Atletas mulheres relembrando do futebol na infância – a transposição de fronteiras de gênero

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira Souza, Maria Thereza
Data de Publicação: 2017
Outros Autores: Mendes Capraro, André
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
eng
Título da fonte: Journal of Physical Education (Maringá)
Texto Completo: https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/RevEducFis/article/view/33403
Resumo: O futebol tem sido historicamente pouco praticado por meninas em escolas e espaços de lazer na infância, fazendo com que se perpetuem as diferenças no número de praticantes, nas oportunidades e nas habilidades apresentadas em relação ao sexo masculino. Apesar disso, sempre existiram meninas que cruzaram as “fronteiras de gênero” – entendidas como as linhas tênues que dividem os comportamentos ditos adequados e culturalmente estabelecidos aos sexos – e passaram a conviver com meninos na prática do futebol. No intuito de entender como se deu esse processo na vivência de algumas atletas, foram formuladas as seguintes perguntas norteadoras: de que forma narram as suas memórias sobre a infância no futebol, mulheres que seguiram caminhos profissionais em tal esporte? Como os meninos as tratavam a partir do momento em que elas manifestavam interesse pela prática? No anseio de respondê-las, utilizou-se- a metodologia de História Oral, a qual tem como principal característica a produção de fontes orais por meio de entrevistas no encontro entre o pesquisador e seus colaboradores. Alguns aspectos encontrados nas narrativas das atletas revelam que nenhuma das trajetórias esteve livre das tentativas de impedimento ou restrições à prática de futebol, seja por meio do desencorajamento de familiares, ofensas ou a exclusão inicial do convívio masculino. Entretanto, as entrevistas permitiram aferir que interdições às meninas não se dão necessariamente ou exclusivamente por seu sexo, mas sim pela diferença de habilidade técnica apresentada em relação à maioria dos meninos. 
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