john dewey sobre as crianças, infância, e educação

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: kennedy, david knowles
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Artigo
Idioma: eng
Título da fonte: Childhood & Philosophy (Rio de Janeiro. Online)
Texto Completo: https://www.e-publicacoes.uerj.br/childhood/article/view/20495
Resumo: É difícil encontrar um único lugar para procurar sobre crianças e infância na obra do filósofo americano John Dewey. Não é porque ele usa os termos com tanta frequência, mas porque o conceito de infância permeia sua obra através de um outro conjunto de termos — desenvolvimento, crescimento, experiência, plasticidade, impulso, e educação. Na linguagem de Dewey, nenhum desses termos significa exatamente o que significa na linguagem de outros pensadores, e especialmente não na linguagem dos teóricos do desenvolvimento humano do começo do século vinte e posteriores, que basearam seus pensamentos numa trajetória de desenvolvimento monológica e unidirecional que poderia ser aplicada em todos os níveis do contínuo evolucionário. Dewey é um interacionista em toda sua extensão, e por isso todos os seus termos devem ser entendidos como dialéticos. Ele não invoca o conceito “infância” sem invocar o conceito “adulto”, nem descreve nada que não tenha uma dimensão normativa, que por definição desdiz a “pura” descrição. Sua linguagem é de pura possibilidade, e os limites das possibilidades humanas são incalculáveis. É por isso que o conceito de infância é tão importante em sua obra. Neste texto apresentamos seleções de dois trabalhos, o primeiro emergindo no epicentro doentio da Grande Guerra, em 1916 — uma guerra na qual a juventude foi sacrificada ao que ele chamou de “infantilismos” dos adultos em uma escala historicamente sem precedentes, e uma guerra que, pode-se argumentar, suprimiu efetivamente as possibilidades educacionais que o seu trabalho representa para o resto do século. Democracia e educação, (Macmillian, New York) é sua obra prima em educação, e caracteristicamente ao mesmo tempo tagarela e brilhantemente afiada, enlouquecedoramente oblíqua e incisivamente crítica, penosamente sombria e perfeitamente cativante, explicitamente conservativa e implicitamente radical. As seleções seguintes são de Natureza Humana e conduta (Carbondale IL: Southern Illinois University Press), publicada em 1922, quando a orgiástica festa de morte dos tiranos, dos políticos, e suas cortes de cegos acólitos estava (temporariamente) terminada.
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Dewey é um interacionista em toda sua extensão, e por isso todos os seus termos devem ser entendidos como dialéticos. Ele não invoca o conceito “infância” sem invocar o conceito “adulto”, nem descreve nada que não tenha uma dimensão normativa, que por definição desdiz a “pura” descrição. Sua linguagem é de pura possibilidade, e os limites das possibilidades humanas são incalculáveis. É por isso que o conceito de infância é tão importante em sua obra. Neste texto apresentamos seleções de dois trabalhos, o primeiro emergindo no epicentro doentio da Grande Guerra, em 1916 — uma guerra na qual a juventude foi sacrificada ao que ele chamou de “infantilismos” dos adultos em uma escala historicamente sem precedentes, e uma guerra que, pode-se argumentar, suprimiu efetivamente as possibilidades educacionais que o seu trabalho representa para o resto do século. Democracia e educação, (Macmillian, New York) é sua obra prima em educação, e caracteristicamente ao mesmo tempo tagarela e brilhantemente afiada, enlouquecedoramente oblíqua e incisivamente crítica, penosamente sombria e perfeitamente cativante, explicitamente conservativa e implicitamente radical. As seleções seguintes são de Natureza Humana e conduta (Carbondale IL: Southern Illinois University Press), publicada em 1922, quando a orgiástica festa de morte dos tiranos, dos políticos, e suas cortes de cegos acólitos estava (temporariamente) terminada.Es difícil encontrar un único lugar sobre niños e infancia en la obra del filósofo americano John Dewey. No lo es porque use los términos con tanta frecuencia, sino porque el concepto de infancia penetra su obra a través de otro conjunto de términos — desenvolvimiento, crecimiento, experiencia, plasticidad, impulso, y educación. En el lenguaje de Dewey, ninguno de estos términos significa exactamente lo que significa en el lenguaje de otros pensadores, y especialmente diferente del lenguaje de los teóricos del desenvolvimiento humano del comienzo del siglo veinte y posteriores, que basaron sus pensamientos en una trayectoria de desenvolvimiento monológica y unidireccional que pudiera ser aplicada en todos los niveles del continuo evolucionario. Dewey es un interaccionista en toda su extensión, y por esto todos sus términos deben ser entendidos como dialécticos. No invoca el concepto “infancia” sin invocar el concepto “adulto”, ni describe nada que no tenga une dimensión normativa, que por definición desdice la “pura” descripción. Su lenguaje es de pura posibilidad, y los límites de las posibilidades humanas son incalculables. Es por esto que el concepto de infancia es tan importante en su obra. En este texto presentamos selecciones de textos de dos trabajos, el primero emerge en el epicentro insalubre de la Gran Guerra, en 1916 — una guerra en que la juventud fue sacrificada a lo que llamó de “infantilismos” de los adultos en una escala históricamente sin precedentes, y una guerra que, se puede argumentar, suprimió efectivamente las posibilidades educacionales que su trabajo representa para el resto del siglo. Democracia y educación, (Macmillian, New York) es su obra prima en educación, y característicamente al mismo tiempo habladora y brillantemente afilada, enloquecedoramente oblicua e incisivamente crítica, penosamente sombría y perfectamente cautivadora, explícitamente conservadora e implícitamente radical. Las selecciones que siguen son de Naturaleza humana y conducta (Carbondale IL: Southern Illinois University Press), publicada en 1922, cuando la orgiástica fiesta de muerte de los tiranos, los políticos, y sus cortes de ciegos acólitos estaba (temporariamente) terminada.It is difficult to find just one place to look for children and childhood in the American philosopher John Dewey’s work. This is not because he uses the terms so often, but because the concept of childhood pervades his opus in and through another set of terms—development, growth, experience, plasticity, habit, impulse, and education. In Dewey’s language, none of these terms mean quite what they mean in other thinkers’ language, and especially not in the language of the human development theorists of the early twentieth century and after, who based their thinking on a monological, unidirectional developmental trajectory that could be applied at all levels of the evolutionary continuum. Dewey is an interactionist through and through, and thus all his terms should be understood as dialectical. He does not invoke the concept “child” without invoking the concept “adult,” nor does he describe anything that does not have a normative dimension, which by definition belies “pure” description. His is a language of possibility, and the limits of human possibility are incalculable. This is why the concept of childhood is so important in his work. In this text we present selections from two works, the first emerging at the sickening epicenter of the Great War, in 1916—a war in which youth was sacrificed to what he calls adult “infantilisms” on a historically unprecedented scale, and a war that, arguably, effectively suppressed the educational possibilities his work represents for the rest of the century. Democracy and Education (New York: Macmillan) is his magnum opus on education, and characteristically both garrulous and brilliantly pointed, maddeningly oblique and trenchantly critical, painfully dull and fitfully enthralling, explicitly conservative and implicitly radical. The next selections are from Human Nature and Conduct (Carbondale IL: Southern Illinois University Press), published in 1922, when the orgiastic death-feast of the tyrants, the politicians, and their hosts of blind acolytes was (temporarily) over.Universidade do Estado do Rio de Janeiro2012-01-03info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.e-publicacoes.uerj.br/childhood/article/view/20495childhood & philosophy; Vol. 2 Núm. 4 (2006): jul./dic.; pp. 211-229childhood & philosophy; v. 2 n. 4 (2006): jul./dez.; pp. 211-229childhood & philosophy; Vol. 2 No. 4 (2006): july/dec.; pp. 211-2291984-5987reponame:Childhood & Philosophy (Rio de Janeiro. 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