A representação do estrangeiro e do estranho em “Fronteira Natural”, de Nélida Pinõn
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Caderno Seminal Digital |
Texto Completo: | https://www.e-publicacoes.uerj.br/cadernoseminal/article/view/11011 |
Resumo: | A literatura constitui-se em terreno fértil para a ficcionalização das experiênciashumanas, entre elas a interação do indivíduo com o Outro e consigo mesmo. Essainteração reflete semelhança e estranheza, facetas que compõem a totalidademúltipla do ser. O conto “Fronteira Natural” de Nélida Piñon, publicado em 1973, nacoletânea intitulada Sala de Armas, é exemplar dessa arquitetura. O protagonistada narrativa parte de sua aldeia rumo ao inferno, em busca de uma completudenunca encontrada diante dos seus. Ao regressar, torna-se portador de um todoindivisível com a natureza, identidade que passa a ser almejada por todos daaldeia. O texto nos remete a tradição narrativa, pois estrutura-se em torno detrês pilares: o jovem herói, o inferno e a viagem. A figura do jovem carrega oestereótipo de uma existência destinada a uma busca. O inferno é o espaçoestrangeiro, desconhecido, o reino mais rico, atraente, que oferece ao jovem daaldeia a completude identitária tão desejada; nele estabelece-se a dicotomiaentre norma e diferença, estrangeiro e estranho. A análise do texto percorreráos estudos sobre o duplo exterior, tema recorrente na obra de Julia Kristeva. |
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A representação do estrangeiro e do estranho em “Fronteira Natural”, de Nélida PinõnConto maravilhosoestrangeiroestranhoNélida PiñonA literatura constitui-se em terreno fértil para a ficcionalização das experiênciashumanas, entre elas a interação do indivíduo com o Outro e consigo mesmo. Essainteração reflete semelhança e estranheza, facetas que compõem a totalidademúltipla do ser. O conto “Fronteira Natural” de Nélida Piñon, publicado em 1973, nacoletânea intitulada Sala de Armas, é exemplar dessa arquitetura. O protagonistada narrativa parte de sua aldeia rumo ao inferno, em busca de uma completudenunca encontrada diante dos seus. Ao regressar, torna-se portador de um todoindivisível com a natureza, identidade que passa a ser almejada por todos daaldeia. O texto nos remete a tradição narrativa, pois estrutura-se em torno detrês pilares: o jovem herói, o inferno e a viagem. A figura do jovem carrega oestereótipo de uma existência destinada a uma busca. O inferno é o espaçoestrangeiro, desconhecido, o reino mais rico, atraente, que oferece ao jovem daaldeia a completude identitária tão desejada; nele estabelece-se a dicotomiaentre norma e diferença, estrangeiro e estranho. A análise do texto percorreráos estudos sobre o duplo exterior, tema recorrente na obra de Julia Kristeva.Universidade do Estado do Rio de Janeiro2014-05-16info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.e-publicacoes.uerj.br/cadernoseminal/article/view/1101110.12957/cadsem.2012.11011Caderno Seminal; v. 17 n. 17 (2012): CADERNO SEMINAL DIGITAL (JAN/JUN - 2012)1806-91421414-4298reponame:Caderno Seminal Digitalinstname:Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)instacron:UERJporhttps://www.e-publicacoes.uerj.br/cadernoseminal/article/view/11011/8702LEITE, Suelyinfo:eu-repo/semantics/openAccess2016-03-14T17:52:31Zoai:ojs.www.e-publicacoes.uerj.br:article/11011Revistahttps://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/cadernoseminalPUBhttps://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/cadernoseminal/oaidarciliasimoes@gmail.com||flavgarc@gmail.com||flavgarc@gmail.com||darciliasimoes@gmail.com|| flavgarc@gmail.com|| flavgarc@gmail.com1806-91421806-9142opendoar:2016-03-14T17:52:31Caderno Seminal Digital - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)false |
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A literatura constitui-se em terreno fértil para a ficcionalização das experiênciashumanas, entre elas a interação do indivíduo com o Outro e consigo mesmo. Essainteração reflete semelhança e estranheza, facetas que compõem a totalidademúltipla do ser. O conto “Fronteira Natural” de Nélida Piñon, publicado em 1973, nacoletânea intitulada Sala de Armas, é exemplar dessa arquitetura. O protagonistada narrativa parte de sua aldeia rumo ao inferno, em busca de uma completudenunca encontrada diante dos seus. Ao regressar, torna-se portador de um todoindivisível com a natureza, identidade que passa a ser almejada por todos daaldeia. O texto nos remete a tradição narrativa, pois estrutura-se em torno detrês pilares: o jovem herói, o inferno e a viagem. A figura do jovem carrega oestereótipo de uma existência destinada a uma busca. O inferno é o espaçoestrangeiro, desconhecido, o reino mais rico, atraente, que oferece ao jovem daaldeia a completude identitária tão desejada; nele estabelece-se a dicotomiaentre norma e diferença, estrangeiro e estranho. A análise do texto percorreráos estudos sobre o duplo exterior, tema recorrente na obra de Julia Kristeva. |
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