Efeitos da vildagliptina e da metformina sobre as funções endotelial e microvascular, inflamação de baixo-grau e estresse oxidativo em pacientes com obesidade e diabetes mellitus recém-diagnosticadas: estudo de intervenção
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJ |
Texto Completo: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20191 |
Resumo: | Mesmo em estágios iniciais da doença, o DM2 correlaciona-se com a piora da função endotelial e redução da capacidade incretínica, bem como um aumento da lipemia pós-prandial (LPP). Com isso, espera-se que portadores de obesidade com DM2 virgens de tratamento, já tenham ao diagnóstico, a reatividade endotelial e microvascular alterada. Por essa razão, o emprego de drogas que atuam melhorando o dano vascular provocado pelo DM2, pode trazer benefícios adicionais à terapêutica do indivíduo com diabetes e obesidade. Nesse estudo, 38 mulheres com DM2 recém diagnosticado e virgens de tratamento, com idade entre 19 e 50 anos e IMC≥30 kg/m2, foram randomizadas em dois grupos submetidos ao tratamento com metformina (1700 mg/dia) ou vildagliptina (100mg/dia) respectivamente. Ao final de trinta dias, avaliou-se a função endotelial, perfil lipídico, marcadores inflamatórios, peptídeos intestinais e dados antropométricos em estado basal (jejum), bem como os efeitos promovidos por uma refeição rica em lipídeos no período pós-prandial (PP). Durante o recrutamento, ambos os grupos foram estatisticamente semelhantes do ponto de vista clínico e metabólico. Ao final do estudo, o grupo tratado com vildagliptina por trinta dias apresentou uma melhora da vasodilatação endotélio-dependente (P=0,03) e independente (P=0,02) aferida por pletismografia por oclusão venosa (POV), bem como uma melhor vasomotricidade avaliada por laser-Dopplerfluxometria (LDF) no período PP (P<0,05). O grupo tratado com metformina, por sua vez, apresentou melhor reatividade vascular tanto no jejum (P<0,05) após trinta dias de terapia, quanto após a sobrecarga lipídica ((<0,05).Concluímos que ambas as drogas, vildagliptina e metformina, são capazes de melhorar a função vascular através de mecanismos de ação distintos e complementares na função endotelial; com predileção davildagliptina para atuar em vasos relacionados à resistência vascular periférica, enquanto a metformina atuaria sobre o microfluxo nutritivo ao nível capilar. Dessa forma, as duas drogas são capazes de atuar na melhora da função endotelial em pacientes portadoras de DM2 em estágio inicial, prevenindo o insulto vascular que a doença é capaz de gerar a longo prazo. Efeitos que vão além do simples controle glicêmico. |
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Efeitos da vildagliptina e da metformina sobre as funções endotelial e microvascular, inflamação de baixo-grau e estresse oxidativo em pacientes com obesidade e diabetes mellitus recém-diagnosticadas: estudo de intervençãoEffects of vildagliptin and metformin on endothelial and microvascular functions, low-grade inflammation and oxidative stress in patients with obesity and diabetes mellitus recent diagnosed: a short-term intervention studyObesityTtype2 diabetes mellitusEndothelialdysfunctionPostprandial lipemiaVildagliptinObesidadeDiabetes mellitus tipo 2Disfunção endotelialLipemia pós-prandialVildagliptinaCIENCIAS DA SAUDE::MEDICINAMesmo em estágios iniciais da doença, o DM2 correlaciona-se com a piora da função endotelial e redução da capacidade incretínica, bem como um aumento da lipemia pós-prandial (LPP). Com isso, espera-se que portadores de obesidade com DM2 virgens de tratamento, já tenham ao diagnóstico, a reatividade endotelial e microvascular alterada. Por essa razão, o emprego de drogas que atuam melhorando o dano vascular provocado pelo DM2, pode trazer benefícios adicionais à terapêutica do indivíduo com diabetes e obesidade. Nesse estudo, 38 mulheres com DM2 recém diagnosticado e virgens de tratamento, com idade entre 19 e 50 anos e IMC≥30 kg/m2, foram randomizadas em dois grupos submetidos ao tratamento com metformina (1700 mg/dia) ou vildagliptina (100mg/dia) respectivamente. Ao final de trinta dias, avaliou-se a função endotelial, perfil lipídico, marcadores inflamatórios, peptídeos intestinais e dados antropométricos em estado basal (jejum), bem como os efeitos promovidos por uma refeição rica em lipídeos no período pós-prandial (PP). Durante o recrutamento, ambos os grupos foram estatisticamente semelhantes do ponto de vista clínico e metabólico. Ao final do estudo, o grupo tratado com vildagliptina por trinta dias apresentou uma melhora da vasodilatação endotélio-dependente (P=0,03) e independente (P=0,02) aferida por pletismografia por oclusão venosa (POV), bem como uma melhor vasomotricidade avaliada por laser-Dopplerfluxometria (LDF) no período PP (P<0,05). O grupo tratado com metformina, por sua vez, apresentou melhor reatividade vascular tanto no jejum (P<0,05) após trinta dias de terapia, quanto após a sobrecarga lipídica ((<0,05).Concluímos que ambas as drogas, vildagliptina e metformina, são capazes de melhorar a função vascular através de mecanismos de ação distintos e complementares na função endotelial; com predileção davildagliptina para atuar em vasos relacionados à resistência vascular periférica, enquanto a metformina atuaria sobre o microfluxo nutritivo ao nível capilar. Dessa forma, as duas drogas são capazes de atuar na melhora da função endotelial em pacientes portadoras de DM2 em estágio inicial, prevenindo o insulto vascular que a doença é capaz de gerar a longo prazo. Efeitos que vão além do simples controle glicêmico.Even in the early stages of the disease, type 2 diabetes mellitus (T2D) correlates with the worsening of endothelial function and reduction of incretinic capacity, as well as with an increase in postprandial lipemia (PPL). It is expected that patients with T2D and obesityalready have altered endothelial and microvascular reactivities. Consequently, the use of drugs that improve glycemic control and possibly other aspects of the pathophysiology of T2D and vascular damage may bring additional benefits to these patients.In this study, 38 women with newly diagnosed T2D and treatment-naïve, aged between 19 and 50 years and BMI ≥30 kg/m2; were randomized into two groups receiving metformin (1700 mg/day) or vildagliptin (100 mg/day), respectively. At baseline and at the end of 30 days of treatment, endothelial function, lipid profile, inflammatory markers, intestinal peptides and anthropometric data were assessed at fasting period, as well as after ingestion of a lipid-rich meal. At baseline, both groups were statistically similar regarding clinical, metabolic and vascularaspects. At the end of the study, the group treated with vildagliptin for 30 days presented an improvement in endothelium-dependent (P=0.03) and independent vasodilatation (P=0,02) measured by venous occlusion plethysmography (POV), as well as a better vasomotricity, assessed by laser-Doppler flowmetry (LDF) (P<0.05) during the postprandial period (PP) (P<0.05). The metformin group showed better microvascular reactivity in fasting period after 30 days of treatment (P<0.05) and also during PP (P<0.05).We concluded that both drugs used in treatment-naïve patients during short-term periodwere capable of improving vascular function through distinct and complementary mechanisms of action on vascular function. While vildagliptin actedpreferentially on vessels related to peripheral vascular resistance, metformin improved nutritional microflow at capillary level. Thus, both drugs are able to act in the improvement of endothelial function in patients with early-stage T2D, preventing the vascular insult that the disease is able to develop in the long term period. Effects that go beyond simple glycemic control.Universidade do Estado do Rio de JaneiroCentro Biomédico::Faculdade de Ciências MédicasBrasilUERJPrograma de Pós-Graduação em Fisiopatologia Clínica e ExperimentalAguiar, Luiz Guilherme Kraemer dehttp://lattes.cnpq.br/8595649779399114Schaan, Beatriz D’Agordhttp://lattes.cnpq.br/1552797252054251Vieira Neto, Leonardohttp://lattes.cnpq.br/2083667173375891Bahia, Luciana Ribeirohttp://lattes.cnpq.br/8527156049907928Cobas, Roberta Arnoldihttp://lattes.cnpq.br/3410670926359533Schiappacassa, Alessandra2023-08-22T13:02:18Z2018-01-19info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfSCHIAPPACASSA, Alessandra. Efeitos da vildagliptina e da metformina sobre as funções endotelial e microvascular, inflamação de baixo-grau e estresse oxidativo em pacientes com obesidade e diabetes mellitus recém-diagnosticadas: estudo de intervenção. 2018. 123 f. Tese (Doutorado em Fisiopatologia Clínica e Experimental) – Faculdade de Ciências Médicas, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2018.http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20191porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJinstname:Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)instacron:UERJ2024-02-26T19:36:26Zoai:www.bdtd.uerj.br:1/20191Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.bdtd.uerj.br/PUBhttps://www.bdtd.uerj.br:8443/oai/requestbdtd.suporte@uerj.bropendoar:29032024-02-26T19:36:26Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)false |
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