A personificação do dialeto como violência em Um amor incômodo, de Elena Ferrante
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Italiano UERJ |
Texto Completo: | https://www.e-publicacoes.uerj.br/revistaitalianouerj/article/view/70729 |
Resumo: | RESUMO: Elena Ferrante é o pseudônimo de uma escritora italiana cuja identidade é um mistério. Em sua trama de exórdio L'amore molesto (1992), Ferrante nos apresenta a história intrigante de Delia, personagem que procura desvendar a morte estranha de sua mãe e, ao mesmo tempo, precisa enfrentar o desconforto que lhe causa o retorno à sua cidade natal. Na tessitura do enredo, é interessante observar como a escritora utiliza a linguagem (mais especificamente o dialeto napolitano) como elemento reiterante da aflição emocional que a viagem a Nápoles desperta na protagonista. Sendo assim, sobretudo a partir de Alfonzetti (2018) e Di Rogartis (1993), pretendemos, neste trabalho, analisar a presença do dialeto na obra Um amor Incômodo de Elena Ferrante, procurando sublinhar como a escolha narrativa operada pela escritora se configura como uma espécie de "personagem silencioso", ora conduzindo a protagonista, ora justificando o porquê da sensação desagradável experimentada por Delia desde a tenra idade.Palavras-chave: Elena Ferrante. Dialeto. Violência. Um Amor Incômodo. ABSTRACT: Elena Ferrante è lo pseudonimo di una scrittrice italiana la cui identità è un mistero. Nel suo esordio L'amore molesto (1992), Ferrante ci presenta l'intrigante storia di Delia, un personaggio che cerca di svelare la strana morte della madre e, allo stesso tempo, deve affrontare il disagio causato dal suo ritorno nella sua città natale. Nell’intreccio, è interessante osservare come la scrittrice utilizzi il linguaggio (più precisamente il dialetto napoletano) come nodo centrale del conflitto emotivo che il viaggio a Napoli suscita nella protagonista. Dagli studi di Alfonzetti (2018) e Di Rogartis (1993), si intende, in questo lavoro, analizzare la presenza del dialetto nell'opera Um amor Incômodo (titolo in portoghese) di Elena Ferrante, cercando di sottolineare come la scelta narrativa operata dalla scrittrice sia configurata come una sorta di "personaggio muto" che rege la protagonista Delia fin dalla tenera età.Parole chiave: Elena Ferrante. Dialetto. Violenza. L’amore molesto ABSTRACT: Elena Ferrante is the pseudonym of an Italian writer whose identity is a mystery. In his exordium plot L'amore molesto (1992), Ferrante presents us with the intriguing story of Delia, a character who seeks to unravel the strange death of her mother and, at the same time, has to face the discomfort caused by her return to her hometown. Christmas. At the plot, it is interesting to observe how the writer uses language (more specifically the Neapolitan dialect) as a reiterating element of the emotional distress that the trip to Naples arouses in the protagonist. Therefore, especially from Alfonzetti (2018) and Di Rogartis (1993), we intend, in this work, to analyze the presence of dialect in the work Um amor Incômodo by Elena Ferrante, seeking to underline how the narrative choice operated by the writer is configured as a kind of "silent character" that leads the protagonist Delia from her early age.Keywords: Elena Ferrante. Dialect. Violence. Um amor incômodo. |
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A personificação do dialeto como violência em Um amor incômodo, de Elena FerranteElena Ferrante. Dialeto. Violência. Um Amor Incômodo.RESUMO: Elena Ferrante é o pseudônimo de uma escritora italiana cuja identidade é um mistério. Em sua trama de exórdio L'amore molesto (1992), Ferrante nos apresenta a história intrigante de Delia, personagem que procura desvendar a morte estranha de sua mãe e, ao mesmo tempo, precisa enfrentar o desconforto que lhe causa o retorno à sua cidade natal. Na tessitura do enredo, é interessante observar como a escritora utiliza a linguagem (mais especificamente o dialeto napolitano) como elemento reiterante da aflição emocional que a viagem a Nápoles desperta na protagonista. Sendo assim, sobretudo a partir de Alfonzetti (2018) e Di Rogartis (1993), pretendemos, neste trabalho, analisar a presença do dialeto na obra Um amor Incômodo de Elena Ferrante, procurando sublinhar como a escolha narrativa operada pela escritora se configura como uma espécie de "personagem silencioso", ora conduzindo a protagonista, ora justificando o porquê da sensação desagradável experimentada por Delia desde a tenra idade.Palavras-chave: Elena Ferrante. Dialeto. Violência. Um Amor Incômodo. ABSTRACT: Elena Ferrante è lo pseudonimo di una scrittrice italiana la cui identità è un mistero. Nel suo esordio L'amore molesto (1992), Ferrante ci presenta l'intrigante storia di Delia, un personaggio che cerca di svelare la strana morte della madre e, allo stesso tempo, deve affrontare il disagio causato dal suo ritorno nella sua città natale. Nell’intreccio, è interessante osservare come la scrittrice utilizzi il linguaggio (più precisamente il dialetto napoletano) come nodo centrale del conflitto emotivo che il viaggio a Napoli suscita nella protagonista. Dagli studi di Alfonzetti (2018) e Di Rogartis (1993), si intende, in questo lavoro, analizzare la presenza del dialetto nell'opera Um amor Incômodo (titolo in portoghese) di Elena Ferrante, cercando di sottolineare come la scelta narrativa operata dalla scrittrice sia configurata come una sorta di "personaggio muto" che rege la protagonista Delia fin dalla tenera età.Parole chiave: Elena Ferrante. Dialetto. Violenza. L’amore molesto ABSTRACT: Elena Ferrante is the pseudonym of an Italian writer whose identity is a mystery. In his exordium plot L'amore molesto (1992), Ferrante presents us with the intriguing story of Delia, a character who seeks to unravel the strange death of her mother and, at the same time, has to face the discomfort caused by her return to her hometown. Christmas. At the plot, it is interesting to observe how the writer uses language (more specifically the Neapolitan dialect) as a reiterating element of the emotional distress that the trip to Naples arouses in the protagonist. Therefore, especially from Alfonzetti (2018) and Di Rogartis (1993), we intend, in this work, to analyze the presence of dialect in the work Um amor Incômodo by Elena Ferrante, seeking to underline how the narrative choice operated by the writer is configured as a kind of "silent character" that leads the protagonist Delia from her early age.Keywords: Elena Ferrante. Dialect. Violence. Um amor incômodo.Universidade do Estado do Rio de Janeiro2022-10-17info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.e-publicacoes.uerj.br/revistaitalianouerj/article/view/7072910.12957/italianouerj.2022.70729Revista Italiano UERJ; v. 13 n. 1 (2022); 122236-4064reponame:Revista Italiano UERJinstname:Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)instacron:UERJporhttps://www.e-publicacoes.uerj.br/revistaitalianouerj/article/view/70729/43731Copyright (c) 2022 Revista Italiano UERJinfo:eu-repo/semantics/openAccessMuller, Fernanda SuelyRodrigues, Antonia Dayane Figueiredo2022-10-17T12:43:17Zoai:ojs.www.e-publicacoes.uerj.br:article/70729Revistahttps://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/revistaitalianouerjPUBhttps://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/revistaitalianouerj/oai||sr3depext@gmail.com|| revistaitalianouerj@yahoo.it||aparecida.cardoso@yahoo.it2236-40642236-4064opendoar:2024-05-17T13:38:28.790498Revista Italiano UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)true |
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