homenajes a matthew lipman

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: kennedy, david knowles
Data de Publicação: 2011
Outros Autores: kohan, walter omar
Tipo de documento: Artigo
Idioma: eng
Título da fonte: Childhood & Philosophy (Rio de Janeiro. Online)
Texto Completo: https://www.e-publicacoes.uerj.br/childhood/article/view/20543
Resumo: Abrimos este número da childhood & philosophy com um conjunto de testemunhas, homenagens e breves lembranças oferecidas a partir de distintos lugares do mundo em resposta à morte do fundador de filosofia para crianças, Matthew Lipman, em 26 de dezembro de 2010, aos 87 anos. Caracterizar Lipman como um “fundador” é completamente exato, mas mal evoca o papel que ele teve ao conceber, dar a luz, e alimentar este currículo com uma pedagogia que se transformou num movimento, e que fez raízes em mais de 40 países, da Islândia à Nigéria, à Taiwan e ao Chile e em todos os lados entre esses limites. O movimento é mais largo do que o programa, o qual, aliás, experimentou diversas transformações em múltiplos contextos em seu quase meio século da vida. De fato, como muitos dos testemunhos abaixo mostram ou implicam, o movimento é emancipatório e, assim, implicitamente político, infundido por toda a sofrida esperança de nossas espécies, inspirada em nós pelo fato da natalidade, e por nossa própria fé intuitiva no poder transformador da razão – ou, como Lipman o diria, a “razoabilidade”. Para aqueles interessados pelas suas possibilidades educacionais, apresenta um influxo repentino de luz solar e ar fresco numa instituição estancada durante muito tempo pelo seu próprio habitus rígido, e promete a reconstrução da escolarização na imagem da prática democrática autêntica que reconhece e honra as capacidades singulares das crianças. Como afirma em A filosofia na Sala de aula – o primeiro e atualmente clássico texto de Lipman sobre a filosofia educacional -, o movimento promete uma reorientação do fim da educação, da informação (ou da “aprendizagem") para o significado ou sentido, e inaugura o diálogo com a infância e as crianças que se segue dessa reorientação. Lipman não foi apenas fundador deste movimento, mas criador, inventor, impulsor, organizador, soldado fiel, embaixador, apologista, polemicista, propagandista, e, finalmente, otimista sem fim. Na tentativa de honrar a vida de Matthew Lipman e o presente que sua vida e obra representa para tantos, oferecemos, então, este punhado de homenagens, começando com o de Walter Kohan, em inglês e castelhano. Estão escritos em línguas diferentes, em uma espécie de testemunho Babel da babélica dimensão de filosofia para crianças. Além disso, estamos lançando uma chamada para artigos para nossa próxima edição, que explorem a contribuição teórico e prática de Lipman - no reino da filosofia, da educação, ou na interseção das duas que o trabalho de Lipman explorou-- com mais profundidade. Estamos abertos, naturalmente, a trabalhos que estudem sua produção a partir de perspectivas múltiplas, incluindo as críticas, e que explorem tanto seu impacto na filosofia da educação, como também na filosofia da infância.
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De fato, como muitos dos testemunhos abaixo mostram ou implicam, o movimento é emancipatório e, assim, implicitamente político, infundido por toda a sofrida esperança de nossas espécies, inspirada em nós pelo fato da natalidade, e por nossa própria fé intuitiva no poder transformador da razão – ou, como Lipman o diria, a “razoabilidade”. Para aqueles interessados pelas suas possibilidades educacionais, apresenta um influxo repentino de luz solar e ar fresco numa instituição estancada durante muito tempo pelo seu próprio habitus rígido, e promete a reconstrução da escolarização na imagem da prática democrática autêntica que reconhece e honra as capacidades singulares das crianças. Como afirma em A filosofia na Sala de aula – o primeiro e atualmente clássico texto de Lipman sobre a filosofia educacional -, o movimento promete uma reorientação do fim da educação, da informação (ou da “aprendizagem") para o significado ou sentido, e inaugura o diálogo com a infância e as crianças que se segue dessa reorientação. Lipman não foi apenas fundador deste movimento, mas criador, inventor, impulsor, organizador, soldado fiel, embaixador, apologista, polemicista, propagandista, e, finalmente, otimista sem fim. Na tentativa de honrar a vida de Matthew Lipman e o presente que sua vida e obra representa para tantos, oferecemos, então, este punhado de homenagens, começando com o de Walter Kohan, em inglês e castelhano. Estão escritos em línguas diferentes, em uma espécie de testemunho Babel da babélica dimensão de filosofia para crianças. Além disso, estamos lançando uma chamada para artigos para nossa próxima edição, que explorem a contribuição teórico e prática de Lipman - no reino da filosofia, da educação, ou na interseção das duas que o trabalho de Lipman explorou-- com mais profundidade. Estamos abertos, naturalmente, a trabalhos que estudem sua produção a partir de perspectivas múltiplas, incluindo as críticas, e que explorem tanto seu impacto na filosofia da educação, como também na filosofia da infância.We lead off this issue of Childhood and Philosophy with a collection of testimonies, homages, and brief memoirs offered from around the world in response to the death of the founder of Philosophy for Children, Matthew Lipman on December 26, 2010, at the age of 87. To characterize Lipman as “founder” is completely accurate, but barely evokes the role he played in conceiving, giving birth to, and nurturing this curriculum cum pedagogy that became a movement, and which has taken root in over 40 countries, from Iceland to Nigeria to Taiwan to Chile and everywhere in between. The movement itself is broader than the program, which has in fact experienced multiple transformations in multiple contexts over its half-century of life. In fact, as many of the testimonies below either state outright or imply, the movement is an emancipatory one and thus implicitly political, infused with all the long-suffering hope for our species inspired in us by the fact of natality, and by our own intuitive faith in the transformative power of reason—or as Lipman came to call it, “reasonableness.” For those seized by its educational possibilities, it presents a sudden influx of sunlight and fresh air into an institution long stultified by its own rigid habitus, and promises the reconstruction of schooling in the image of authentic democratic practice that recognizes and honors the unique capacities of children. As Philosophy in the Classroom—Lipman’s first and now classic statement of educational philosophy--puts it, the movement promises a re-orientation of the goal of education from information (or “learning”) to meaning, and inaugurates the dialogue with childhood and children that follows from that. Lipman was not just founder of this movement but creator, inventor, developer, convener, organizer, faithful soldier, ambassador, apologist, polemicist, propagandist, and, finally, undying optimist. In an attempt to honor Matthew Lipman’s life and the gift it represented to so many, we offer, then, this handful of homages, beginning with Walter Kohan’s, presented in both English and Spanish. They are in different languages, a kind of Babel-testimony of the Babel-dimension of philosophy for children. In addition, we are issuing a call for papers for our next issue, for articles that explore Lipman’s theoretical and practical contributions in more depth—whether from the perspective of philosophy, of education, or in the intersection of the two that Lipman’s work explored. We are open, of course, to papers that take up his thinking from multiple viewpoints, including the critical, and that explore his impact, not just on philosophy of education, but on philosophy of childhood as well.Universidade do Estado do Rio de Janeiro2011-01-31info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.e-publicacoes.uerj.br/childhood/article/view/20543childhood & philosophy; Vol. 6 Núm. 12 (2010): jul./dic.; pp.167-210childhood & philosophy; v. 6 n. 12 (2010): jul./dez.; pp.167-210childhood & philosophy; Vol. 6 No. 12 (2010): july/dec.; pp.167-2101984-5987reponame:Childhood & Philosophy (Rio de Janeiro. 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