O MONSTRO DORME NAS CAVERNAS: UMA (RE)LEITURA CONTEMPORÂNEA DO LOBISOMEM
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Caderno Seminal Digital |
Texto Completo: | https://www.e-publicacoes.uerj.br/cadernoseminal/article/view/25438 |
Resumo: | A figura do monstro, segundo Julio Jeha (2007), é a corporificação de todos nossos medos e males e, conforme já afirmara Montaigne (1991), o medo do desconhecido é o maior deles. Um sentimento que se não nos imobiliza, nos permite voar nas asas da imaginação. Assim, o monstro na narrativa ficcional corporifica o medo de um mal que não se pode compreender porque é um mistério indecifrável, impenetrável. Daí o surgimento na narrativa gótica e sua apropriação pelos textos fantásticos subsequentes da figura do vampiro, da lenda mitológica do lobisomem, dos monstros indescritíveis como o Cthulhu, de Lovecraft, da figura do duplo. Seja físico, metafísico ou moral, o monstro e o medo que sua deflagração na narrativa provoca podem ser considerados, como postula David Roas (2012), a própria essência do gênero fantástico. O horror ficcional oriundo desse tipo literatura pode amenizar, momentaneamente, nossos horrores mais profundos ao mesmo tempo que desestabiliza a nossa sólida concepção de real frente a contemplação da representação do impossível: o ser eterno, a metamorfose, o horrífico e o tétrico. Diante disso, e a partir da consideração da figura do monstro, de suas características e de sua configuração da narrativa pós-moderna que propomos neste trabalho a análise do conto “Alguém dorme nas cavernas”, de Rubens Figueiredo. |
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