O monstro e seu avesso em Um Rio Chamado Tempo, Uma Casa Chamada Terra, de Mia Couto
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | REVELL : Revista de Estudos Literários da UEMS |
Texto Completo: | https://periodicosonline.uems.br/index.php/REV/article/view/293 |
Resumo: | Este trabalho tem como objetivo analisar o monstro que tomou corpo na personagem Dito Mariano como resultado do esmorecimento de sua identidade cultural, em Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra, de Mia Couto. A finalidade é analisar o nascimento do monstro e a colaboração do duplo – que se manifesta fisicamente em Marianinho – no exorcismo do monstro, através da reinvenção de uma identidade cultural como o resultado da negociação com novas culturas, sem que com isso os vínculos com as próprias origens e tradições sejam afrouxados. Para tanto, além da análise do texto literário, utilizaram-se, como subsídio para a leitura realizada, textos teóricos que abordam a questão da monstruosidade, da duplicidade, assim como teorias a respeito da identidade e da tradução cultural. Observou-se que, na empresa de exorcizar o monstro, cabe ao duplo buscar o conhecimento do passado e resgatar a tradição, a fim de reinventar a identidade cultural, evitando, contudo, um fundamentalismo cultural exacerbado que busca a recuperação de uma identidade anterior pura. Tais observações demonstram a necessidade de reatualização do passado por meio da memória, que constitui uma maneira de tradução dialógica do passado, bem como a assimilação da modernidade mediada por processos de tradução. |
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