ética da amizade e deficiência: outras formas de convívio com o devir deficiente na escola

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: pagni, pedro angelo
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Childhood & Philosophy (Rio de Janeiro. Online)
Texto Completo: https://www.e-publicacoes.uerj.br/childhood/article/view/23016
Resumo: After the implementation of inclusion policies in Brazil, friendship relations between the actors of the school so called "disabled" students and the rest of students have become increasingly frequent. Often these relationships go beyond time and space, the knowledge and the curriculum, to produce common modes of existence and a transverse ethics rarely seen by the institution. This invisibility is even more accentuated in the case of nowadays biopolitics scenario, which corroborates to raise suspicion concerning the disabled modes of existence and the joined becoming produced by the friendly relations between the actors at school. Given the context, this essay examines the ethics of friendship regarding the disabled ones and the trust as one of the conditions of its achievement at school. Drawing from the aesthetics of existence of Michel Foucault, my goal is to discuss: (1) whether friendship with the disabled one may present itself as a new ethic that is able to question current formal apparatus and resist the biopower technologies in school, perhaps creating other forms of inclusion; (2) whether the trust in the joined becoming that emerges from such friendly relations can be regarded as one of the conditions for their achievement and a strategy to reverse the current mistrust in the disabled one, in order to minimize fear and bring into existence a sign of the life event that it represents. By addressing these issues, I hope to contribute in a way in which the friendship with disabled ones is seen as a sign of a formation of the actors at school and the trust in the becoming disabled becomes visible as a transverse common struggle: the condition for the achievement of the ethics of friendship that introduces itself as a major political strategy to leverage these separate lives that deserve to be lived.
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This invisibility is even more accentuated in the case of nowadays biopolitics scenario, which corroborates to raise suspicion concerning the disabled modes of existence and the joined becoming produced by the friendly relations between the actors at school. Given the context, this essay examines the ethics of friendship regarding the disabled ones and the trust as one of the conditions of its achievement at school. Drawing from the aesthetics of existence of Michel Foucault, my goal is to discuss: (1) whether friendship with the disabled one may present itself as a new ethic that is able to question current formal apparatus and resist the biopower technologies in school, perhaps creating other forms of inclusion; (2) whether the trust in the joined becoming that emerges from such friendly relations can be regarded as one of the conditions for their achievement and a strategy to reverse the current mistrust in the disabled one, in order to minimize fear and bring into existence a sign of the life event that it represents. By addressing these issues, I hope to contribute in a way in which the friendship with disabled ones is seen as a sign of a formation of the actors at school and the trust in the becoming disabled becomes visible as a transverse common struggle: the condition for the achievement of the ethics of friendship that introduces itself as a major political strategy to leverage these separate lives that deserve to be lived.Após a implantação das políticas de inclusão, no Brasil, tem sido cada vez mais frequente a ocorrência de relações de amizades entre os atores da escola denominados “deficientes” com os demais. Muitas vezes, tais relações ultrapassam o tempo e o espaço, os saberes e o currículo escolar, produzindo modos de existência comuns e uma ética transversal, raramente vistos pela instituição. Essa invisibilidade é acentuada ainda mais no cenário biopolítico atual, que corrobora certa desconfiança referente aos modos de existência deficientes e ao devir comum que produzem nas relações amistosas entretecidas pelos atores da escola. Nessa conjuntura, este ensaio analisa a ética da amizade com os deficientes e a confiança como uma das condições de sua consecução na escola. A partir da estética da existência de Michel Foucault, objetivamos discutir: (1) se a amizade com a deficiência pode se apresentar como uma nova ética, capaz de interpelar os dispositivos formais e de resistir às tecnologias de biopoder da escola, quem sabe, criando outras formas de inclusão; (2) se a confiança no devir comum produzido nessas particulares relações amistosas pode ser considerada uma das condições de sua consecução e como uma estratégia para reverter a atual desconfiança no deficiente, em vistas a minimizar o temor e a visibilizar o signo do acontecimento da vida que representa. Com a discussão dessas questões, esperamos contribuir para que a amizade com a deficiência seja vista como signo de uma formação dos atores da escola e a confiança no devir deficiente se torne visível como uma luta transversal comum que, além de condição para a consecução da ética da amizade, se apresente como uma estratégia política importante para potencializar essas vidas distintas que merecem ser vividas.Después de la implementación de políticas de inclusión en Brasil, ha sido cada vez más frecuente darnos cuenta de las relaciones de amistad entre los llamados "discapacitados" con los demás actores de la escuela. A menudo, tales relaciones van más allá del tiempo y el espacio, el conocimiento y el currículo escolar, produciendo modos de existencia comunes y una ética transversal, pocas veces vistos por la institución. Esta invisibilidad se acentúa todavía más sobre en la actual configuración biopolítica y corrobora algunas sospechas con respecto a los modos de existencia deficientes y al devenir común que producen en las relaciones de amistad entretejidas por los actores de la escuela. En este contexto, este ensayo examina la ética de la amistad en personas con discapacidad y la confianza como una de las condiciones de su logro en la escuela. Desde la estética de la existencia de Michel Foucault, pretendemos discutir: (1) si la amistad con la deficiencia puede presentarse como una nueva ética, capaz de hacer dispositivos formales y resistir a las tecnologías de biopoder en la escuela, tal vez creando otras formas de inclusión; (2) si la confianza en el devenir común producido por estas particulares relaciones amistosas puede considerarse como una de las condiciones de su logro y como una estrategia para revertir la actual desconfianza en las personas con discapacidad, con el fin de minimizar el temor y visualizar el signo del acontecimiento de la vida que ellas representan. Con la discusión de estos temas, esperamos contribuir para que la amistad con la discapacidad sea mirada como signo de una formación de los actores de la escuela y la confianza en el devenir deficiente se haga visible como una lucha común transversal, que además de condición para el logro de la ética de la amistad, se presenta como una importante estrategia política para potencializar esas vidas distintas que merecen ser vividas.Universidade do Estado do Rio de Janeiro2016-08-06info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.e-publicacoes.uerj.br/childhood/article/view/2301610.12957/childphilo.2016.23016childhood & philosophy; Vol. 12 Núm. 24 (2016): mayo/ago.; 343-370childhood & philosophy; v. 12 n. 24 (2016): maio/ago.; 343-370childhood & philosophy; Vol. 12 No. 24 (2016): may./aug.; 343-3701984-5987reponame:Childhood & Philosophy (Rio de Janeiro. 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