O APOCALIPSE APÓCRIFO DE JOCA REINERS TERRON EM NÃO HÁ NADA LÁ

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Quinhones, Elenara Walter
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Abusões
Texto Completo: https://www.e-publicacoes.uerj.br/abusoes/article/view/34315
Resumo: RESUMO: Este artigo tem como objetivo discutir sobre a metaliteratura encontrada na obra ficcional de Joca Reiners Terron, Não há nada lá (2001). A literatura será a protagonista do romance de Terron, sua importância é tamanha que a inexistência dela causaria o fim do mundo. O autor cria uma analogia entre o fim da literatura e o fim do mundo a partir do livro bíblico do Apocalipse, pautando-se na intertextualidade.Esse fim da literatura já foi anunciado por muitos especialistas da área, e pode ser entendido como o fim da literatura concebida na modernidade. Seria o final do romance tradicional com uma sequência linear bem conhecida com: início, meio e fim, pertencente a um gênero apenas. Terron preconiza esse término utilizando um romance inovador estruturalmente, com fortes características do gênero fantástico, mas sem abrir mão de uma multiplicidade de outros gêneros encaixados ao longo da narrativa. Essa condição faz com que muitos especialistas considerem o romance como gênero híbrido, porém nós escolhemos analisá-lo como fantástico contemporâneo. Para sistematizar esta discussão, a dividimos em três tópicos: a primeira, que tratará da metaliteratura, pautada nas concepções de Hélder Gomes (2010), Leyla Perrone-Moisés (2011) e Linda Hutcheon (1980;1988). A segunda abordará a autoconsciência autoral. Para essa abordagem, utilizamos como aporte teórico karl Schollhammer (2011) e Beatriz Resende (2008). Quanto ao gênero, ressaltamos o viés do fantástico contemporâneo e para isso nos pautamos nas concepções de Jean-Paul Sartre (1968). Por fim, será tratado do apocalipse apócrifo criado por Terron, com base nos conceitos de intertextualidade de Kristeva (1969). 
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