Rota de construcionalização do conector daí que: uma abordagem funcional centrada no uso
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Soletras (São Gonçalo. Online) |
Texto Completo: | https://www.e-publicacoes.uerj.br/soletras/article/view/13351 |
Resumo: | O objeto de estudo do presente artigo é a expressão daí que. Na dimensãodiacrônica, verificam-se instanciações possivelmente participantes da gênese do daí que comoconector, em estruturas que Diewald (2006) denomina contextos atípicos (“de aí seinfere que”) e críticos (“Não se infira daí que”). Sincronicamente, após passar por váriasmudanças construcionais, daí que consolida-se como conector lógico-argumentativo,verificando-se perda de fronteira e de composicionalidade de seus componentes: “A leitura domundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não pode prescindir dacontinuidade da leitura daquele” (Paulo Freire2. Esse último estágio é o que Diewald (2006)denomina contexto de isolamento. Com base nos pressupostos teóricos da LinguísticaFuncional Centrada no Uso (LFCU), numa perspectiva dialógica entre Gramática deConstruções, Gramaticalização de Construções e a perspectiva construcional de Traugott(2012) e Traugott e Trousdale (2013), entendem-se construções como o pareamento formasentidode duas ou mais palavras (CROFT, 2001). Assumimos as relações metonímicas, aspressões de informatividade, inferências sugeridas, subjetificações e (inter) subjetificaçõescomo elementos cruciais para o processo de construcionalização gramatical do conectorlógico-argumentativo daí que. Compõem o corpus textos escritos a partir do século XVII atéa sincronia contemporânea (séculos XX e XXI) da língua portuguesa.[2] Paulo Freire – Abertura do Congresso Brasileiro de Leitura. Campinas, novembro de 1981 |
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