Labirinto intertextual: uma análise da paródia hipertextual To be or not to be (2015), de Ryan North
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Data de Publicação: | 2020 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | REVELL : Revista de Estudos Literários da UEMS |
Texto Completo: | https://periodicosonline.uems.br/index.php/REV/article/view/4313 |
Resumo: | Este trabalho traz uma análise sobre a paródia hipertextual To be or not to be, de Ryan North (2015), que carrega características de um romance visual e também de um livro-jogo e que foi elaborada a partir de elementos da peça Hamlet, de William Shakespeare. Assim, para o desenvolvimento desta pesquisa, nos baseamos principalmente nos conceitos de intertextualidade e de paródia de Genette (2010) e de Hutcheon (1989). Genette traz a ideia de intertextualidade como um nível importante de transcendência textual. Também trata de gêneros textuais criados a partir dessa troca de influências e referências presentes nos textos, como a paródia: um gênero que se caracteriza por questionar narrativas literárias anteriores e propor discussões, muitas vezes baseadas na diferença e no humor. Hutcheon (1989) defende a paródia como gênero literário embutido de valor estético, ideológico e cultural. Os resultados desta pesquisa nos permitem concluir que To be or not to be oferece ao chamado leitor-interator (MURRAY, 2003) uma experiência de leitura hipertextual onde os possíveis caminhos produzem mensagens, questionamentos e reflexões. Essa narrativa promove uma reescrita em linguagem coloquial, autorreferencial e sarcástica que atualiza a peça Hamlet para um contexto moderno, ao mesmo tempo que produz efeitos críticos e humor – pelo contraste com o estilo de Shakespeare. Assim, o leitor-interator tem a oportunidade de avaliar de que forma suas escolhas afetam o texto e até que ponto ele poderia ser transformado sem se tornar irreconhecível. |
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