Análise sobre o fenômeno da transposição didática interna no ensino de estatística: um estudo com a inclusão de um aluno cego em uma sala de aula regular
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPB |
Texto Completo: | http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/3922 |
Resumo: | Este trabalho faz uma abordagem ao fenômeno da Transposição Didática, proposto por Yves Chevallard (1991). No campo da didática da Matemática, este fenômeno descreve a trajetória percorrida pelo saber desde sua criação na comunidade científica até se transformar em objeto de ensino nas escolas. Centralizamos nossas discussões na Transposição Didática Interna, que ocorre dentro da sala de aula e destacamos os direcionamentos teóricos dos pesquisadores: Araújo (2009), Bessa de Menezes (2004, 2010) e Brito Menezes (2006). As inquietações que nos levaram a esta investigação, estão relacionadas ao número elevado de alunos com deficiência visual incluídos na escola regular, realidade que exige do professor novas metodologias, para que ele possa atender as necessidades desses discentes nesse atual cenário didático. Analisamos sob a ótica da transposição didática interna, o distanciamento entre os saberes efetivamente ensinados para um aluno cego dos saberes efetivamente ensinados para alunos videntes, durante o ensino de estatística, especificamente em uma aula sobre as medidas de tendência central (média, moda e mediana), e na construção e interpretação de gráficos e tabelas. A partir desses estudos, encontramos indícios de possíveis formações de novos sistemas didáticos (subsistemas) na sala de aula regular. Tomamos como base uma pesquisa qualitativa, onde fizemos um estudo com um aluno cego em uma turma do 9º ano de uma escola pública. O desenvolvimento metodológico foi dividido em três etapas: i) observações das aulas; ii) entrevista semiestruturada/conversas informais, e iii) análise dos dados coletados. Percebemos ao final dessas etapas, mesmo com dados incipientes, um distanciamento entre os saberes efetivamente ensinados para os dois públicos (cego/videntes). Vimos que, a distância entre esses saberes, compromete o saber matemático que foi apresentado para o aluno cego, o que pode acarretar em dificuldades no avanço dos estudos desses saberes posteriormente. |
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Análise sobre o fenômeno da transposição didática interna no ensino de estatística: um estudo com a inclusão de um aluno cego em uma sala de aula regularTransposição Didática InternaEnsino de EstatísticaEducação inclusivaAlunos cegosInternal Didactic TranspositionStatistics teachingBlind studentsTransposition Didactique InterneStatistiques d'enseignementÉtudiants aveuglesEDUCACAO::ENSINO-APRENDIZAGEMEste trabalho faz uma abordagem ao fenômeno da Transposição Didática, proposto por Yves Chevallard (1991). No campo da didática da Matemática, este fenômeno descreve a trajetória percorrida pelo saber desde sua criação na comunidade científica até se transformar em objeto de ensino nas escolas. Centralizamos nossas discussões na Transposição Didática Interna, que ocorre dentro da sala de aula e destacamos os direcionamentos teóricos dos pesquisadores: Araújo (2009), Bessa de Menezes (2004, 2010) e Brito Menezes (2006). As inquietações que nos levaram a esta investigação, estão relacionadas ao número elevado de alunos com deficiência visual incluídos na escola regular, realidade que exige do professor novas metodologias, para que ele possa atender as necessidades desses discentes nesse atual cenário didático. Analisamos sob a ótica da transposição didática interna, o distanciamento entre os saberes efetivamente ensinados para um aluno cego dos saberes efetivamente ensinados para alunos videntes, durante o ensino de estatística, especificamente em uma aula sobre as medidas de tendência central (média, moda e mediana), e na construção e interpretação de gráficos e tabelas. A partir desses estudos, encontramos indícios de possíveis formações de novos sistemas didáticos (subsistemas) na sala de aula regular. Tomamos como base uma pesquisa qualitativa, onde fizemos um estudo com um aluno cego em uma turma do 9º ano de uma escola pública. O desenvolvimento metodológico foi dividido em três etapas: i) observações das aulas; ii) entrevista semiestruturada/conversas informais, e iii) análise dos dados coletados. Percebemos ao final dessas etapas, mesmo com dados incipientes, um distanciamento entre os saberes efetivamente ensinados para os dois públicos (cego/videntes). Vimos que, a distância entre esses saberes, compromete o saber matemático que foi apresentado para o aluno cego, o que pode acarretar em dificuldades no avanço dos estudos desses saberes posteriormente.This work approaches the Didactical Transposition phenomenon proposed by Yves Chevallard (1991). In the field of Mathematics Didactics, this phenomenon describes the path covered by knowledge since its creation in the scientific community until it becomes an object of teaching in schools. The discussions were centralized in the Internal Didactic Transposition, which occurs inside the classroom, and the highlighted theoretical directions were based on the researchers: Araújo (2009), Bessa de Menezes (2004, 2010) and Brito Menezes (2006). The concerns that led us to this investigation are related to the high number of students with visual impairment included in regular schools, a reality which requires new methodologies from the teacher, so that he can attend the needs of these students in this current didactic scenario. Based on the perspective of internal didactic transposition, we analyzed the distance between the knowledge effectively taught to a blind student from the knowledge effectively taught to students without visual impairment, during the teaching of statistics, specifically in a class on the measures of central tendency (mean, median and mode), and in the construction and interpretation of graphs and tables. This research was taken as a qualitative basis, where we did a study with a blind student in a 9th grade class at a public school. The methodological development was divided into three stages: i) class observations; ii) semi-structured interviews/informal conversations, and iii) analysis of collected data. At the end of these stages, even with incipient data, we realized a distance from the knowledge effectively taught to both students (blind/non-blind). In addition, we observed that the distance between this knowledge compromises the mathematical background presented to the blind student, which may lead difficulties in the progress of these contents later.Ce travail aborde le phénomène de transposition didactique, proposé par Yves Chevallard (1991). Dans le domaine de la didactique des mathématiques, ce phénomène décrit la trajectoire du savoir depuis sa création dans la communauté scientifique jusqu'à ce qu'il devienne un objet d'enseignement dans les écoles. Nous centralisons nos discussions dans la Transposition Didactique Interne, qui se déroule à l'intérieur de la salle de classe et mettons en évidence les orientations théoriques des chercheurs: Araújo (2009), Bessa de Menezes (2004, 2010) et Brito Menezes (2006). Les préoccupations qui nous ont conduit à cette enquête sont liées au nombre élevé d'élèves ayant une déficience visuelle inscrits à l'école ordinaire, une réalité qui nécessite de nouvelles méthodologies de la part de l'enseignant, afin qu'il puisse répondre aux besoins de ces élèves dans ce scénario didactique actuel. Nous avons analysé sous l'angle de la transposition didactique interne, la distance entre les connaissances effectivement enseignées à un élève aveugle et les connaissances effectivement enseignées à des élèves visionnaires, lors de l'enseignement de la statistique, plus précisément en classe sur les mesures de tendance centrale (moyenne, mode et médiane ), et dans la construction et l'interprétation de graphiques et de tableaux. A partir de ces études, nous avons trouvé des preuves de la formation possible de nouveaux systèmes didactiques (sous-systèmes) dans la classe ordinaire. Nous avons pris comme base une recherche qualitative, où nous avons fait une étude avec un élève aveugle dans une classe de 9e année dans une école publique. Le développement méthodologique a été divisé en trois étapes: i) observations des classes; ii) entretien semi-structuré / conversations informelles, et iii) analyse des données collectées. Au terme de ces étapes, nous avons remarqué, même avec des données naissantes, un écart entre les connaissances effectivement enseignées aux deux publics (aveugles / voyants). Nous avons vu que la distance entre ces connaissances compromet les connaissances mathématiques qui ont été présentées à l'étudiant aveugle, ce qui peut conduire à des difficultés pour faire avancer les études de ces connaissances plus tard.Universidade Estadual da ParaíbaPró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGPBrasilUEPBPrograma de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Educação Matemática - PPGECEMMenezes, Marcus Bessa de00902766716Bittar, Marilena36498769149Almeida, Fernando Emílio Leite de77044983472Onofre, Eduardo Gomes62283391415Santos, Vanessa Lays Oliveira dos2021-12-06T11:52:42Z2020-03-06info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfSANTOS, Vanessa Lays Oliveira dos. Análise sobre o fenômeno da transposição didática interna no ensino de estatística: um estudo com a inclusão de um aluno cego em uma sala de aula regular. 2020. 171f. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Educação Matemática - PPGECEM) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2021.http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/3922porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPBinstname:Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)instacron:UEPB2021-12-06T11:52:42Zoai:tede.bc.uepb.edu.br:tede/3922Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/PUBhttp://tede.bc.uepb.edu.br/oai/requestbc@uepb.edu.br||opendoar:2021-12-06T11:52:42Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPB - Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)false |
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