Acentuação gráfica na escrita inicial : a circulação da criança por práticas de letramento e de oralidade
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da Universidade Estadual de Maringá (RI-UEM) |
Texto Completo: | http://repositorio.uem.br:8080/jspui/handle/1/7036 |
Resumo: | Orientadora: Prof.ª Dr.ª Cristiane Carneiro Capristano |
id |
UEM-10_bb0a1cdd9f00c4aba83d0d9ec120ab2a |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:localhost:1/7036 |
network_acronym_str |
UEM-10 |
network_name_str |
Repositório Institucional da Universidade Estadual de Maringá (RI-UEM) |
repository_id_str |
|
spelling |
Acentuação gráfica na escrita inicial : a circulação da criança por práticas de letramento e de oralidadeEscrita - CriançasOrtografiaAcentuação gráficaOralidade372.6044Orientadora: Prof.ª Dr.ª Cristiane Carneiro CapristanoDissertação (mestrado em Letras) - Universidade Estadual de Maringá, 2017Esta pesquisa respalda-se na concepção heterogênea de escrita de Corrêa (1997a, 2004) e nos trabalhos que, ancorados nessa concepção, examinam a escrita infantil, como Capristano (2007a, 2007b), Paula (2007), Chacon (2008), Machado (2014), Machado e Capristano (2016), Ticianel (2016), dentre outros. Nosso objeto de estudo é a relação que a criança estabelece com a acentuação gráfica na aquisição da escrita. O objetivo foi analisar, quantitativa e qualitativamente, diferentes registros (convencionais e não convencionais) do acento gráfico e observar, a partir deles, o modo como crianças ingressas na primeira série do Ensino Fundamental I circulam por práticas de oralidade e letramento. O material investigado foi composto por 861 enunciados escritos, nos quais foram identificadas 3.243 palavras distribuídas em dois grupos de análise: (I) palavras que preveem acento gráfico (2.858); e (II) palavras que não preveem acento gráfico, mas foram acentuadas pelas crianças (385). Divididas em verbos e não verbos, essas palavras foram analisadas considerando as seguintes variáveis: tipo de acento (circunflexo, agudo e grave), posição do acento gráfico (oxítona, paroxítona e proparoxítona) e o número de sílabas (monossílaba, dissílaba, trissílaba e polissílaba). Na investigação quantitativa, dentre outros resultados, constatamos as seguintes tendências com relação ao primeiro grupo: (a) mais palavras que preveem acento gráfico registradas de forma convencional em verbos com acento agudo (70,90%)e em não verbos oxítonos (57,54%); (b) mais palavras que preveem acento gráfico registradas de forma não convencional em verbos com acento circunflexo (96,00%), e em não verbos com acento grave (100%)Com relação ao segundo grupo, observamos, dentre outras, as seguintes tendências: (a) maior registro de acento agudo em palavras que não preveem acento, tanto em verbos (87,13%) quanto em não verbos (89,08%) e (b) maior registro de palavras que não preveem acento em momentos de correspondência entre acento gráfico e timbre vocálico, tanto em verbos (86,14%) quanto em não verbos (70,07%).Com base na análise qualitativa, constatamos que, de forma geral, a criança tende a acentuar palavras seguindo o que é mais recorrente na (sua) língua e na (sua) escrita, em razão das vivências sócio-históricas que permeiam a sua vida. De forma mais específica, pudemos averiguar, por um lado, que registros de palavras que não preveem acento gráfico são, geralmente, consoantes a aspectos da língua, sobretudo, fonológicos e, por outro lado, registros de palavras que preveem acento gráfico, quando grafados de forma convencional pela criança, estão ligados à recorrência no uso de algumas palavras e, quando grafados de forma não convencional, guardam em si pistas de processo(s) conflituoso(s) entre o sujeito escrevente e a (sua) escrita. Os resultados quantitativos e qualitativos mostraram que os diferentes registros do acento gráfico feitos pelas crianças não são indicativos nem de conhecimento, nem de desconhecimento de regras de acentuação gráfica, que, inclusive, ainda não teriam sido sistematizadas e apresentadas formalmente para as crianças da primeira série do Ensino Fundamental I. Nossos dados permitiram verificar a circulação da criança por diferentes práticas sócio-históricas que envolvem o uso da escrita e da falaThis research is supported in the conception of heterogeneous-writing by Corrêa (1997a, 2004) and in the work that, anchored in this conception, examine children's writing, such as Capristano (2007a, 2007b), Paula (2007), Chacon (2008), Machado (2014), Machado and Capristano (2016), Ticianel (2016), among others. Our object of study is the relationship that the child establishes with the graphical accentuation in the acquisition of writing. The aim was to analyze, both quantitatively and qualitatively, different records (conventional and unconventional) accent chart and observe from them the way children in the first grade of Elementary School I pass around through the practices of speaking and literacy. The material investigated was composed of 861 written sentences, in which were identified 3.243 words split into two groups of analysis: (I) words that predict graphic accent (2.858); and (II) words do not predict graphic accent, but have been accentuated by children (385). Divided into verbs and non-verbs, these words have been analyzed considering the following variables: type of accent (circumflex, acute and grave accent), the position of the accent chart (oxytone, paroxytone and proparoxytone) and the number of the syllable (monosyllable, disyllable, trisyllable and polysyllable). In the quantitative research, among other results, we note the following trends with respect to the first group: (a) more words that predict graphic accent recorded in conventional form in verbs with an acute accent (70.90%) and in non-verbal oxitons (57, 54%); (b) more graphic predictive words recorded unconventionally in verbs with a circumflex accent (96.00%), and in non-verbs with a severe accent (100%). In relation to the second group, we observed, among others, the following tendencies: (a) greater acute accent registration in words that do not predict accent, in both verbs (87.13%) and non verbs (89.08%) and (b) greater register of words that do not predict accent in moments of correspondence between graphic accent and vowel tone in verbs (86.14%) as well as non verbs (70.07%). Based on the qualitative analysis, we find that, in general, children tend to accentuate words following what is most recurrent in the(ir) language and the(ir) writing, due to the socio-historical experiences that permeate their life. More specifically, we have been able to find out, on the one hand, that records of words that do not predict graphic accent are generally determined by aspects of the language, especially phonological ones; on the other hand, word registers that predict graphic accent, when written in a conventional way by the child, are linked to the recurrence in the use of some words and, when written in an unconventional way, keep within themselves tracks of conflicting process between the writing subject and their writing. The quantitative and qualitative results showed that the different records of the graphic accent made by the children are not indicative neither of knowledge nor of ignorance of rules of graphic accentuations, rules that would not yet have been systematized and formally presented to the children of the first elementary school series I. Our data allowed us to verify the child's circulation through different socio-historical practices that involve the use of writing and speechCapristano, Cristiane CarneiroRomualdo, Edson CarlosBuin, EdilaineUniversidade Estadual de MaringáCentro de Ciências Humanas, Letras e ArtesPrograma de Pós-Graduação em LetrasKalinovski, Érica Fernanda Zavadovski2023-01-27T19:35:29Z2023-01-27T19:35:29Z2017info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis144 f. : il.application/pdfhttp://repositorio.uem.br:8080/jspui/handle/1/7036porreponame:Repositório Institucional da Universidade Estadual de Maringá (RI-UEM)instname:Universidade Estadual de Maringá (UEM)instacron:UEMinfo:eu-repo/semantics/openAccess2023-01-27T19:35:29Zoai:localhost:1/7036Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.uem.br:8080/oai/requestopendoar:2024-04-23T14:59:57.390049Repositório Institucional da Universidade Estadual de Maringá (RI-UEM) - Universidade Estadual de Maringá (UEM)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Acentuação gráfica na escrita inicial : a circulação da criança por práticas de letramento e de oralidade |
title |
Acentuação gráfica na escrita inicial : a circulação da criança por práticas de letramento e de oralidade |
spellingShingle |
Acentuação gráfica na escrita inicial : a circulação da criança por práticas de letramento e de oralidade Kalinovski, Érica Fernanda Zavadovski Escrita - Crianças Ortografia Acentuação gráfica Oralidade 372.6044 |
title_short |
Acentuação gráfica na escrita inicial : a circulação da criança por práticas de letramento e de oralidade |
title_full |
Acentuação gráfica na escrita inicial : a circulação da criança por práticas de letramento e de oralidade |
title_fullStr |
Acentuação gráfica na escrita inicial : a circulação da criança por práticas de letramento e de oralidade |
title_full_unstemmed |
Acentuação gráfica na escrita inicial : a circulação da criança por práticas de letramento e de oralidade |
title_sort |
Acentuação gráfica na escrita inicial : a circulação da criança por práticas de letramento e de oralidade |
author |
Kalinovski, Érica Fernanda Zavadovski |
author_facet |
Kalinovski, Érica Fernanda Zavadovski |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Capristano, Cristiane Carneiro Romualdo, Edson Carlos Buin, Edilaine Universidade Estadual de Maringá Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes Programa de Pós-Graduação em Letras |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Kalinovski, Érica Fernanda Zavadovski |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Escrita - Crianças Ortografia Acentuação gráfica Oralidade 372.6044 |
topic |
Escrita - Crianças Ortografia Acentuação gráfica Oralidade 372.6044 |
description |
Orientadora: Prof.ª Dr.ª Cristiane Carneiro Capristano |
publishDate |
2017 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2017 2023-01-27T19:35:29Z 2023-01-27T19:35:29Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://repositorio.uem.br:8080/jspui/handle/1/7036 |
url |
http://repositorio.uem.br:8080/jspui/handle/1/7036 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
144 f. : il. application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da Universidade Estadual de Maringá (RI-UEM) instname:Universidade Estadual de Maringá (UEM) instacron:UEM |
instname_str |
Universidade Estadual de Maringá (UEM) |
instacron_str |
UEM |
institution |
UEM |
reponame_str |
Repositório Institucional da Universidade Estadual de Maringá (RI-UEM) |
collection |
Repositório Institucional da Universidade Estadual de Maringá (RI-UEM) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da Universidade Estadual de Maringá (RI-UEM) - Universidade Estadual de Maringá (UEM) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1801841444035493888 |