Apresentação

• Autor(a) principal: Luiz, Danuta Estrufika Cantóia
• Data de Publicação: 2009
• Outros Autores: Schons, Selma Maria
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Emancipação (Online)
• Texto Completo: https://revistas.uepg.br/index.php/emancipacao/article/view/1084

Apresentação   O Mestrado em Ciências Sociais Aplicadas e o Curso de Serviço Social da Universidade Estadual de Ponta Grossa têm a grata satisfação de publicar o volume 9 / 1 da Revista Emancipação dando continuidade a um processo de publicização de pesquisas, artigos científicos realizados em âmbito nacional e internacional. Entendemos que esse é um dos compromissos que as unidades de ensino superior têm com a sociedade brasileira e que não pode ser negligenciado diante do acirramento dos problemas sociais, buscando compreender os seus determinantes, suas configurações e possíveis alternativas de enfrentamento. Para cumprir esse compromisso o presente número da revista compõe-se de um conjunto de artigos que podem ser apresentados em dois blocos. Um marco teórico com a presença de autores atuais e necessários, no Serviço Social, nas Ciências Sociais e na academia, em geral, poderiam ser a palavra chave deste primeiro conjunto de quatro artigos. Já nos seis artigos do segundo bloco, a partir de abordagens diversas de temas e problemas presentes em nossa sociedade, a busca e a afirmação da cidadania certamente lhe dão significado unitário. O primeiro artigo do bloco um nos fala da consolidação da hegemonia burguesa a partir da financeirização mundializada do capital, cujo resultado todo mundo sente na própria pele. Como contraponto da afirmação do capital na sociedade burguesa, a alienação do trabalho, é o tema do segundo artigo. De forma nova “Acrobacias da dor”, segundo a Economia Política de Karl Marx, os autores acentuam “a violência inerente à gênese e funcionamento do Estado, do trabalho e da liberdade no mundo burguês”. O acento está no “processo coercitivo” presente nos imperativos da autovalorização do capital. Encerra este primeiro bloco o trabalho sobre o Impacto da Migração Internacional sobre a Cidadania Nacional, mostrando de quanto o exercício da cidadania nacional é impactado pelo processo migratório. Ante a crescente xenofobia presente em quase todos os países do primeiro mundo, este artigo alcança sua maior atualidade. O segundo bloco é constituído de seis trabalhos específicos, abordando cada qual um problema que, no entanto, é bem mais abrangente do que possa parecer à primeira vista. Abre-se este bloco com o artigo: Mulher, Trabalho e Família que, se na esteira da emancipação feminina, a mudança trouxe inúmeros benefícios não só à mulher, mas a todos, esta mesma mulher paga um preço que, não raras vezes, a atinge de forma injusta e exacerbada. Com efeito, a dupla, às vezes até a tripla jornada de trabalho exige profundas modificações quanto às “tarefas domésticas no âmbito familiar” na busca de uma “conciliação entre casa e trabalho”. Emprego, desemprego e condições de trabalho sempre foram, são e serão, ainda por muito tempo, problemas da grande maioria da humanidade. São preocupações também dos profissionais do Serviço Social, como nos mostra o artigo de Paula Francisca Vidal Molina, atendo-se principalmente ao caso chileno, não esquecendo o problema do espaço profissional e do salário. A superação do capitalismo só acontecerá através da criatividade e da inventividade de experiências vindas da base da pirâmide social. É isto o que se percebe no trabalho sobre a Economia Solidária e alternativas de desenvolvimento, trabalho e renda. A abordagem da Saúde Mental está passando por modificações nos últimos tempos. O relato de Experiências Terapêuticas é uma prova de como abordagens alternativas podem ser mais eficazes que os tratamentos considerados tradicionais. Uma das maiores chagas que acompanham a civilização moderna é, certamente, o abuso sexual de crianças e adolescentes. Não se atinge apenas o corpo de um ser ainda indefeso, senão muito mais, seu respeito, sua liberdade e sua dignidade. É isto que nos relata Leda Dantas, partindo de Pernambuco, mas retratando o Brasil e o mundo. Reeducar, ressocializar e reinserir sempre foram as consignas dos que se ocupam e preocupam com jovens e adolescentes em conflito com a lei; as autoras, com conhecimento e experiência neste campo, nos apresentam uma nova visão sobre a abordagem deste problema. Para concluir, podemos dizer que são diferentes as contribuições, mas cada qual encerra um aspecto que, no conjunto, só vem enriquecer nossa revista. Nosso agradecimento aos colaboradores e boa leitura a todos.   Profª. Drª. Danuta E. Cantóia Luiz              Profª. Drª. Selma Maria Schons Coordenação da Revista Emancipação