Desalinho à norma: um estudo de caso sobre marcas de oralidade em produções textuais na educação de jovens e adultos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPB |
Texto Completo: | http://tede.bc.uepb.edu.br/tede/jspui/handle/tede/2638 |
Resumo: | Este trabalho investiga como a construção identitária do aluno da EJA, que se revela nas marcas de oralidade em sua escrita, tem sido recepcionada pela escola e mobilizada pedagogicamente pelos professores. Ao chegar no ambiente escolar, o jovem, o adulto e/ou idoso trazem consigo o contexto linguístico que faz parte do seu cotidiano, um modo de falar que é sua maneira de se expressar no mundo. É comum que esse pertencimento presente na fala também se expresse em sua escrita, que muitas vezes é vista à luz de preconceitos. Ao chegar na escola o aluno precisa se adequar a esse espaço de códigos gramaticais estabelecidos, para o qual é determinante a concepção de educação pautada no pensamento moderno, que tende a colocar numa situação de fracasso escolar quem não se enquadra em um tipo ideal. Para a realização do trabalho de campo optou-se pela pesquisa qualitativa, de base etnográfica, por meio de um estudo de caso. A partir das categorias semânticas marcas de oralidade, correção dos erros e formação de professores, os estudos revelaram que a escola não tem conseguido acolher as marcas identitárias de seus alunos da EJA, nem tão pouco promover um diálogo intercultural entre os saberes narrativos do aluno com os saberes cartesianos do ambiente escolar. Revelou ainda que a escola vem segregando ao invés de incluir o sujeito que tem seu pensamento pautado na oralidade e, portanto, um modelo de mente que o faz escrever de uma maneira outra que não o padrão gramatical. O preconceito linguístico foi revelado à medida em que os falares dos alunos que exprimem pertencimento de lugar são postos à margem do correto. Evidenciou-se uma lacuna teórica no campo da formação de professores, que não os tem instrumentalizado a reconhecer diferentes motivações para o erro na escrita do aluno e assim fazer uma intervenção apropriada. Revelou-se ainda que uma contribuição para a formação docente em EJA, pode vir dos estudos do letramento na perspectiva da Educação Inclusiva, à medida que entende a aprendizagem como um processo socialmente motivado. |
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Desalinho à norma: um estudo de caso sobre marcas de oralidade em produções textuais na educação de jovens e adultosEducação de Jovens e Adultos - EJA. Letramento. Alfabetização. Oralidade. EscritaCIENCIAS SOCIAIS APLICADASEste trabalho investiga como a construção identitária do aluno da EJA, que se revela nas marcas de oralidade em sua escrita, tem sido recepcionada pela escola e mobilizada pedagogicamente pelos professores. Ao chegar no ambiente escolar, o jovem, o adulto e/ou idoso trazem consigo o contexto linguístico que faz parte do seu cotidiano, um modo de falar que é sua maneira de se expressar no mundo. É comum que esse pertencimento presente na fala também se expresse em sua escrita, que muitas vezes é vista à luz de preconceitos. Ao chegar na escola o aluno precisa se adequar a esse espaço de códigos gramaticais estabelecidos, para o qual é determinante a concepção de educação pautada no pensamento moderno, que tende a colocar numa situação de fracasso escolar quem não se enquadra em um tipo ideal. Para a realização do trabalho de campo optou-se pela pesquisa qualitativa, de base etnográfica, por meio de um estudo de caso. A partir das categorias semânticas marcas de oralidade, correção dos erros e formação de professores, os estudos revelaram que a escola não tem conseguido acolher as marcas identitárias de seus alunos da EJA, nem tão pouco promover um diálogo intercultural entre os saberes narrativos do aluno com os saberes cartesianos do ambiente escolar. Revelou ainda que a escola vem segregando ao invés de incluir o sujeito que tem seu pensamento pautado na oralidade e, portanto, um modelo de mente que o faz escrever de uma maneira outra que não o padrão gramatical. O preconceito linguístico foi revelado à medida em que os falares dos alunos que exprimem pertencimento de lugar são postos à margem do correto. Evidenciou-se uma lacuna teórica no campo da formação de professores, que não os tem instrumentalizado a reconhecer diferentes motivações para o erro na escrita do aluno e assim fazer uma intervenção apropriada. Revelou-se ainda que uma contribuição para a formação docente em EJA, pode vir dos estudos do letramento na perspectiva da Educação Inclusiva, à medida que entende a aprendizagem como um processo socialmente motivado.This paper investigates how the identity construction of adult students, revealed in oral marks in his/her writing, has been pedagogically treated by schools and teachers in government programs like EJA (Youth and Adult Education) in Brazil. Upon arriving at school, the youth, the adult and/or the elderly brings with him/her the linguistic context which is part of his/her everyday life, a way of speaking that is their own. It is common that this way of expressing him/herself is transferred into his/her writing, what is often seen in the light of prejudices. Thus, the student needs to adjust to a new space in which a different established grammatical code is imposed. Moreover, the concept of education based on modern thinking tends to put in a school failure situation anyone who does not fit into an ideal type. To carry out the fieldwork we chose to follow the qualitative and ethnographic methodology, through a case study. From the semantic categories of oral traits, error correction and teacher training, research has shown that the school has not been able to accept the identity marks of their EJA students, nor promote an intercultural dialogue between the narrative knowledge of the student with the Cartesian knowledge of the school environment. The survey revealed that the school has been segregating, rather than including, the learner who has his/her thinking based on the oral language and therefore writes in a different way from the grammatical pattern. Language prejudice was revealed, to the extent that students’ texts are marginalized and considered not to be correct. We found a theoretical gap in the field of teacher training, which does not allow him/her to recognize different linguistic styles and their motivations, and, therefore, does not prepare him/her to intervene in the teaching-learning process in an appropriate way. We could conclude that literacy studies, in the perspective of Inclusive Education, would bring in an excellent contribution to teacher training in adult education, as it understands learning as a socially motivated process.Universidade Estadual da ParaíbaCentro de Educação - CEDUCBrasilUEPBPrograma de Pós-Graduação Profissional em Formação de Professores - PPGPFPCastro, Paula Almeida deNascimento, Laurita Dias do2016-11-07T19:01:00Z2014-12-19info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfNascimento, Laurita Dias do. Desalinho à norma: um estudo de caso sobre marcas de oralidade em produções textuais na educação de jovens e adultos. 2014. 123f. 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