Memória e identidade(s) em Mulherzinha gigante, de Daniela Silva

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Leszczynski, Taynara
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Claraboia
Texto Completo: https://seer.uenp.edu.br/index.php/claraboia/article/view/245
Resumo: O livro Mulherzinha gigante, de Daniela Silva, foi publicado em 2020, pela editora paulista Patuá. Ele tem 108 páginas e pode ser considerado um romance, com o adendo de que apresenta uma construção bastante singular. Em vez de termos uma divisão por capítulos, deparamo-nos com “quadros” dispostos em ordem numérica. Cada quadro, do primeiro ao último (décimo terceiro) apresenta um subtítulo referente à lembrança que será abordada ali. Esse modelo de narrativa fragmentada retoma à ideia de como a própria memória é constituída, de modo que aqui forma e conteúdo dialogam muito bem, enriquecendo a experiência de leitura, bem como, construindo significações mais amplas. Apesar do livro ser em prosa, é notória a presença de um linguagem poética constituindo a sua escrita, tanto pela subjetividade quanto pela sensibilidade que ecoam de suas folhas. Não por acaso, sua autora, Daniela Silva, também é poetisa e, inclusive, possui uma página virtual de poemas. Ademais, além de ser escritora, ela também é professora na Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO), em Guarapuava, no Paraná, onde ministra disciplinas de Literatura e ainda oficinas de escrita. Natural de Pelotas, no Rio Grande do Sul, Daniela Silva graduou-se em Letras pela FURG e fez o seu mestrado e o doutorado em Teoria da Literatura na PUC-RS, sendo que realizou parte de seus estudos em Stanford-EUA. Posteriormente, também concluiu o seu pós-doutorado no exterior, dessa vez, na Argentina. Atualmente, ela também coordena um grupo de estudos chamado “A Escrita Criativa na Universidade”, no qual tem como objetivo dar mais visibilidade para essa área nos estudos literários. Mulherzinha gigante conta com ilustração, projeto gráfico e diagramação de Leonardo Mathias e um prefácio da escritora Helena Terra que inicia chamando a atenção, justamente, para o sentido de um livro. Comparando-lhe com uma casa, a autora evidencia que cada leitor/morador que o habita o faz de forma singular, atribuindo assim um novo significado. Abraçando essa comparação proposta por Helena, pontuo na presente resenha como foi a minha estada nesse romance, evidenciando todas as emoções, reflexões e, sobretudo, interpretações que ele me proporcionou.
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