Movimentos para fora do eu e produção de singularidades na poesia brasileira contemporânea escrita por mulheres
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPB |
Texto Completo: | http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/3642 |
Resumo: | Nosso intuito neste trabalho de dissertação é apresentar um panorama acerca da voz poética na poesia brasileira contemporânea escrita por mulheres, a partir das produções poéticas de Cora Coralina, Ana Cristina Cesar, Alice Ruiz e Marília Garcia. Pretendemos compreender como a voz poética tem sido engendrada nesta(s) poesia(s), haja vista que muitos estudos ainda entendem essa voz como um eu uno, idêntico, essencialista. Nossa pretensão é, pois, notabilizar que a voz realiza movimentos para fora do eu, produz singularidades. O ‘eu poético’ é descentralizado, fragmentado; não tem, portanto, uma substância única, identitária, fechada, desde sempre, mas é processo, devir. Desta feita, o próprio fazer poético também é refletido, problematizado. Isto posto, alguns estudos nos ajudam a entender melhor estes movimentos, como Rezende (2013), Garramuño (2016) e Magalhães (2017), no tocante ao eu poético e à poesia contemporânea; Cortázar (1947) e Justino (2015; 2019) acerca dos movimentos para fora do eu; Klinger (2007) e Nascimento (2017), a respeito da autoficção; Deleuze e Guattari (1995; 1997a; 1997b), sobre alguns conceitos fundamentais como rizoma, corpo sem órgãos, devir, etc.; e Busato (2015), quanto ao espaço urbano e sua relação com os sujeitos; entre outros aportes teóricos que contribuíram para o desenvolvimento desta pesquisa. Este trabalho está dividido em três momentos, no primeiro estudamos a poesia de Cora Coralina, buscando entender como a autoficção está circunscrita em seus textos; no segundo abordamos a poesia de Ana Cristina Cesar e Alice Ruiz, compreendendo como o devir-mulher é engendrado pelas poetas; no terceiro discutimos os deslocamentos da voz poética na poesia de Marília Garcia. Ressaltamos, ainda, que esses conceitos se cruzam, em algum momento, nos projetos poéticos de cada uma das escritoras e, é a partir deles que podemos entender de que maneira acontecem os movimentos para fora do eu em suas poesias. |
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Movimentos para fora do eu e produção de singularidades na poesia brasileira contemporânea escrita por mulheresPoesia brasileira contemporâneaMulheres poetasEscritoras brasileirasProdução de singularidadesLETRAS::LINGUA PORTUGUESANosso intuito neste trabalho de dissertação é apresentar um panorama acerca da voz poética na poesia brasileira contemporânea escrita por mulheres, a partir das produções poéticas de Cora Coralina, Ana Cristina Cesar, Alice Ruiz e Marília Garcia. Pretendemos compreender como a voz poética tem sido engendrada nesta(s) poesia(s), haja vista que muitos estudos ainda entendem essa voz como um eu uno, idêntico, essencialista. Nossa pretensão é, pois, notabilizar que a voz realiza movimentos para fora do eu, produz singularidades. O ‘eu poético’ é descentralizado, fragmentado; não tem, portanto, uma substância única, identitária, fechada, desde sempre, mas é processo, devir. Desta feita, o próprio fazer poético também é refletido, problematizado. Isto posto, alguns estudos nos ajudam a entender melhor estes movimentos, como Rezende (2013), Garramuño (2016) e Magalhães (2017), no tocante ao eu poético e à poesia contemporânea; Cortázar (1947) e Justino (2015; 2019) acerca dos movimentos para fora do eu; Klinger (2007) e Nascimento (2017), a respeito da autoficção; Deleuze e Guattari (1995; 1997a; 1997b), sobre alguns conceitos fundamentais como rizoma, corpo sem órgãos, devir, etc.; e Busato (2015), quanto ao espaço urbano e sua relação com os sujeitos; entre outros aportes teóricos que contribuíram para o desenvolvimento desta pesquisa. Este trabalho está dividido em três momentos, no primeiro estudamos a poesia de Cora Coralina, buscando entender como a autoficção está circunscrita em seus textos; no segundo abordamos a poesia de Ana Cristina Cesar e Alice Ruiz, compreendendo como o devir-mulher é engendrado pelas poetas; no terceiro discutimos os deslocamentos da voz poética na poesia de Marília Garcia. Ressaltamos, ainda, que esses conceitos se cruzam, em algum momento, nos projetos poéticos de cada uma das escritoras e, é a partir deles que podemos entender de que maneira acontecem os movimentos para fora do eu em suas poesias.Our aim in this dissertation work is to present an overview of the poetic voice in contemporary Brazilian poetry written by women, based on the poetic productions of Cora Coralina, Ana Cristina Cesar, Alice Ruiz and Marília Garcia. We intend to understand how the poetic voice has been engendered in this poetry, considering that many studies still understand this voice as a single, identical, essentialist self. Our intention is, therefore, to note that the voice makes movements out of the self, produces singularities. The ‘poetic self’ is decentralized, fragmented; it does not, therefore, have a single, identity, closed substance, since the outset, but it is a process, becoming. This time, the poetic making itself is also reflected, problematized. That said, some studies help us to better understand these movements, such as Rezende (2013), Garramuño (2016) and Magalhães (2017), regarding the poetic self and contemporary poetry; Cortázar (1947) and Justino (2015; 2019) about movements outside the self; Klinger (2007) and Nascimento (2017), regarding self-fiction; Deleuze and Guattari (1995; 1997a; 1997b), about some fundamental concepts such as rhizome, body without organs, becoming, etc.; and Busato (2015), regarding the urban space and its relationship with the subjects; among others that serve as a theoretical contribution to the development of this research. This work is divided into three moments. In the first we study the poetry of Cora Coralina, seeking to understand how self-fiction is circumscribed in her texts; in the second, we approach the poetry of Ana Cristina Cesar and Alice Ruiz, understanding how the becoming-woman is engendered by the poets; in the third, we discuss the movements of the poetic voice in the poetry of Marília Garcia. We also emphasize that these concepts intersect, at some point, in the poetic projects of each of the writers, and it is from them that we can understand how movements out of the self happen in their poetry.CAPESUniversidade Estadual da ParaíbaCentro de Educação - CEDUCBrasilUEPBPrograma de Pós-Graduação em Literatura e Interculturalidade - PPGLIJustino, Luciano BarbosaFerreira, Jailma da Costa2020-10-29T12:21:11Z2020-05-29info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfFERREIRA, Jailma da Costa. Movimentos para fora do eu e produção de singularidades na poesia brasileira contemporânea escrita por mulheres. 2020. 100f. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em Literatura e Interculturalidade - PPGLI) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande-PB, 2020http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/3642porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPBinstname:Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)instacron:UEPB2020-10-30T04:20:25Zoai:tede.bc.uepb.edu.br:tede/3642Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/PUBhttp://tede.bc.uepb.edu.br/oai/requestbc@uepb.edu.br||opendoar:2020-10-30T04:20:25Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPB - Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)false |
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