Cuidadores informais da pessoa idosa com transtorno mental: Um estudo sobre a resiliência

• Autor(a) principal: Rodrigues, Josilene
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPB
• Texto Completo: http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/4224
• topic: Resiliência; Idoso; Cuidador de Idoso; Envelhecimento; Saúde mental; Resilience; Old man; Aging; Elderly caregivers; PSICOLOGIA::PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO HUMANO

Este estudo tem como objetivo geral analisar o processo de resiliência de cuidadores informais no cuidado à pessoa idosa com transtorno mental, usuárias de um CAPS, na perspectiva da Teoria Bioecológico do Desenvolvimento Humano. E como objetivos específicos: Traçar o perfil do cuidador informal do idoso; Identificar a relação entre variáveis sociais (sexo, idade, estado civil, grau de escolaridade) com a resiliência de cuidadores informais de idosos atendidos em um Centro de Atenção Psicossocial; E analisar o processo de resiliência de cuidadores informais no cuidado à pessoa idosa com transtorno mental, usuárias de um Centro de Apoio Psicossocial (CAPS). Trata-se de uma pesquisa descritiva e exploratória de abordagem mista (qualitativa e quantitativa), os participantes deste estudo foi constituído de 23 cuidadores informais de pessoas idosas com transtornos mentais atendidos pelo CAPS I do município de Boqueirão-PB. Para tanto utilizamos como referencial teórico-metodológico o Modelo Bioecológico de Bronfenbrenner e como instrumentos para coleta de dados o questionário sociodemográfico e laboral, a Escala de resiliência e a entrevista semiestruturada. Para análise dos dados quantitativos foi utilizada a estatística descritiva, com o uso do programa SPSS para Windows - a versão 17.0. E para os dados qualitativos foi a Análise Temática de Conteúdo. Esta análise dos dados obtidos qualitativos, seguiu a proposta dos componentes PPTC (Pessoa, Processo, Contexto e Tempo) do Modelo Bioecológico. Os resultados evidenciaram que os cuidadores apresentaram uma média alta de resiliência de 131,6 e não houve associação do grau de resiliência com variáveis sociais. Em sua maioria, os cuidadores eram do sexo feminino, casadas, católicas, com filhos e com grau baixo de escolarização. Afirmam sentir afetadas diante do processo de cuidado e não possuir ou ter realizado capacitação para oferta de cuidado. Foi apreendido que os cuidadores apresentam disposições, recursos e demandas (habilidades e atitudes) que estimulam os laços com o contexto de cuidado, e as relações interpessoais com o idoso ao longo do tempo como a empatia, determinação, enfretamento, atitude, competência, responsabilidade, iniciativa e utiliza como estratégia para as dificuldades a tolerância e adaptação. Concluiu-se que os cuidadores apresentam resiliência alta e mediana. Por fim, os cuidadores se apresentam ativos e que o ambiente os influencia diante de seus agirem no contexto de cuidado e são essas influências que mobiliza os surgimentos de fatores de proteção e risco que reverbera na resiliência.