Os significados da comorbidade para os pacientes vivendo com TB/HIV: repercussões no tratamento

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva,Jacqueline Barbosa
Data de Publicação: 2015
Outros Autores: Cardoso,Gisela Cordeiro Pereira, Netto,Antonio Ruffino, Kritski,Afrânio Lineu
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Physis (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-73312015000100209
Resumo: O objetivo é compreender o processo de construção dos significados atribuídos pelos pacientes em relação à vivência da comorbidade tuberculose e HIV (TB/HIV), e sua repercussão nos respectivos tratamentos. Diante da complexidade do objeto, optou-se em estudá-lo à luz do referencial teórico do construcionismo social. O estudo qualitativo envolveu a realização de entrevista semiestruturada com dez pacientes com TB/HIV, acompanhados em um hospital na cidade do Rio de Janeiro. Os dados coletados foram submetidos à técnica de análise de conteúdo temático, organizados em cinco eixos: a) paciente e suas doenças; b) apoio; c) significados do tratamento; d) relação com o serviço de saúde; e e) estigma, preconceito e discriminação. Os resultados sinalizam que a vivência das duas condições e seus respectivos tratamentos é uma experiência difícil, trazendo sofrimento acentuado à vida dos pacientes. A TB acirra a dor do viver com HIV/Aids. O estigma da TB é reforçado pelo estigma da Aids, aumentando a vivência de medo associado ao preconceito. À família, à religião e ao serviço de saúde é atribuído papel fundamental, como lugar seguro e de preservação da identidade. Apesar do sofrimento físico, psicológico e moral e das dificuldades com ambos os tratamentos, é possível fazer conciliações no cotidiano.
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