Um relicário todo feito de sal para cicatrizar e curar: a poesia de mulheres negras diaspóricas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | REVELL : Revista de Estudos Literários da UEMS |
Texto Completo: | https://periodicosonline.uems.br/index.php/REV/article/view/5025 |
Resumo: | Neste artigo, apresenta-se uma seleta de poemas produzidos por mulheres negras diaspóricas que elegeram como mote para a composição de suas poesias a travessia forçada do povo africano pela Calunga no processo de escravização, bem como os desdobramentos e atravessamentos reverberados na corporalidade negra no con(tra)temporâneo (CARRASCOSA, 2014). Sete poemas foram selecionados, um de cada uma destas escritoras: Lubi Prates, Neide Almeida, Fátima Trinchão, Conceição Evaristo, Lívia Natália, Maya Angelou e Lílian Almeida. Para a análise dos corpora optou-se por um referencial teórico também negro-diaspórico, elegendo-se a contramemória colonial (MIRANDA, 2019c) e a “espiral plantation” (MIRANDA, 2019b) como dispositivos analíticos, e a roda (MIRANDA, 2019b) como metodologia. Pretende-se, ainda, propor reflexões sobre a força da dor que tais eventos, aqui concebidos como da ordem do traumático, ainda provocam nas descendentes daquelas mulheres primeiras que para a diáspora foram lançadas e espalhadas. Concebe-se esta discussão, portanto, como uma possibilidade, um caminho para a cura. |
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