Raça, Racismo e Operações de Paz: Uma Análise Crítica da MINUSTAH
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Neiba |
Texto Completo: | https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/neiba/article/view/39130 |
Resumo: | No presente trabalho, argumentamos que a raça e o racismo são elementos estruturantes da política mundial moderna, e que essa dimensão racializada pode ser observada nas operações de paz da ONU contemporâneas. Nesse sentido, partindo de uma metodologia essencialmente qualitativa, abordamos as formas com que as categorizações hierárquicas inicialmente baseadas em distinções biológicas entre brancos e não-brancos foram historicamente ressignificadas, assumindo a forma de padrões civilizatórios e de discursos de modernização. Argumentamos ainda que esses discursos racializados constituem a base de conceitos centrais das narrativas ortodoxas sobre resolução de conflitos e processos de pacificação, como a paz liberal, os “Estados falidos” e o peacebuilding e statebuilding. Finalmente, apresentamos um estudo de caso da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (MINUSTAH) a partir de um enfoque em aspectos de raça e racismo, argumentando que lógicas racializadas presentes na Missão levam à sua instrumentalização para a despossessão do povo negro haitiano de alguns de seus direitos fundamentais, dentre eles o da autodeterminação. |
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Raça, Racismo e Operações de Paz: Uma Análise Crítica da MINUSTAHRelações Internacionais; Segurança Internacional; Estudos para a PazEstados falidos; statebuilding; peacebuildingNo presente trabalho, argumentamos que a raça e o racismo são elementos estruturantes da política mundial moderna, e que essa dimensão racializada pode ser observada nas operações de paz da ONU contemporâneas. Nesse sentido, partindo de uma metodologia essencialmente qualitativa, abordamos as formas com que as categorizações hierárquicas inicialmente baseadas em distinções biológicas entre brancos e não-brancos foram historicamente ressignificadas, assumindo a forma de padrões civilizatórios e de discursos de modernização. Argumentamos ainda que esses discursos racializados constituem a base de conceitos centrais das narrativas ortodoxas sobre resolução de conflitos e processos de pacificação, como a paz liberal, os “Estados falidos” e o peacebuilding e statebuilding. Finalmente, apresentamos um estudo de caso da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (MINUSTAH) a partir de um enfoque em aspectos de raça e racismo, argumentando que lógicas racializadas presentes na Missão levam à sua instrumentalização para a despossessão do povo negro haitiano de alguns de seus direitos fundamentais, dentre eles o da autodeterminação.Universidade do Estado do Rio de JaneiroGuerra, Lucas2019-07-06info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/neiba/article/view/3913010.12957/neiba.2018.39130Revista Neiba, Cadernos Argentina Brasil; v. 7 (2018): Dossiê: SimpoRI 2018; e39130Revista Neiba, Cadernos Argentina Brasil; v. 7 (2018): Dossiê: SimpoRI 2018; e391302317-3459reponame:Revista Neibainstname:Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)instacron:UERJporhttps://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/neiba/article/view/39130/29938Direitos autorais 2019 Revista Neiba, Cadernos Argentina Brasilinfo:eu-repo/semantics/openAccess2021-12-08T21:37:01Zoai:www.e-publicacoes.uerj.br:article/39130Revistahttps://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/neiba/indexPUBhttps://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/neiba/oaiuerjneiba@gmail.com ; ppeuerj@gmail.com2317-34592317-3459opendoar:2021-12-08T21:37:01Revista Neiba - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)false |
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