A sexualidade invisível e a escrita do gozo proibido
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Ekstasis: Revista de Hermenêutica e Fenomenologia |
Texto Completo: | https://www.e-publicacoes.uerj.br/Ekstasis/article/view/48576 |
Resumo: | “Quando se deixará de confundir o sexo da mulher com o seio da mãe, de pretender que aquele não tem valor senão porque recolhe a herança deste?” A psicanalista e filósofa belga Luce Irigaray, em seu livro Speculum de l’autrefemme(1974), formula assim uma das questões de fundo do feminismo: onde está a sexualidade feminina?Na tradição filosófica e psicanalítica a mulher é a falta, o irascível, o útero vazio, a caverna, o hospedeiro discursivo neutro para a sustentação do termo Maior, o homem. Já o sujeito do masculino é a luz, o logos, a razão. Isso significa dizer que não existe o Outro, o sujeito do feminino ou qualquer outra categoria de gênero que fuja à lógica falocêntrica. Segundo essa lógica, a mulher não existe, sua sexualidade é negada, é ela o não-discurso. Com este artigo proponho uma reflexão sobre a sexualidade feminina, atrelada a teoria queer, resgatando o feminino da neutralidade trazendo-o como sujeito do discurso. Pretendo abordar o gozo feminino como um grito rebelde que rompe com a estrutura da própria língua, produzindo novos discursos, novas simbolizações dos lábios, construindo uma performatividade do discurso. |
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