Insularidade e insolidariedade: a face fratricida da miséria em Famintos, de Luis Romano
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Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Soletras (São Gonçalo. Online) |
Texto Completo: | https://www.e-publicacoes.uerj.br/soletras/article/view/59902 |
Resumo: | O presente trabalho esboça uma análise do romance Famintos, do escritor cabo-verdiano Luis Romano, escrito nos anos 1940 e publicado pela primeira vez na década de 1960, no Rio de Janeiro. Nossa ênfase recai sobre o retrato, feito pelo autor, dos mecanismos de exploração do homem pelo homem e da forma como a miséria de alguns é quase sempre o lucro de outros. Outrossim, discorremos sobre as maneiras como o espaço insular pode tomar, naquele contexto colonial fascista, as formas de uma prisão: para tanto, buscamos suporte, principalmente, nas concepções de insularidade propostas por Dina Salústio e Manuel Veiga, cotejadas ao retrato da seca e da miséria traçado por Romano. Conclui-se que o caráter documental e político da obra passa pelas noções de que a fome acaba por matar qualquer fraternidade que haja entre um grupo de concidadãos, e de que o texto literário também é um caminho para romper o silêncio imposto ao intelectual de Cabo Verde pela Metrópole, pela elite nativa e pela própria geografia do arquipélago. |
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Insularidade e insolidariedade: a face fratricida da miséria em Famintos, de Luis RomanoO presente trabalho esboça uma análise do romance Famintos, do escritor cabo-verdiano Luis Romano, escrito nos anos 1940 e publicado pela primeira vez na década de 1960, no Rio de Janeiro. Nossa ênfase recai sobre o retrato, feito pelo autor, dos mecanismos de exploração do homem pelo homem e da forma como a miséria de alguns é quase sempre o lucro de outros. Outrossim, discorremos sobre as maneiras como o espaço insular pode tomar, naquele contexto colonial fascista, as formas de uma prisão: para tanto, buscamos suporte, principalmente, nas concepções de insularidade propostas por Dina Salústio e Manuel Veiga, cotejadas ao retrato da seca e da miséria traçado por Romano. Conclui-se que o caráter documental e político da obra passa pelas noções de que a fome acaba por matar qualquer fraternidade que haja entre um grupo de concidadãos, e de que o texto literário também é um caminho para romper o silêncio imposto ao intelectual de Cabo Verde pela Metrópole, pela elite nativa e pela própria geografia do arquipélago.Universidade do Estado do Rio de Janeiro2021-12-31info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.e-publicacoes.uerj.br/soletras/article/view/5990210.12957/soletras.2021.59902SOLETRAS; No. 42 (2021): Dossiê: Sentir-se/estar apartado, estabelecer elos: tendências insulares na literatura de Cabo VerdeSOLETRAS; N. 42 (2021): Dossiê: Sentir-se/estar apartado, estabelecer elos: tendências insulares na literatura de Cabo VerdeSOLETRAS; n. 42 (2021): Dossiê: Sentir-se/estar apartado, estabelecer elos: tendências insulares na literatura de Cabo VerdeRevista Soletras; Núm. 42 (2021): Dossiê: Sentir-se/estar apartado, estabelecer elos: tendências insulares na literatura de Cabo VerdeSOLETRAS; No. 42 (2021): Dossiê: Sentir-se/estar apartado, estabelecer elos: tendências insulares na literatura de Cabo Verde2316-88381519-7778reponame:Soletras (São Gonçalo. Online)instname:Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)instacron:UERJporhttps://www.e-publicacoes.uerj.br/soletras/article/view/59902/40804Copyright (c) 2021 SOLETRASinfo:eu-repo/semantics/openAccessCastaldi, João Luiz XavierCaputo Gomes, Simone2022-06-23T11:36:41Zoai:ojs.www.e-publicacoes.uerj.br:article/59902Revistahttps://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/soletrasPUBhttps://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/soletras/oai||soletrasonline@yahoo.com.br|| paulo.centrorio@uol.com.br|| maricrisribas@uol.com.br2316-88381519-7778opendoar:2022-06-23T11:36:41Soletras (São Gonçalo. Online) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)false |
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