Estudo de comorbidades em residentes de uma instituição de longa permanência para idosos, de Ponta Grossa – Paraná: relação pressão intracraniana, um possível novo sinal vital

• Autor(a) principal: Bueno, Bruna França
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UEPG
• Texto Completo: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3083
• topic: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE; Pressão intracraniana (PIC); Idosos; Síndromes geriátricas; Metodologia brain4care®.; Intracranial pressure (ICP); Elderly; Geriatric syndromes; brain4care® Methodology.

A população idosa tem aumentado no Brasil e no mundo; assim, se tornam cada vez mais comuns doenças e alterações fisiológicas relacionadas com o envelhecimento. É frequente em idosos a perda de diferentes funções, o que resulta nas grandes síndromes geriátricas: incapacidade cognitiva, instabilidade postural, imobilidade e incapacidade comunicativa. Diversos autores têm buscado a diminuição da progressão de doenças em idosos e alguns deles sugerem a possibilidade de algumas doenças poderem ter seu desenvolvimento relacionados a alta pressão intracraniana (PIC). Entretanto, pouco se tem confirmado sobre isso devido à invasibilidade das técnicas atualmente utilizadas para avaliação da PIC. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi avaliar as comorbidades de residentes na Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI) na cidade de Ponta Grossa - Paraná e verificar se há relação das mesmas com a PIC. As monitorizações da PIC foram feitas por meio da Metodologia brain4care® – no qual um sensor não invasivo é colocado em contato com o couro cabeludo na região parietal, evitando desconforto e complicações ao voluntário, reduzindo riscos e facilitando novos estudos desse parâmetro. A PIC de 91 voluntários – homens e mulheres entre 56 e 97 anos – foi acompanhada por 5 minutos e os dados foram tratados em software brain4care® Analytics, definindo-se a amplitude média para os picos P1 e P2 (análise morfológica da PIC; razão P2/P1). Os dados obtidos de prontuários, assim como os clínicos e laboratoriais foram tabulados e as prevalências de cada uma das alterações ou doenças foram calculadas, assim como média e desvio padrão para os valores de P1, P2 e dados laboratoriais. Após os resultados obtidos, foi feita a análise estatística com significância definida em p<0,05. Observou-se elevada prevalência de alteração de PIC entre os idosos da ILPI (89%) o que pode indicar este parâmetro como um novo sinal vital a ser monitorado. Outras morbidades apresentaram-se com alta prevalência, destacando-se hipertensão arterial (50%), depressão (27%), diabetes (24%) e demência (14%). A polifarmácia foi uma condição observada para maioria dos idosos. As alterações de PIC podem estar relacionas à politerapia praticada, mas, os efeitos dos diferentes medicamentos sobre a PIC precisam ser melhor estudados. Desta forma, a PIC parece ser um importante parâmetro para a avaliação clínica dos idosos e sugere-se seu uso como um novo sinal vital a ser acompanhado.