A Tuberculose no Estado da Paraíba, Brasil: análise da incidência, proporção de cura e tempo de tratamento

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Bueno Callou Bernardo de
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPB
Texto Completo: http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/4356
Resumo: Embora de 2007 a 2016 o coeficiente de incidência da tuberculose no Brasil tenha apresentado um percentual de queda média anual de 1,7%, particularmente preocupa a tendência ascendente na notificação de casos novos nos anos que se seguiram. Quanto ao sucesso do tratamento, o país apresentou em 2018 uma proporção de cura de 71,9% dos casos novos de tuberculose pulmonar com confirmação laboratorial, ainda distante do percentual mínimo de 85% preconizado pela Organização Mundial de Saúde, destacando-se que unidades da Federação, especificadamente a Paraíba e o Distrito Federal, apresentaram percentuais de cura para tuberculose inferiores a 60%. Este estudo objetivou avaliar a carga e o impacto da tuberculose no estado da Paraíba na última década. Trata-se de um estudo ecológico composto por três componentes avaliativos dos casos novos de tuberculose, de tuberculose drogarresistente, de tuberculose com Esquema Especial, e de micobacterioses não tuberculosas notificados no estado da Paraíba no período de 2010 a 2019, sendo o primeiro componente de análise da tendência temporal dos coeficientes de incidência, o segundo componente de análise comparativa da proporção de cura, procedendo-se a análise isolada da tendência temporal da proporção de cura dos casos novos de tuberculose com confirmação laboratorial, e o terceiro componente de análise comparativa do tempo de tratamento. Na análise de tendência temporal da incidência dos casos, constatou-se que todos os coeficientes apresentaram padrão de estabilidade no período observado, com discretas variações anuais. Houve diferença estatisticamente significativa na análise comparativa dos percentuais de cura (p < 0,001) e na análise comparativa do tempo de tratamento (p < 0,001). Em ordem decrescente, o percentual de cura dos casos novos de tuberculose foi de 78,6%, o dos casos novos de tuberculose com Esquema Especial foi de 66,9%, o dos casos novos de tuberculose drogarresistente foi de 52,8% e o dos casos novos de micobacterioses não tuberculosas foi de 52,4%, resultado que se associa ecologicamente ao tempo de tratamento dos casos, de maneira que em ordem crescente, os casos novos de tuberculose apresentaram uma média de 6,72 meses de tratamento, os de tuberculose com Esquema Especial de 10,51 meses, os de micobacterioses não tuberculosas de 14,36 meses e os de tuberculose drogarresistente de 14,95 meses. A análise de tendência temporal aplicada para o segundo componente demonstrou que os casos com encerramento ignorado e por transferência têm contribuído preponderantemente para a queda nos últimos anos da proporção de cura da tuberculose no estado da Paraíba. Conclui-se com o estudo que a carga da tuberculose no estado da Paraíba já não apresenta variações anuais decrescentes quando analisada a série histórica recente, e que a quantidade expressiva de casos novos de tuberculose com encerramento ignorado ou por transferência se constitui em danosa lacuna na vigilância da doença, capaz de enviesar o processo informação-decisão-ação. Por fim, pôde-se observar por associação ecológica que conforme o tempo de tratamento dos casos aumenta, o percentual de cura diminui drasticamente.
id UEPB_cae2c298dfcd2de2fb71f30e0353e1d1
oai_identifier_str oai:tede.bc.uepb.edu.br:tede/4356
network_acronym_str UEPB
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPB
repository_id_str
spelling A Tuberculose no Estado da Paraíba, Brasil: análise da incidência, proporção de cura e tempo de tratamentoTuberculosis in the state of Paraíba, Brazil: analysis of incidence, proportion of cure and time of treatmentTuberculoseResistência a medicamentosMonitoramento epidemiológicoMicobactérias não tuberculosas.SAUDE COLETIVA::SAUDE PUBLICAEmbora de 2007 a 2016 o coeficiente de incidência da tuberculose no Brasil tenha apresentado um percentual de queda média anual de 1,7%, particularmente preocupa a tendência ascendente na notificação de casos novos nos anos que se seguiram. Quanto ao sucesso do tratamento, o país apresentou em 2018 uma proporção de cura de 71,9% dos casos novos de tuberculose pulmonar com confirmação laboratorial, ainda distante do percentual mínimo de 85% preconizado pela Organização Mundial de Saúde, destacando-se que unidades da Federação, especificadamente a Paraíba e o Distrito Federal, apresentaram percentuais de cura para tuberculose inferiores a 60%. Este estudo objetivou avaliar a carga e o impacto da tuberculose no estado da Paraíba na última década. Trata-se de um estudo ecológico composto por três componentes avaliativos dos casos novos de tuberculose, de tuberculose drogarresistente, de tuberculose com Esquema Especial, e de micobacterioses não tuberculosas notificados no estado da Paraíba no período de 2010 a 2019, sendo o primeiro componente de análise da tendência temporal dos coeficientes de incidência, o segundo componente de análise comparativa da proporção de cura, procedendo-se a análise isolada da tendência temporal da proporção de cura dos casos novos de tuberculose com confirmação laboratorial, e o terceiro componente de análise comparativa do tempo de tratamento. Na análise de tendência temporal da incidência dos casos, constatou-se que todos os coeficientes apresentaram padrão de estabilidade no período observado, com discretas variações anuais. Houve diferença estatisticamente significativa na análise comparativa dos percentuais de cura (p < 0,001) e na análise comparativa do tempo de tratamento (p < 0,001). Em ordem decrescente, o percentual de cura dos casos novos de tuberculose foi de 78,6%, o dos casos novos de tuberculose com Esquema Especial foi de 66,9%, o dos casos novos de tuberculose drogarresistente foi de 52,8% e o dos casos novos de micobacterioses não tuberculosas foi de 52,4%, resultado que se associa ecologicamente ao tempo de tratamento dos casos, de maneira que em ordem crescente, os casos novos de tuberculose apresentaram uma média de 6,72 meses de tratamento, os de tuberculose com Esquema Especial de 10,51 meses, os de micobacterioses não tuberculosas de 14,36 meses e os de tuberculose drogarresistente de 14,95 meses. A análise de tendência temporal aplicada para o segundo componente demonstrou que os casos com encerramento ignorado e por transferência têm contribuído preponderantemente para a queda nos últimos anos da proporção de cura da tuberculose no estado da Paraíba. Conclui-se com o estudo que a carga da tuberculose no estado da Paraíba já não apresenta variações anuais decrescentes quando analisada a série histórica recente, e que a quantidade expressiva de casos novos de tuberculose com encerramento ignorado ou por transferência se constitui em danosa lacuna na vigilância da doença, capaz de enviesar o processo informação-decisão-ação. Por fim, pôde-se observar por associação ecológica que conforme o tempo de tratamento dos casos aumenta, o percentual de cura diminui drasticamente.Although from 2007 to 2016 the incidence coefficient of tuberculosis in Brazil showed an average annual drop percentage of 1.7%, it is particularly worrying the upward trend in the notification of new cases in the years that followed. Regarding the success of the treatment, the country presented in 2018 a cure rate of 71.9% of the new cases of pulmonary tuberculosis with laboratory confirmation, still far from the minimum percentage of 85% recommended by the World Health Organization, highlighting that units from the Federation, specifically Paraíba and the Federal District, showed cure rates for tuberculosis below 60%. This study aimed to assess the burden and impact of tuberculosis in the state of Paraíba in the last decade. This is an ecological study composed of three evaluative components of new cases of tuberculosis, drug-resistant tuberculosis, of tuberculosis with Special Scheme, and of nontuberculous mycobacterioses notified in the state of Paraíba in the period from 2010 to 2019, being the first component of analysis of the time trend of the incidence coefficients, the second component of comparative analysis of the proportion of cure, proceeding if the isolated analysis of the temporal trend of the cure rate of new cases of tuberculosis with laboratory confirmation, and the third component of comparative analysis of treatment time. In the analysis of the temporal trend of the incidence of cases, it was found that all the coefficients showed a pattern of stability in the period observed, with slight annual variations. There was a statistically significant difference in the comparative analysis of cure percentages (p <0.001) and in the comparative analysis of treatment time (p <0.001). In decreasing order, the cure rate for new cases of tuberculosis was 78.6%, for new cases of tuberculosis with Special Scheme, 66.9%, for new cases of drug-resistant tuberculosis, 52.8% and the number of new cases of nontuberculous mycobacteriosis was 52.4%, a result that is ecologically associated with the treatment time of the cases, so that in an increasing order, the new cases of tuberculosis presented an average of 6.72 months of treatment, those with tuberculosis with a Special Scheme of 10.51 months, those with nontuberculous mycobacterioses of 14.36 months and those with drug-resistant tuberculosis of 14.95 months. The analysis of the temporal trend applied to the second component showed that the cases with ignored closure and transfer have contributed predominantly to the decrease in the proportion of tuberculosis cure in the state of Paraíba in recent years. It is concluded with the study that the burden of tuberculosis in the state of Paraíba no longer shows decreasing annual variations when analyzing the recent historical series, and that the expressive number of new cases of tuberculosis with ignored closure or by transfer constitutes fearful gap in disease surveillance, capable of skewing the information-decision-action process. Finally, it was possible to observe by ecological association that as the treatment time of the cases increases, the percentage of cure decreases dramatically.Universidade Estadual da ParaíbaPró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGPBrasilUEPBPrograma de Pós-Graduação em Saúde Pública - PPGSPFigueiredo, Tânia Maria Ribeiro Monteiro dehttp://lattes.cnpq.br/4012484326422419Souza, Cláudia Santos Martinianohttp://lattes.cnpq.br/6402590026361880Hino, Paulahttp://lattes.cnpq.br/6815362006090017Oliveira, Bueno Callou Bernardo de2022-05-16T11:05:05Z2999-12-312020-09-22info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfOliveira, Bueno Callou Bernardo de. A tuberculose no estado da Paraíba, Brasil: análise da incidência, proporção de cura e tempo de tratamento. 2020. 65f. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública - PPGSP) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande - PB, 2022.http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/4356porALIPANAH, N. Et al. Adherence interventions and outcomes of tuberculosis treatment: A systematic reviewandmeta-analysis of trials and observational studies. PLoSMed 15(7): e1002595, 2018. BARTHOLOMAY, P.et al. Sistema de Informação de Tratamentos Especiais de Tuberculose (SITE-TB): histórico, descrição e perspectivas. Epidemiol. Serv. Saude, Brasília, 28(2):e2018158, 2019. BERTOLOZZI, M. R. et al. Os conceitos de vulnerabilidade e adesão na Saúde Coletiva. Rev Esc Enferm USP. 2009;43(2 Esp):1326-30 BRASIL. Presidência da República. Lei no 6.259, de 30 de outubro de 1975. Dispõe sobre as organizações de Vigilância Epidemiológica, sobre o Programa Nacional de Imunizações, estabelece normas relativas à notificação compulsória de doenças, e dá outras providências [Internet]. Diário Oficial da União, Brasília (DF), 1975 out 31. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ leis/L6259.htm BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Programa Nacional de Controle da Tuberculose. Nota técnica sobre as mudanças no tratamento da tuberculose no Brasil para adultos e adolescentes. Brasília; 2009. Disponível em: http://www.saude.pr.gov.br/arquivos/File/DECA/TB/arq_capacitacao/Capacit_MudanTBnoBr/12.pdf BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução n. 466, de 12 de dezembro de 2012. Aprova diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Brasília, Diário Oficial da União, 12 dez. 2012. Disponível em: https://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2012/Reso466.pdf BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Rede de Teste Rápido para Tuberculose no Brasil - Primeiro ano de implantação. Brasília: Ministério da Saúde; 2015. Disponíbel em: https://www.saude.gov.br/images/pdf/2016/janeiro/19/rtr-tb-15jan16-isbn-web.pdf BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica Boletim epidemiológico. Brasília: Ministério da Saúde, v. 48, n. 8, 2017a. Disponível em: < http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2017/marco/23/2017-V-48-N-8-Indicadores-priorit--rios-para-o-monitoramento-do-Plano-Nacional-pelo-Fim-da-Tuberculose-como-Problema-de-Sa--de-P--blica-no-Brasil.pdf BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Brasil Livre da Tuberculose: Plano Nacional pelo Fim da Tuberculose como Problema de Saúde Pública. Brasília: Ministério da Saúde, 2017b. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Manual de Recomendações para o Controle da tuberculose no Brasil. Brasília: Ministério da Saúde, 2019. Disponível em: < http://www.saude.mg.gov.br/tuberculose BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Boletim Epidemiológico. Brasília: Ministério da Saúde. Número Especial, 2020. Disponível em: < https://www.saude.gov.br/images/pdf/2020/marco/24/Boletim-tuberculose-2020-marcas--1-.pdf CAMINERO-LUNA, J. A. Actualización en el diagnóstico y tratamiento de la tuberculosis pulmonar. Revista Clínica Española, v. 216, n. 2, p. 76–84, 2016. Disponível em: https://grupoinfeccsomamfyc.files.wordpress.com/2016/05/actualizacic3b3n-en-manejo-y- tratamiento-de-tbc-2016-caminero.pdf CASELA, M. et al. Teste rápido molecular para tuberculose: avaliação do impacto de seu uso na rotina em um hospital de referência. J Bras Pneumol. 44(2):112-117, 2018. IBGE. Cidades e estados. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Acesso em: 15 de janeiro de 2019a. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados/pb.html IBGE. Estimativas da população. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Acesso em: 15 de janeiro de 2019b. https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/populacao/9103-estimativas-de-populacao.html?=&t=downloads MIRANDA, S. S. de Tratamento da Tuberculose em Situações Especiais. Pulmão RJ;21(1):68-71, 2012. MUTALE, W. et al. Improving health information systems for decision making across five sub-Saharan African countries: Implementation strategies from the African Health Initiative. BMC Health Serv Res 2013, S9 (2013). Disponível em: https://doi.org/10.1186/1472-6963-13-S2-S9 NAHID, P. et al. Official American Thoracic Society/Centers for Disease Control and Prevention/Infectious Diseases Society of America Clinical Practice Guidelines: Treatment of Drug-Susceptible Tuberculosis. ATS/CDC/IDSA Clinical Practice Guidelines for Drug-Susceptible TB. CID :63 (1 October), 853, 2016. PARAÍBA. Secretaria de Estado da Saúde. Gerência de Planejamento e Gestão. Plano diretor de regionalização da Paraíba – PDR-PB. João Pessoa: Secretaria de Estado da Saúde, 2008. http://www.saude.pb.gov.br/site/PDR08.pdf. Acessado em 15 de janeiro de 2019. RABAHI, M. F. et al. Tratamento da tuberculose. Jornal Brasileiro de Pneumologia, Brasília, v. 43, n. 6, p. 472-486, 2017. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/jbpneu/v43n6/pt_1806-3713-jbpneu-43-06-00472.pdf ROCHA, M. S. Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan): principais características da notificação e da análise de dados relacionada à tuberculose. Epidemiol. Serv. Saude, Brasília, 29(1):e2019017, 2020. SONG, J. H. et al. The clinical impact of drug-induced hepatotoxicity on anti-tuberculosis therapy: a case control study. Respiratory Research 20:283, 2019. Disponível em: https://doi.org/10.1186/s12931-019-1256-y TB CARE I. International Standards for Tuberculosis Care. Edition 3. TB CARE I, The Hague, 2014. Disponível em: https://www.who.int/tb/publications/ISTC_3rdEd.pdf THOMAZ, E. B. A. F. et al. Conceitos e ferramentas da epidemiologia. São Luís: EDUFMA, 2015. Disponível em: https://ares.unasus.gov.br/acervo/html/ARES/7462/1/Livro%202%20-%20Conceitos%20e%20ferramentas%20da%20epidemiologia.pdf TEIXEIRA, M. G. et al. Seleção das doenças de notificação compulsória: critérios e recomendações para as três esferas de governo. Inf Epidemiol Sus 1998;7(1):7-28. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Global strategy and targets for tuberculosis prevention, care and control after 2015 [Internet]. Geneva: WHO; 2013 [cited 2017 May 26]. 2 p. Disponível em: https://www.who.int/tb/strategy/End_TB_Strategy.pdf WORLD HEALTH ORGANIZATION. Global Tuberculosis Report 2019. Geneva: WHO; 2019. Licence: CC BY-NC-SA 3.0 IGO. Acesso em 04 de janeiro de 2020. Disponível em: https://www.who.int/tb/publications/global_report/en/info:eu-repo/semantics/embargoedAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPBinstname:Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)instacron:UEPB2022-05-16T11:05:19Zoai:tede.bc.uepb.edu.br:tede/4356Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/PUBhttp://tede.bc.uepb.edu.br/oai/requestbc@uepb.edu.br||opendoar:2022-05-16T11:05:19Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPB - Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)false
dc.title.none.fl_str_mv A Tuberculose no Estado da Paraíba, Brasil: análise da incidência, proporção de cura e tempo de tratamento
Tuberculosis in the state of Paraíba, Brazil: analysis of incidence, proportion of cure and time of treatment
title A Tuberculose no Estado da Paraíba, Brasil: análise da incidência, proporção de cura e tempo de tratamento
spellingShingle A Tuberculose no Estado da Paraíba, Brasil: análise da incidência, proporção de cura e tempo de tratamento
Oliveira, Bueno Callou Bernardo de
Tuberculose
Resistência a medicamentos
Monitoramento epidemiológico
Micobactérias não tuberculosas.
SAUDE COLETIVA::SAUDE PUBLICA
title_short A Tuberculose no Estado da Paraíba, Brasil: análise da incidência, proporção de cura e tempo de tratamento
title_full A Tuberculose no Estado da Paraíba, Brasil: análise da incidência, proporção de cura e tempo de tratamento
title_fullStr A Tuberculose no Estado da Paraíba, Brasil: análise da incidência, proporção de cura e tempo de tratamento
title_full_unstemmed A Tuberculose no Estado da Paraíba, Brasil: análise da incidência, proporção de cura e tempo de tratamento
title_sort A Tuberculose no Estado da Paraíba, Brasil: análise da incidência, proporção de cura e tempo de tratamento
author Oliveira, Bueno Callou Bernardo de
author_facet Oliveira, Bueno Callou Bernardo de
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Figueiredo, Tânia Maria Ribeiro Monteiro de
http://lattes.cnpq.br/4012484326422419
Souza, Cláudia Santos Martiniano
http://lattes.cnpq.br/6402590026361880
Hino, Paula
http://lattes.cnpq.br/6815362006090017
dc.contributor.author.fl_str_mv Oliveira, Bueno Callou Bernardo de
dc.subject.por.fl_str_mv Tuberculose
Resistência a medicamentos
Monitoramento epidemiológico
Micobactérias não tuberculosas.
SAUDE COLETIVA::SAUDE PUBLICA
topic Tuberculose
Resistência a medicamentos
Monitoramento epidemiológico
Micobactérias não tuberculosas.
SAUDE COLETIVA::SAUDE PUBLICA
description Embora de 2007 a 2016 o coeficiente de incidência da tuberculose no Brasil tenha apresentado um percentual de queda média anual de 1,7%, particularmente preocupa a tendência ascendente na notificação de casos novos nos anos que se seguiram. Quanto ao sucesso do tratamento, o país apresentou em 2018 uma proporção de cura de 71,9% dos casos novos de tuberculose pulmonar com confirmação laboratorial, ainda distante do percentual mínimo de 85% preconizado pela Organização Mundial de Saúde, destacando-se que unidades da Federação, especificadamente a Paraíba e o Distrito Federal, apresentaram percentuais de cura para tuberculose inferiores a 60%. Este estudo objetivou avaliar a carga e o impacto da tuberculose no estado da Paraíba na última década. Trata-se de um estudo ecológico composto por três componentes avaliativos dos casos novos de tuberculose, de tuberculose drogarresistente, de tuberculose com Esquema Especial, e de micobacterioses não tuberculosas notificados no estado da Paraíba no período de 2010 a 2019, sendo o primeiro componente de análise da tendência temporal dos coeficientes de incidência, o segundo componente de análise comparativa da proporção de cura, procedendo-se a análise isolada da tendência temporal da proporção de cura dos casos novos de tuberculose com confirmação laboratorial, e o terceiro componente de análise comparativa do tempo de tratamento. Na análise de tendência temporal da incidência dos casos, constatou-se que todos os coeficientes apresentaram padrão de estabilidade no período observado, com discretas variações anuais. Houve diferença estatisticamente significativa na análise comparativa dos percentuais de cura (p < 0,001) e na análise comparativa do tempo de tratamento (p < 0,001). Em ordem decrescente, o percentual de cura dos casos novos de tuberculose foi de 78,6%, o dos casos novos de tuberculose com Esquema Especial foi de 66,9%, o dos casos novos de tuberculose drogarresistente foi de 52,8% e o dos casos novos de micobacterioses não tuberculosas foi de 52,4%, resultado que se associa ecologicamente ao tempo de tratamento dos casos, de maneira que em ordem crescente, os casos novos de tuberculose apresentaram uma média de 6,72 meses de tratamento, os de tuberculose com Esquema Especial de 10,51 meses, os de micobacterioses não tuberculosas de 14,36 meses e os de tuberculose drogarresistente de 14,95 meses. A análise de tendência temporal aplicada para o segundo componente demonstrou que os casos com encerramento ignorado e por transferência têm contribuído preponderantemente para a queda nos últimos anos da proporção de cura da tuberculose no estado da Paraíba. Conclui-se com o estudo que a carga da tuberculose no estado da Paraíba já não apresenta variações anuais decrescentes quando analisada a série histórica recente, e que a quantidade expressiva de casos novos de tuberculose com encerramento ignorado ou por transferência se constitui em danosa lacuna na vigilância da doença, capaz de enviesar o processo informação-decisão-ação. Por fim, pôde-se observar por associação ecológica que conforme o tempo de tratamento dos casos aumenta, o percentual de cura diminui drasticamente.
publishDate 2020
dc.date.none.fl_str_mv 2020-09-22
2022-05-16T11:05:05Z
2999-12-31
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv Oliveira, Bueno Callou Bernardo de. A tuberculose no estado da Paraíba, Brasil: análise da incidência, proporção de cura e tempo de tratamento. 2020. 65f. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública - PPGSP) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande - PB, 2022.
http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/4356
identifier_str_mv Oliveira, Bueno Callou Bernardo de. A tuberculose no estado da Paraíba, Brasil: análise da incidência, proporção de cura e tempo de tratamento. 2020. 65f. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública - PPGSP) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande - PB, 2022.
url http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/4356
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv ALIPANAH, N. Et al. Adherence interventions and outcomes of tuberculosis treatment: A systematic reviewandmeta-analysis of trials and observational studies. PLoSMed 15(7): e1002595, 2018. BARTHOLOMAY, P.et al. Sistema de Informação de Tratamentos Especiais de Tuberculose (SITE-TB): histórico, descrição e perspectivas. Epidemiol. Serv. Saude, Brasília, 28(2):e2018158, 2019. BERTOLOZZI, M. R. et al. Os conceitos de vulnerabilidade e adesão na Saúde Coletiva. Rev Esc Enferm USP. 2009;43(2 Esp):1326-30 BRASIL. Presidência da República. Lei no 6.259, de 30 de outubro de 1975. Dispõe sobre as organizações de Vigilância Epidemiológica, sobre o Programa Nacional de Imunizações, estabelece normas relativas à notificação compulsória de doenças, e dá outras providências [Internet]. Diário Oficial da União, Brasília (DF), 1975 out 31. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ leis/L6259.htm BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Programa Nacional de Controle da Tuberculose. Nota técnica sobre as mudanças no tratamento da tuberculose no Brasil para adultos e adolescentes. Brasília; 2009. Disponível em: http://www.saude.pr.gov.br/arquivos/File/DECA/TB/arq_capacitacao/Capacit_MudanTBnoBr/12.pdf BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução n. 466, de 12 de dezembro de 2012. Aprova diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Brasília, Diário Oficial da União, 12 dez. 2012. Disponível em: https://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2012/Reso466.pdf BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Rede de Teste Rápido para Tuberculose no Brasil - Primeiro ano de implantação. Brasília: Ministério da Saúde; 2015. Disponíbel em: https://www.saude.gov.br/images/pdf/2016/janeiro/19/rtr-tb-15jan16-isbn-web.pdf BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica Boletim epidemiológico. Brasília: Ministério da Saúde, v. 48, n. 8, 2017a. Disponível em: < http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2017/marco/23/2017-V-48-N-8-Indicadores-priorit--rios-para-o-monitoramento-do-Plano-Nacional-pelo-Fim-da-Tuberculose-como-Problema-de-Sa--de-P--blica-no-Brasil.pdf BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Brasil Livre da Tuberculose: Plano Nacional pelo Fim da Tuberculose como Problema de Saúde Pública. Brasília: Ministério da Saúde, 2017b. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Manual de Recomendações para o Controle da tuberculose no Brasil. Brasília: Ministério da Saúde, 2019. Disponível em: < http://www.saude.mg.gov.br/tuberculose BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Boletim Epidemiológico. Brasília: Ministério da Saúde. Número Especial, 2020. Disponível em: < https://www.saude.gov.br/images/pdf/2020/marco/24/Boletim-tuberculose-2020-marcas--1-.pdf CAMINERO-LUNA, J. A. Actualización en el diagnóstico y tratamiento de la tuberculosis pulmonar. Revista Clínica Española, v. 216, n. 2, p. 76–84, 2016. Disponível em: https://grupoinfeccsomamfyc.files.wordpress.com/2016/05/actualizacic3b3n-en-manejo-y- tratamiento-de-tbc-2016-caminero.pdf CASELA, M. et al. Teste rápido molecular para tuberculose: avaliação do impacto de seu uso na rotina em um hospital de referência. J Bras Pneumol. 44(2):112-117, 2018. IBGE. Cidades e estados. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Acesso em: 15 de janeiro de 2019a. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados/pb.html IBGE. Estimativas da população. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Acesso em: 15 de janeiro de 2019b. https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/populacao/9103-estimativas-de-populacao.html?=&t=downloads MIRANDA, S. S. de Tratamento da Tuberculose em Situações Especiais. Pulmão RJ;21(1):68-71, 2012. MUTALE, W. et al. Improving health information systems for decision making across five sub-Saharan African countries: Implementation strategies from the African Health Initiative. BMC Health Serv Res 2013, S9 (2013). Disponível em: https://doi.org/10.1186/1472-6963-13-S2-S9 NAHID, P. et al. Official American Thoracic Society/Centers for Disease Control and Prevention/Infectious Diseases Society of America Clinical Practice Guidelines: Treatment of Drug-Susceptible Tuberculosis. ATS/CDC/IDSA Clinical Practice Guidelines for Drug-Susceptible TB. CID :63 (1 October), 853, 2016. PARAÍBA. Secretaria de Estado da Saúde. Gerência de Planejamento e Gestão. Plano diretor de regionalização da Paraíba – PDR-PB. João Pessoa: Secretaria de Estado da Saúde, 2008. http://www.saude.pb.gov.br/site/PDR08.pdf. Acessado em 15 de janeiro de 2019. RABAHI, M. F. et al. Tratamento da tuberculose. Jornal Brasileiro de Pneumologia, Brasília, v. 43, n. 6, p. 472-486, 2017. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/jbpneu/v43n6/pt_1806-3713-jbpneu-43-06-00472.pdf ROCHA, M. S. Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan): principais características da notificação e da análise de dados relacionada à tuberculose. Epidemiol. Serv. Saude, Brasília, 29(1):e2019017, 2020. SONG, J. H. et al. The clinical impact of drug-induced hepatotoxicity on anti-tuberculosis therapy: a case control study. Respiratory Research 20:283, 2019. Disponível em: https://doi.org/10.1186/s12931-019-1256-y TB CARE I. International Standards for Tuberculosis Care. Edition 3. TB CARE I, The Hague, 2014. Disponível em: https://www.who.int/tb/publications/ISTC_3rdEd.pdf THOMAZ, E. B. A. F. et al. Conceitos e ferramentas da epidemiologia. São Luís: EDUFMA, 2015. Disponível em: https://ares.unasus.gov.br/acervo/html/ARES/7462/1/Livro%202%20-%20Conceitos%20e%20ferramentas%20da%20epidemiologia.pdf TEIXEIRA, M. G. et al. Seleção das doenças de notificação compulsória: critérios e recomendações para as três esferas de governo. Inf Epidemiol Sus 1998;7(1):7-28. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Global strategy and targets for tuberculosis prevention, care and control after 2015 [Internet]. Geneva: WHO; 2013 [cited 2017 May 26]. 2 p. Disponível em: https://www.who.int/tb/strategy/End_TB_Strategy.pdf WORLD HEALTH ORGANIZATION. Global Tuberculosis Report 2019. Geneva: WHO; 2019. Licence: CC BY-NC-SA 3.0 IGO. Acesso em 04 de janeiro de 2020. Disponível em: https://www.who.int/tb/publications/global_report/en/
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/embargoedAccess
eu_rights_str_mv embargoedAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Estadual da Paraíba
Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP
Brasil
UEPB
Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública - PPGSP
publisher.none.fl_str_mv Universidade Estadual da Paraíba
Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP
Brasil
UEPB
Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública - PPGSP
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPB
instname:Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)
instacron:UEPB
instname_str Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)
instacron_str UEPB
institution UEPB
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPB
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPB
repository.name.fl_str_mv Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPB - Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)
repository.mail.fl_str_mv bc@uepb.edu.br||
_version_ 1809458431327731712