A Tuberculose no Estado da Paraíba, Brasil: análise da incidência, proporção de cura e tempo de tratamento
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPB |
Texto Completo: | http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/4356 |
Resumo: | Embora de 2007 a 2016 o coeficiente de incidência da tuberculose no Brasil tenha apresentado um percentual de queda média anual de 1,7%, particularmente preocupa a tendência ascendente na notificação de casos novos nos anos que se seguiram. Quanto ao sucesso do tratamento, o país apresentou em 2018 uma proporção de cura de 71,9% dos casos novos de tuberculose pulmonar com confirmação laboratorial, ainda distante do percentual mínimo de 85% preconizado pela Organização Mundial de Saúde, destacando-se que unidades da Federação, especificadamente a Paraíba e o Distrito Federal, apresentaram percentuais de cura para tuberculose inferiores a 60%. Este estudo objetivou avaliar a carga e o impacto da tuberculose no estado da Paraíba na última década. Trata-se de um estudo ecológico composto por três componentes avaliativos dos casos novos de tuberculose, de tuberculose drogarresistente, de tuberculose com Esquema Especial, e de micobacterioses não tuberculosas notificados no estado da Paraíba no período de 2010 a 2019, sendo o primeiro componente de análise da tendência temporal dos coeficientes de incidência, o segundo componente de análise comparativa da proporção de cura, procedendo-se a análise isolada da tendência temporal da proporção de cura dos casos novos de tuberculose com confirmação laboratorial, e o terceiro componente de análise comparativa do tempo de tratamento. Na análise de tendência temporal da incidência dos casos, constatou-se que todos os coeficientes apresentaram padrão de estabilidade no período observado, com discretas variações anuais. Houve diferença estatisticamente significativa na análise comparativa dos percentuais de cura (p < 0,001) e na análise comparativa do tempo de tratamento (p < 0,001). Em ordem decrescente, o percentual de cura dos casos novos de tuberculose foi de 78,6%, o dos casos novos de tuberculose com Esquema Especial foi de 66,9%, o dos casos novos de tuberculose drogarresistente foi de 52,8% e o dos casos novos de micobacterioses não tuberculosas foi de 52,4%, resultado que se associa ecologicamente ao tempo de tratamento dos casos, de maneira que em ordem crescente, os casos novos de tuberculose apresentaram uma média de 6,72 meses de tratamento, os de tuberculose com Esquema Especial de 10,51 meses, os de micobacterioses não tuberculosas de 14,36 meses e os de tuberculose drogarresistente de 14,95 meses. A análise de tendência temporal aplicada para o segundo componente demonstrou que os casos com encerramento ignorado e por transferência têm contribuído preponderantemente para a queda nos últimos anos da proporção de cura da tuberculose no estado da Paraíba. Conclui-se com o estudo que a carga da tuberculose no estado da Paraíba já não apresenta variações anuais decrescentes quando analisada a série histórica recente, e que a quantidade expressiva de casos novos de tuberculose com encerramento ignorado ou por transferência se constitui em danosa lacuna na vigilância da doença, capaz de enviesar o processo informação-decisão-ação. Por fim, pôde-se observar por associação ecológica que conforme o tempo de tratamento dos casos aumenta, o percentual de cura diminui drasticamente. |
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A Tuberculose no Estado da Paraíba, Brasil: análise da incidência, proporção de cura e tempo de tratamentoTuberculosis in the state of Paraíba, Brazil: analysis of incidence, proportion of cure and time of treatmentTuberculoseResistência a medicamentosMonitoramento epidemiológicoMicobactérias não tuberculosas.SAUDE COLETIVA::SAUDE PUBLICAEmbora de 2007 a 2016 o coeficiente de incidência da tuberculose no Brasil tenha apresentado um percentual de queda média anual de 1,7%, particularmente preocupa a tendência ascendente na notificação de casos novos nos anos que se seguiram. Quanto ao sucesso do tratamento, o país apresentou em 2018 uma proporção de cura de 71,9% dos casos novos de tuberculose pulmonar com confirmação laboratorial, ainda distante do percentual mínimo de 85% preconizado pela Organização Mundial de Saúde, destacando-se que unidades da Federação, especificadamente a Paraíba e o Distrito Federal, apresentaram percentuais de cura para tuberculose inferiores a 60%. Este estudo objetivou avaliar a carga e o impacto da tuberculose no estado da Paraíba na última década. Trata-se de um estudo ecológico composto por três componentes avaliativos dos casos novos de tuberculose, de tuberculose drogarresistente, de tuberculose com Esquema Especial, e de micobacterioses não tuberculosas notificados no estado da Paraíba no período de 2010 a 2019, sendo o primeiro componente de análise da tendência temporal dos coeficientes de incidência, o segundo componente de análise comparativa da proporção de cura, procedendo-se a análise isolada da tendência temporal da proporção de cura dos casos novos de tuberculose com confirmação laboratorial, e o terceiro componente de análise comparativa do tempo de tratamento. Na análise de tendência temporal da incidência dos casos, constatou-se que todos os coeficientes apresentaram padrão de estabilidade no período observado, com discretas variações anuais. Houve diferença estatisticamente significativa na análise comparativa dos percentuais de cura (p < 0,001) e na análise comparativa do tempo de tratamento (p < 0,001). Em ordem decrescente, o percentual de cura dos casos novos de tuberculose foi de 78,6%, o dos casos novos de tuberculose com Esquema Especial foi de 66,9%, o dos casos novos de tuberculose drogarresistente foi de 52,8% e o dos casos novos de micobacterioses não tuberculosas foi de 52,4%, resultado que se associa ecologicamente ao tempo de tratamento dos casos, de maneira que em ordem crescente, os casos novos de tuberculose apresentaram uma média de 6,72 meses de tratamento, os de tuberculose com Esquema Especial de 10,51 meses, os de micobacterioses não tuberculosas de 14,36 meses e os de tuberculose drogarresistente de 14,95 meses. A análise de tendência temporal aplicada para o segundo componente demonstrou que os casos com encerramento ignorado e por transferência têm contribuído preponderantemente para a queda nos últimos anos da proporção de cura da tuberculose no estado da Paraíba. Conclui-se com o estudo que a carga da tuberculose no estado da Paraíba já não apresenta variações anuais decrescentes quando analisada a série histórica recente, e que a quantidade expressiva de casos novos de tuberculose com encerramento ignorado ou por transferência se constitui em danosa lacuna na vigilância da doença, capaz de enviesar o processo informação-decisão-ação. Por fim, pôde-se observar por associação ecológica que conforme o tempo de tratamento dos casos aumenta, o percentual de cura diminui drasticamente.Although from 2007 to 2016 the incidence coefficient of tuberculosis in Brazil showed an average annual drop percentage of 1.7%, it is particularly worrying the upward trend in the notification of new cases in the years that followed. Regarding the success of the treatment, the country presented in 2018 a cure rate of 71.9% of the new cases of pulmonary tuberculosis with laboratory confirmation, still far from the minimum percentage of 85% recommended by the World Health Organization, highlighting that units from the Federation, specifically Paraíba and the Federal District, showed cure rates for tuberculosis below 60%. This study aimed to assess the burden and impact of tuberculosis in the state of Paraíba in the last decade. This is an ecological study composed of three evaluative components of new cases of tuberculosis, drug-resistant tuberculosis, of tuberculosis with Special Scheme, and of nontuberculous mycobacterioses notified in the state of Paraíba in the period from 2010 to 2019, being the first component of analysis of the time trend of the incidence coefficients, the second component of comparative analysis of the proportion of cure, proceeding if the isolated analysis of the temporal trend of the cure rate of new cases of tuberculosis with laboratory confirmation, and the third component of comparative analysis of treatment time. In the analysis of the temporal trend of the incidence of cases, it was found that all the coefficients showed a pattern of stability in the period observed, with slight annual variations. There was a statistically significant difference in the comparative analysis of cure percentages (p <0.001) and in the comparative analysis of treatment time (p <0.001). In decreasing order, the cure rate for new cases of tuberculosis was 78.6%, for new cases of tuberculosis with Special Scheme, 66.9%, for new cases of drug-resistant tuberculosis, 52.8% and the number of new cases of nontuberculous mycobacteriosis was 52.4%, a result that is ecologically associated with the treatment time of the cases, so that in an increasing order, the new cases of tuberculosis presented an average of 6.72 months of treatment, those with tuberculosis with a Special Scheme of 10.51 months, those with nontuberculous mycobacterioses of 14.36 months and those with drug-resistant tuberculosis of 14.95 months. The analysis of the temporal trend applied to the second component showed that the cases with ignored closure and transfer have contributed predominantly to the decrease in the proportion of tuberculosis cure in the state of Paraíba in recent years. It is concluded with the study that the burden of tuberculosis in the state of Paraíba no longer shows decreasing annual variations when analyzing the recent historical series, and that the expressive number of new cases of tuberculosis with ignored closure or by transfer constitutes fearful gap in disease surveillance, capable of skewing the information-decision-action process. Finally, it was possible to observe by ecological association that as the treatment time of the cases increases, the percentage of cure decreases dramatically.Universidade Estadual da ParaíbaPró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGPBrasilUEPBPrograma de Pós-Graduação em Saúde Pública - PPGSPFigueiredo, Tânia Maria Ribeiro Monteiro dehttp://lattes.cnpq.br/4012484326422419Souza, Cláudia Santos Martinianohttp://lattes.cnpq.br/6402590026361880Hino, Paulahttp://lattes.cnpq.br/6815362006090017Oliveira, Bueno Callou Bernardo de2022-05-16T11:05:05Z2999-12-312020-09-22info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfOliveira, Bueno Callou Bernardo de. A tuberculose no estado da Paraíba, Brasil: análise da incidência, proporção de cura e tempo de tratamento. 2020. 65f. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública - PPGSP) - Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande - PB, 2022.http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/4356porALIPANAH, N. Et al. Adherence interventions and outcomes of tuberculosis treatment: A systematic reviewandmeta-analysis of trials and observational studies. PLoSMed 15(7): e1002595, 2018. BARTHOLOMAY, P.et al. Sistema de Informação de Tratamentos Especiais de Tuberculose (SITE-TB): histórico, descrição e perspectivas. Epidemiol. Serv. Saude, Brasília, 28(2):e2018158, 2019. BERTOLOZZI, M. R. et al. Os conceitos de vulnerabilidade e adesão na Saúde Coletiva. Rev Esc Enferm USP. 2009;43(2 Esp):1326-30 BRASIL. Presidência da República. Lei no 6.259, de 30 de outubro de 1975. Dispõe sobre as organizações de Vigilância Epidemiológica, sobre o Programa Nacional de Imunizações, estabelece normas relativas à notificação compulsória de doenças, e dá outras providências [Internet]. 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Disponível em: < http://www.saude.mg.gov.br/tuberculose BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Boletim Epidemiológico. Brasília: Ministério da Saúde. Número Especial, 2020. Disponível em: < https://www.saude.gov.br/images/pdf/2020/marco/24/Boletim-tuberculose-2020-marcas--1-.pdf CAMINERO-LUNA, J. A. Actualización en el diagnóstico y tratamiento de la tuberculosis pulmonar. Revista Clínica Española, v. 216, n. 2, p. 76–84, 2016. Disponível em: https://grupoinfeccsomamfyc.files.wordpress.com/2016/05/actualizacic3b3n-en-manejo-y- tratamiento-de-tbc-2016-caminero.pdf CASELA, M. et al. Teste rápido molecular para tuberculose: avaliação do impacto de seu uso na rotina em um hospital de referência. J Bras Pneumol. 44(2):112-117, 2018. IBGE. Cidades e estados. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Acesso em: 15 de janeiro de 2019a. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados/pb.html IBGE. 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