Estudo sobre atitude positiva e comportamento reprodutivo em relação aos casamentos consanguíneos no nordeste do Brasil
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPB |
Texto Completo: | http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/3303 |
Resumo: | Este trabalho é o primeiro estudo transversal de base populacional que buscou investigar as diferenças nas crenças, atitudes e comportamento reprodutivo de uma população em relação à consanguinidade no sertão nordestino. A coleta de dados consistiu em entrevistas face a face realizadas com 147 indivíduos com idades entre 13 e 20 anos, representando a totalidade de estudantes do ensino médio da comunidade de Brejo dos Santos e 532 idosos com 60 anos ou mais. A freqüência de casamentos consangüíneos tendeu a aumentar ao longo das gerações, sendo 15,9% na geração dos pais dos idosos participantes, 17,1% em geração própria e 20,5% na geração de seus descendentes. Embora 258 (50,9%) idosos entrevistados tenham rejeitado a união consanguínea, 341 (65,3%) deles permitiriam que seus filhos se casassem com parentes. Tanto os jovens (108 ou 78,3%) quanto os idosos (398 ou 80,4%) entrevistados acreditam que os casamentos consangüíneos são mais duráveis do que os casamentos não consangüíneos (p = 0,578). No entanto, 408 (82,4%) dos idosos e 108 (80,6%) dos estudantes reconhecem que os cônjuges em casais consangüíneos vivenciam conflitos como outros casais (p = 0,625). Em ambos os grupos, a maioria dos participantes não acredita que o risco de ter filhos com deficiência esteja associado à consangüinidade. A regressão com duas variáveis contínuas, idade e pontuação de atitudes positivas, mostrou uma correlação significativa entre elas, sugerindo que indivíduos mais jovens são mais suscetíveis à influência de fatores culturais favoráveis à consanguinidade, como a opinião de seus pais e avós. A atitude positiva em relação à consanguinidade está ligada à crença de que as uniões entre indivíduos da mesma família contribuem para uma maior estabilidade e durabilidade do casamento. |
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Estudo sobre atitude positiva e comportamento reprodutivo em relação aos casamentos consanguíneos no nordeste do BrasilConsanguinidadeMatrimônioCasamento consanguíneoComportamento reprodutivoSAUDE COLETIVA::SAUDE PUBLICAEste trabalho é o primeiro estudo transversal de base populacional que buscou investigar as diferenças nas crenças, atitudes e comportamento reprodutivo de uma população em relação à consanguinidade no sertão nordestino. A coleta de dados consistiu em entrevistas face a face realizadas com 147 indivíduos com idades entre 13 e 20 anos, representando a totalidade de estudantes do ensino médio da comunidade de Brejo dos Santos e 532 idosos com 60 anos ou mais. A freqüência de casamentos consangüíneos tendeu a aumentar ao longo das gerações, sendo 15,9% na geração dos pais dos idosos participantes, 17,1% em geração própria e 20,5% na geração de seus descendentes. Embora 258 (50,9%) idosos entrevistados tenham rejeitado a união consanguínea, 341 (65,3%) deles permitiriam que seus filhos se casassem com parentes. Tanto os jovens (108 ou 78,3%) quanto os idosos (398 ou 80,4%) entrevistados acreditam que os casamentos consangüíneos são mais duráveis do que os casamentos não consangüíneos (p = 0,578). No entanto, 408 (82,4%) dos idosos e 108 (80,6%) dos estudantes reconhecem que os cônjuges em casais consangüíneos vivenciam conflitos como outros casais (p = 0,625). Em ambos os grupos, a maioria dos participantes não acredita que o risco de ter filhos com deficiência esteja associado à consangüinidade. A regressão com duas variáveis contínuas, idade e pontuação de atitudes positivas, mostrou uma correlação significativa entre elas, sugerindo que indivíduos mais jovens são mais suscetíveis à influência de fatores culturais favoráveis à consanguinidade, como a opinião de seus pais e avós. A atitude positiva em relação à consanguinidade está ligada à crença de que as uniões entre indivíduos da mesma família contribuem para uma maior estabilidade e durabilidade do casamento.This work is the first population-based cross-sectional study that sought to investigate the differences in the beliefs, attitudes and reproductive behavior of a population in relation to consanguinity in the backlands of Northeastern Brazil. Data collection consisted of face-to-face interviews performed with 147 individuals ages 13 to 20, representing the totality of high school students of Brejo dos Santos community and 532 elderly individuals aged 60 years and over. The frequency of consanguineous marriages tended to increase over the generations, being 15.9% in the generation of the parents of the elderly participants, 17.1% in their own generation and 20.5% in the generation o f their descendants. Although 258 (50.9%) elderly interviewees rejected consanguineous union, 341 (65.3%) of them would allow their children to marry relatives. Both young (108 or 78.3%) and elderly (398 or 80.4%) interviewees believe that consanguineous marriages are more durable than non-consanguineous marriages (p = 0.578). However, 408 (82.4%) of the elderly individuals and 108 (80.6%) of the students recognize that the spouses in consanguineous couples experience conflicts like other couples (p = 0.625). In both groups, the majority of the participants do not believe that the risk of having children with disabilities is associated with consanguinity. The regression with two continuous variables (age and positive attitudes score) showed a significant correlation between them, suggesting that younger individuals are more susceptible to the influence of cultural factors contributing to consanguinity, such as the opinion of their parents and grandparents. The positive attitude toward consanguinity is linked to the belief that unions between individuals from the same family contribute to greater marriage stability and durability.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESUniversidade Estadual da ParaíbaPró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGPBrasilUEPBPrograma de Pós-Graduação em Saúde Pública - PPGSPSantos, Silvana Cristina dos12790538875http://lattes.cnpq.br/2086707959173246Weller, Mathias60098933302http://lattes.cnpq.br/7838427028853175Melo, Uirá Souto08062462439http://lattes.cnpq.br/5995832450833280Lima, Shirley de Oliveira Alves de2019-04-24T15:06:47Z2018-09-26info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfLIMA, S. de O. A. de. Estudo sobre atitude positiva e comportamento reprodutivo em relação aos casamentos consanguíneos no nordeste do Brasil. 2018. 52f. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública - PPGSP) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2018.http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/3303porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPBinstname:Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)instacron:UEPB2019-04-25T04:27:51Zoai:tede.bc.uepb.edu.br:tede/3303Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/PUBhttp://tede.bc.uepb.edu.br/oai/requestbc@uepb.edu.br||opendoar:2019-04-25T04:27:51Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPB - Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)false |
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