Composição química e atividade antibacteriana dos óleos essenciais de Croton urticifolius LAM. e Croton adamantinus MÜLL. ARG. (EUPHORBIACEAE)

• Autor(a) principal: Barbosa, Antonio Junior Costa
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPB
• Texto Completo: http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/4054
• topic: Marmeleiro; Hidrodestilação; Química medicinal; Atividade antibacteriana; Hydrodistillation; CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::QUIMICA

O gênero Croton, um dos maiores da família Euphorbiaceae, possui espécies aromáticas produtoras de óleos essenciais que são caracterizadas por apresentarem atividades biológicas: anti-inflamatória, antioxidante, antimicrobiana, citotóxica, entre outras. O objetivo deste trabalho foi investigar a composição química e a atividade antibacteriana dos óleos essenciais das folhas de Croton urticifolius (OCU) e Croton adamantinus (OCA) coletadas no município de Areia – PB. Os óleos essenciais das folhas frescas das espécies de Croton foram extraídos por hidrodestilação em aparelho do tipo Clevenger e analisados por cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas (CG/EM) para identificar a composição química. A análise por CG/EM permitiu a identificação de 22 compostos (95,0%), com a sua maioria sendo sesquiterpenoides. Os principais compostos para o óleo de C. urticifolius foram α pineno (21,70%), biciclogermacreno (21,46%) e (E)-cariofileno (17,34%), e para o óleo de C. adamantinus foram o biciclogermacreno (36,47%), γ-amorfeno (22,91%) e (E)-cariofileno (9,22%). A atividade antibacteriana dos óleos foi testada frente às cepas Staphylococcus aureus (ATCC 6538) e Escherichia coli (ATCC 8739), pelo método de Concentração Inibitória Mínima (CIM) em placas de 96 poços (microdiluição). O OCU apresentou atividade fraca frente à E. coli, com CIM de 512 μg.mL-1 . Enquanto o OCA não apresentou atividade frente a nenhuma cepa testada. O efeito modulador dos óleos foi avaliado frente à cepa de S. aureus multidroga resistente (UFPEDA 802) e os resultados obtidos demonstram que a associação para o OCU e para o OCA com o antibiótico Ciprofloxacino são positivas, pois leva à potencialização do efeito antibiótico. É necessário obter dados mais concretos para o uso seguro dessas combinações, atentando-se para a existência de algum tipo de reação de toxicidade existente relacionada ao fitoterápico e entender os mecanismos de resistência adquiridos pelo microrganismo.