O DUPLO E O INQUIETANTE NO FANTÁSTICO DE GUY DE MAUPASSANT
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Abusões |
Texto Completo: | https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/abusoes/article/view/42822 |
Resumo: | Este artigo se organiza em torno de algumas reflexões relacionadas às diferentes maneiras pelas quais o duplo, tema recorrente na literatura fantástica, figura em Guy de Maupassant. Para isso, partiremos de certos pontos teóricos ligados à antropologia (o confronto entre a mentalidade arcaica e a mentalidade positiva, tal como Jean Fabre define) e à psicanálise (a sensação de inquietante abordada por Sigmund Freud). Demonstraremos, além disso, que a própria estrutura das narrativas curtas de base realista do século XIX mantém importantes relações com o duplo, situação particularmente observável nos textos de Maupassant. É esse o ponto de vista proposto por Thierry Ozwald, segundo o qual o termo novela (nouvelle) só pode ser empregado para se referir às narrativas curtas daquele século, em razão do caráter fenomenológico destas: a novela marcaria uma crise da consciência individual, da qual o duplo é um signo. Nesse contexto, as narrativas de Maupassant nos mostram uma realidade instável, ameaçadora, até mesmo apavorante, com sua produção fantástica encarnando o paroxismo desse processo de crise subjetiva. |
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O DUPLO E O INQUIETANTE NO FANTÁSTICO DE GUY DE MAUPASSANTliteratura fantástica; literatura francesa; Guy de MaupassantEste artigo se organiza em torno de algumas reflexões relacionadas às diferentes maneiras pelas quais o duplo, tema recorrente na literatura fantástica, figura em Guy de Maupassant. Para isso, partiremos de certos pontos teóricos ligados à antropologia (o confronto entre a mentalidade arcaica e a mentalidade positiva, tal como Jean Fabre define) e à psicanálise (a sensação de inquietante abordada por Sigmund Freud). Demonstraremos, além disso, que a própria estrutura das narrativas curtas de base realista do século XIX mantém importantes relações com o duplo, situação particularmente observável nos textos de Maupassant. É esse o ponto de vista proposto por Thierry Ozwald, segundo o qual o termo novela (nouvelle) só pode ser empregado para se referir às narrativas curtas daquele século, em razão do caráter fenomenológico destas: a novela marcaria uma crise da consciência individual, da qual o duplo é um signo. Nesse contexto, as narrativas de Maupassant nos mostram uma realidade instável, ameaçadora, até mesmo apavorante, com sua produção fantástica encarnando o paroxismo desse processo de crise subjetiva.Universidade do Estado do Rio de JaneiroMoreira, Jorge de Azevedo2019-11-18info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfapplication/pdfhttps://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/abusoes/article/view/4282210.12957/abusoes.2019.42822Abusões; n. 10: (2019.3) Dossiê: Das unheimliche, “o inquietante”Abusões; n. 10: (2019.3) Dossiê: Das unheimliche, “o inquietante”2525-4022reponame:Abusõesinstname:Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)instacron:UERJporhttps://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/abusoes/article/view/42822/31188https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/abusoes/article/view/42822/31189Direitos autorais 2019 Abusõesinfo:eu-repo/semantics/openAccess2020-05-08T18:03:47Zoai:www.e-publicacoes.uerj.br:article/42822Revistahttps://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/abusoesPUBhttps://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/abusoes/oaiabusoes@uerj.br||flavgarc@gmail.com2525-40222525-4022opendoar:2020-05-08T18:03:47Abusões - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)false |
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