SKUAS ANTÁRTICAS COMO BIOINDICADORES DE CONTAMINAÇÃO LOCAL E GLOBAL DE MERCÚRIO

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: COSTA, Erli Schneider
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: SANTOS, Maria Mercedes, CORIA, Nestor Rubem, TORRES, João Paulo Machado, MALM , Olaf, ALVES, Maria Alice dos Santos
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Eletrônica Científica da Uergs
Texto Completo: https://revista.uergs.edu.br/index.php/revuergs/article/view/2553
Resumo: O mercúrio (Hg) é um metal não essencial, por vezes extremamente tóxico, e sua presença na cadeia alimentar pode ameaçar a vida selvagem. Nas aves marinhas, mesmo níveis baixos de Hg podem reduzir a produção de ovos e as chances de sobrevivência de embriões e filhotes. Altos níveis desse elemento levam a comportamento irregular, perda de apetite e de peso e pode causar danos celulares nos órgãos, como os rins. Segundo alguns autores, entre 50 e 93% do total de Hg acumulado pelas aves através da dieta pode ser excretado nas penas durante o processo de muda. Dessa forma, as penas podem ser usadas como um excelente biomonitor não invasivo. O objetivo deste trabalho foi comparar os níveis de mercúrio (Hg) em penas de adultos e filhotes de Catharacta maccormicki (Cma) e C. lonnbergi (Clo) amostrados na Península Antártica, para identificar biomonitores de Hg na região usando métodos não invasivos de amostragem. Encontramos níveis significativamente mais elevados de Hg em adultos de Cma em comparação com adultos de Clo (U '= 841,00, p <0,01) e também em filhotes de ambas as espécies (q> 3,398, p <0,01). Não foram encontradas diferenças significativas de níveis de Hg na comparação entre adultos e filhotes de Clo de ambas as espécies (U '= 16,00, p <0,05) e em filhotes de Cma em diferentes áreas (q> 3,398, p <0,05) ou Clo (U' = 62,00, p <0,05). A variação dos níveis de Hg pode ser justificada principalmente por diferenças nos padrões de migração. Os adultos das espécies que migram para áreas mais poluídas (Cma) apresentaram os maiores níveis de Hg e podem ser considerados um indicador promissor de contaminação global. Por outro lado, Clo e filhotes de ambas as espécies são bons indicadores da contaminação local por Hg, sofrendo a influência direta da contaminação no ambiente antártico.
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spelling SKUAS ANTÁRTICAS COMO BIOINDICADORES DE CONTAMINAÇÃO LOCAL E GLOBAL DE MERCÚRIO Antarctic Skuas as bioindicators of local and global mercury contamination Biomonitoring, pollutants, catharacta skuas, breeding sitesBiomonitoramentoPoluentesCatharacta skuasÁreas de reproduçãoO mercúrio (Hg) é um metal não essencial, por vezes extremamente tóxico, e sua presença na cadeia alimentar pode ameaçar a vida selvagem. Nas aves marinhas, mesmo níveis baixos de Hg podem reduzir a produção de ovos e as chances de sobrevivência de embriões e filhotes. Altos níveis desse elemento levam a comportamento irregular, perda de apetite e de peso e pode causar danos celulares nos órgãos, como os rins. Segundo alguns autores, entre 50 e 93% do total de Hg acumulado pelas aves através da dieta pode ser excretado nas penas durante o processo de muda. Dessa forma, as penas podem ser usadas como um excelente biomonitor não invasivo. O objetivo deste trabalho foi comparar os níveis de mercúrio (Hg) em penas de adultos e filhotes de Catharacta maccormicki (Cma) e C. lonnbergi (Clo) amostrados na Península Antártica, para identificar biomonitores de Hg na região usando métodos não invasivos de amostragem. Encontramos níveis significativamente mais elevados de Hg em adultos de Cma em comparação com adultos de Clo (U '= 841,00, p <0,01) e também em filhotes de ambas as espécies (q> 3,398, p <0,01). Não foram encontradas diferenças significativas de níveis de Hg na comparação entre adultos e filhotes de Clo de ambas as espécies (U '= 16,00, p <0,05) e em filhotes de Cma em diferentes áreas (q> 3,398, p <0,05) ou Clo (U' = 62,00, p <0,05). A variação dos níveis de Hg pode ser justificada principalmente por diferenças nos padrões de migração. Os adultos das espécies que migram para áreas mais poluídas (Cma) apresentaram os maiores níveis de Hg e podem ser considerados um indicador promissor de contaminação global. Por outro lado, Clo e filhotes de ambas as espécies são bons indicadores da contaminação local por Hg, sofrendo a influência direta da contaminação no ambiente antártico.Mercury (Hg) is a non-essential metal, sometimes extremely toxic, and its presence in the food-web may threaten the wildlife. In seabirds, even low levels of Hg can reduce egg production and the chances of embryos and chicks survival; high levels of this element lead to erratic behavior, loss of appetite and weight, and cellular damages in organs as kidneys can be detected. According to some authors, among 50 to 93% of the total Hg accumulated by the birds through diet can be excreted throughout the feathers during the molting process. In this way, feathers can be used as an excellent non-invasive biomonitor. The objective of this paper was to compared mercury (Hg) levels in feathers of adults and chicks of Catharacta maccormicki(Cma) and C. lonnbergi (Clo) sampled in the Antarctic Peninsula, to identify biomonitors of Hg to the region using non-invasive samples methods. We found Hg significantly higher levels in adults of Cma comparing with Clo adults (U'=841.00, p<0.01) and also with chicks of both species (q>3.398, p<0.01).  We did not find significant differences comparing Clo adults and chicks of both species (U'=16.00, p<0.05), and comparing Cma breeding in different areas (q>3.398, p<0.05) or Clo (U'= 62.00, p < 0.05). The Hg levels variation may be justified mainly by differences in migration patterns. The adults of the species that migrate to more polluted areas (Cma) presented the highest levels of Hg and can be considered a promising indicator of global contamination. In another way, Clo and chicks of both species are good indicators of local Hg contamination, suffering the direct influence of contamination in the Antarctic environment.Uergs2019-12-11info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revista.uergs.edu.br/index.php/revuergs/article/view/255310.21674/2448-0479.53.311-317Revista Eletrônica Científica da UERGS ; v. 5 n. 3 (2019): RevUergs; 311-3172448-0479reponame:Revista Eletrônica Científica da Uergsinstname:Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS)instacron:UERGSporhttps://revista.uergs.edu.br/index.php/revuergs/article/view/2553/462Copyright (c) 2019 Revista Eletrônica Científica da UERGS info:eu-repo/semantics/openAccessCOSTA, Erli SchneiderSANTOS, Maria Mercedes CORIA, Nestor Rubem TORRES, João Paulo Machado MALM , OlafALVES, Maria Alice dos Santos2019-12-20T11:15:09Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/2553Revistahttp://revista.uergs.edu.br/index.php/revuergs/indexPUBhttp://revista.uergs.edu.br/index.php/revuergs/oai||revista@uergs.edu.br2448-04792448-0479opendoar:2019-12-20T11:15:09Revista Eletrônica Científica da Uergs - Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS)false
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