Saccharomyces cerevisiae had no effect on milk production, composition and oxidative stability. The inclusion of malt bagasse reduced energy, corrected milk production, milk fat, protein, casein and total solids content (P<0.05), and increased concentrations of milk urea, nitrogen and conjugated (P<0.01). Thus, it is concluded that the use of selenium-enriched Saccharomyces cerevisiae did not improve milk production and oxidative stability and the inclusion of dried malt bagasse reduced energy intake, corrected milk production and fat and protein contents of milk. Experiment 2, aimed to evaluate the effect of selenium-enriched Saccharomyces cerevisiae and malt bagasse on nutrient intake and digestibility and ruminal fermentation parameters of cattle fed diets containing dried malt bagasse. Four ruminally cannulated crossbreed steers were distributed in a 4 x 4 Latin square. The treatments tested and the amount of yeast supplied were the same described for experiment 1. Malt bagasse and yeast had no effect on DM, CP, EE, NDF and TDN intakes. Animals fed with malt bagasse had lower NFC intake (P<0.01). The addition of Saccharomyces cerevisiae did not improve the DM and nutrients digestibility, however, diets with malt bagasse had lower DM (P<0.05) and NFC digestibility (P<0.01). The use of malt bagasse reduced the protozoa population of the genus Entodinium (P<0.05) and Isotricha (P<0.01). Ruminal pH was not influenced by bagasse and yeast. Ammoniacal nitrogen (NH3-N) concentrations showed interaction between time and malt bagasse (P<0.05), wherein at two hours after feeding, ruminal NH3-N concentrations were lower for animals fed with bagasse. Ruminal concentrations of acetate, propionate and butyrate were not influenced by malt bagasse and yeast, however, animals fed diets with brewer by-product had lower total volatile fatty acids production (P<0.05). Thus, it was concluded that the use of yeast in the cattle diet did not influence nutrient digestibility and ruminal fermentation parameters, while the inclusion of malt bagasse did not interfere on the total digestible nutrients intake and on the acetate, propionate and butyrate concentrationsSantos, Geraldo Tadeu dos, 1950-Zambom, Maximiliane Alavarse, 1978-Universidade Estadual de MaringáCentro de Ciências AgráriasDepartamento de ZootecniaPrograma de Pós-Graduação em ZootecniaFaccenda, Andressa, 1990-2023-11-01T13:14:45Z2023-11-01T13:14:45Z2018info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis96 f. : il.application/pdfhttp://repositorio.uem.br:8080/jspui/handle/1/7266porreponame:Repositório Institucional da Universidade Estadual de Maringá (RI-UEM)instname:Universidade Estadual de Maringá (UEM)instacron:UEMinfo:eu-repo/semantics/openAccess2023-11-01T13:14:45Zoai:localhost:1/7266Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.uem.br:8080/oai/requestopendoar:2024-04-23T15:00:13.294262Repositório Institucional da Universidade Estadual de Maringá (RI-UEM) - Universidade Estadual de Maringá (UEM)false
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