THE PENELOPIAD: A VOZ FEMININA E O REVISIONISMO CRÍTICO DA TRADIÇÃO
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Caderno Seminal Digital |
Texto Completo: | https://www.e-publicacoes.uerj.br/cadernoseminal/article/view/58558 |
Resumo: | O presente artigo objetiva analisar brevemente como The Penelopiad (2005) da escritora canadense Margaret Atwood, dialoga e revisa a Odisseia de Homero. Buscar-se-á apontar de que forma Atwood ressignifica os episódios, desarticulando a figura do herói épico e re-visando, na perspectiva de Adrienne Rich (1972), as imagens cristalizadas em torno do feminino criadas pela tradição literária ocidental. Através de duas vozes narrativas, que põem em xeque, ao mesmo tempo, a benevolência de Penélope e o episódio do enforcamento das doze escravas, The Penelopiad traz a tomada da pena pela mulher não apenas como possibilidade da construção da identidade e experiência feminina, mas também, enquanto uma problematização da própria categoria “mulher”. As manifestações literárias, enquanto práticas sociais, estão conectadas com o momento histórico da sua emergência. A dupla narração na obra de Atwood, desempenha um papel na constituição da estrutura da narrativa e se relaciona com a multiplicidade do ser mulher na contemporaneidade. O externo se torna interno, como dispõe Antonio Candido (2011). |
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THE PENELOPIAD: A VOZ FEMININA E O REVISIONISMO CRÍTICO DA TRADIÇÃORe-visãoOdisseiaThe Penelopiad.O presente artigo objetiva analisar brevemente como The Penelopiad (2005) da escritora canadense Margaret Atwood, dialoga e revisa a Odisseia de Homero. Buscar-se-á apontar de que forma Atwood ressignifica os episódios, desarticulando a figura do herói épico e re-visando, na perspectiva de Adrienne Rich (1972), as imagens cristalizadas em torno do feminino criadas pela tradição literária ocidental. Através de duas vozes narrativas, que põem em xeque, ao mesmo tempo, a benevolência de Penélope e o episódio do enforcamento das doze escravas, The Penelopiad traz a tomada da pena pela mulher não apenas como possibilidade da construção da identidade e experiência feminina, mas também, enquanto uma problematização da própria categoria “mulher”. As manifestações literárias, enquanto práticas sociais, estão conectadas com o momento histórico da sua emergência. A dupla narração na obra de Atwood, desempenha um papel na constituição da estrutura da narrativa e se relaciona com a multiplicidade do ser mulher na contemporaneidade. O externo se torna interno, como dispõe Antonio Candido (2011).Universidade do Estado do Rio de Janeiro2022-01-03info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.e-publicacoes.uerj.br/cadernoseminal/article/view/5855810.12957/seminal.2021.58558Caderno Seminal; n. 40 (2021): Escrita de Mulheres: prosa em línguas estrangeiras e comparatismos1806-91421414-4298reponame:Caderno Seminal Digitalinstname:Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)instacron:UERJporhttps://www.e-publicacoes.uerj.br/cadernoseminal/article/view/58558/40819Copyright (c) 2021 Caderno Seminalinfo:eu-repo/semantics/openAccessTerra de Souza, Juliana Cristina2023-11-30T18:28:51Zoai:ojs.www.e-publicacoes.uerj.br:article/58558Revistahttps://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/cadernoseminalPUBhttps://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/cadernoseminal/oaidarciliasimoes@gmail.com||flavgarc@gmail.com||flavgarc@gmail.com||darciliasimoes@gmail.com|| flavgarc@gmail.com|| flavgarc@gmail.com1806-91421806-9142opendoar:2023-11-30T18:28:51Caderno Seminal Digital - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)false |
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O presente artigo objetiva analisar brevemente como The Penelopiad (2005) da escritora canadense Margaret Atwood, dialoga e revisa a Odisseia de Homero. Buscar-se-á apontar de que forma Atwood ressignifica os episódios, desarticulando a figura do herói épico e re-visando, na perspectiva de Adrienne Rich (1972), as imagens cristalizadas em torno do feminino criadas pela tradição literária ocidental. Através de duas vozes narrativas, que põem em xeque, ao mesmo tempo, a benevolência de Penélope e o episódio do enforcamento das doze escravas, The Penelopiad traz a tomada da pena pela mulher não apenas como possibilidade da construção da identidade e experiência feminina, mas também, enquanto uma problematização da própria categoria “mulher”. As manifestações literárias, enquanto práticas sociais, estão conectadas com o momento histórico da sua emergência. A dupla narração na obra de Atwood, desempenha um papel na constituição da estrutura da narrativa e se relaciona com a multiplicidade do ser mulher na contemporaneidade. O externo se torna interno, como dispõe Antonio Candido (2011). |
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