Estimulação cognitiva em Idosos: uma proposta de intervenção online em tempos de pandemia

• Autor(a) principal: Firmino, Rafael Gomes
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPB
• Texto Completo: http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/4130
• topic: Envelhecimento; Saúde do idoso; Desenvolvimento cognitivo; Desempenho cognitivo; Estado cognitivo; PSICOLOGIA::PSICOLOGIA COGNITIVA

O presente estudo teve por objetivo avaliar a proposta de intervenção cognitiva no ambiente virtual com idosos no segundo ano de pandemia e suas implicações no desempenho cognitivo. A Estimulação Cognitiva - EC pode ser compreendida como uma ferramenta essencial para a potencialização das funções cognitivas em pessoas de todas as faixas etárias e sabe-se que há declínio cognitivo no envelhecimento humano. Portanto, a intervenção com foco cognitivo torna-se fundamental para melhoria e manutenção das habilidades cognitivas na vida cotidiana da pessoa idosa. Para alcance do objetivo geral, o estudo foi dividido em dois artigos: o primeiro artigo versa sobre o perfil social, o desempenho cognitivo e funcional das participantes, a partir de uma análise mais descritiva dos dados. Observou-se um bom desempenho funcional e cognitivo nas idosas, além de um perfil social mais diversificado levando em consideração as realidades distintas e o acesso à educação, a crenças, moradia, renda e outros. No segundo artigo, foi proposto a realização do estudo quase-experimental, em que as participantes tiveram de passar pelas fases pré-teste e pós-teste. O objetivo do artigo original foi de avaliar os benefícios da estimulação cognitiva online e consequentemente comparar o desempenho dessas idosas após as sessões de intervenção cognitiva. A amostra do estudo contou com a participação de 20 idosas que foram recrutadas por amostragem não probabilística e selecionadas no campo de conveniência por meio do método bola de neve. Estas foram divididas em dois grupos. Grupo Experimental – GE e Grupo Controle – GC. Cada grupo contou com 10 participantes. Nas fases de avaliação foram utilizados os seguintes instrumentos para a coleta de dados: Perfil Sociodemográfico, Mini Exame do Estado Mental – MEEM, Escala de Atividades Instrumentais da Vida Diária – AIVD Lawton & Brody, Escala de Depressão Geriátrica – EGD e o Questionário Multifatorial de Memória – MMQ. As intervenções cognitivas ocorreram durante seis encontros semanais, no formato em grupo e online por meio da plataforma virtual Google-meet. Os dados foram analisados e processados no programa estatístico R, estes assumiram uma distribuição normal no teste de Kolmogorov-Smirnov e homogeneidade no teste de Levene’s. Utilizou-se também de análise descritiva para os dados médios e o teste T para análise comparativa entre o GE e GC e foi adotado o nível de significância P<0,05. De acordo com os resultados, o GE apresentou melhorias estatisticamente significativas no desempenho cognitivo após as sessões de EC, sutis mudanças, porém não significativas no desempenho funcional, na sintomatologia depressiva e no aumento do uso de estratégias cognitivas. O GC não apresentou diferenças importantes. Conclui-se que a EC tem efeitos positivos no desempenho cognitivo de pessoas idosas e sugere-se então maiores estudos sobre a temática para avanços científicos e clínicos da saúde cognitiva de idosos.